sexta-feira, 13 de março de 2015

Reestruturação de administrações regionais é reprovada em debate na CLDF

A Câmara Legislativa do Distrito Federal debateu na noite desta quinta-feira (12) a proposta do GDF de reestruturação das administrações regionais. Com a presença de moradores e lideranças comunitárias de várias cidades, o projeto do Executivo foi criticado por parlamentares de vários partidos, que pediram a sua retirada de tramitação. O projeto de lei nº 182/2015 reduz de 31 para 24 o número de administrações regionais, unificando algumas cidades.

Moradores compareceram em bom número ao Legislativo e decoraram as galerias do plenário com várias faixas contra a fusão das administrações. A presidente da Câmara, deputada Celina Leão (PT), garantiu a participação dos representantes dos moradores das cidades, alternando suas manifestações com os discursos dos parlamentares.

O deputado Wasny de Roure (PT) anunciou a apresentação de uma moção pedindo ao governo a retirada de tramitação da proposta. A moção foi lida em plenário nesta quinta-feira e já conta com a assinatura de 13 deputados. Wasny lembrou que Rollemberg sempre defendeu a eleição direta para as administrações e não pode agora pedir o seu fim. "As cidades têm histórias e realidades próprias", completou.

O deputado Leonardo Prudente (PMDB) considerou que os argumentos apresentados pelo GDF para justificar o projeto, redução de despesas e melhoria do atendimento da população, não se sustentam. "O projeto mantém os cargos existentes atualmente e ainda afasta os moradores das administrações", criticou.

Fusão - Em sua justificativa, o GDF informa que o objetivo da medida é reduzir as despesas da máquina pública, diante do cenário de crise financeira existente atualmente. Segundo a proposta, as 24 administrações que continuariam existindo são Plano Piloto, Gama, Taguatinga, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, Paranoá, Núcleo Bandeirante/Candangolândia/Park Way, Ceilândia, Guará/Sia, Cruzeiro/Sudoeste/Octogonal, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas, Lago Sul/Jardim Botânico, Riacho Fundo I, Lago Norte/Varjão, Vicente Pires, Águas Claras, Riacho Fundo II, Sobradinho II/Fercal, Itapoã e Estrutural.

Representantes do Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Jardim Botânico, Cruzeiro, Varjão, Fercal e de outras cidades disseram que não aceitam a proposta apresentada pelo GDF. Ao contrário, alguns chegaram até mesmo a propor a criação de novas administrações regionais.
Entre os distritais presentes, também todos se posicionaram contra o projeto. A deputada Telma Rufino (PPL), relatora da proposta na Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), adiantou que é contra a medida. Para ela, cada cidade tem que ter sua própria administração. Ela sugeriu ainda a criação de uma administração para as regiões do Sol Nascente e Pôr do Sol.

Já a deputada Sandra Faraj (SD), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde o projeto tramitará, além de se manifestar contrariamente à ideia, também sugeriu o fortalecimento das administrações com a destinação de mais recursos para os órgãos.

Liliane Roriz (PRTB) considerou a fusão de administrações um retrocesso no atendimento à população. Na mesma linha ainda se manifestaram os deputados Chico Vigilante (PT), Dr. Michel (PP), Rodrigo Delmasso (PTN), entre outros.
Luís Cláudio Alves - Coordenadoria de Comunicação Social 
 
 

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