quarta-feira, 25 de junho de 2014

VIAJARTE É POESIA! (Carreira de São João) - Ivan Anjo Diniz



Viajante estradeiro, rasta ambientalista, poeta da positividade, rimador da paz. Guiando por trilhas e rios, mantendo aceso o fogo da cultura viva. Ivan Anjo Diniz agrega essas expressões em uma personalidade só.

Na bagagem, uma larga experiência como multi-fazedor: balonista com participação em campeonato mundial na equipe brasileira, músico, empreendedor, artista. Do interior de São Paulo saiu para conhecer a babilônia paulistana onde descobriu a cenografia e a vida noturna entre discos de vinil e shows

Mais tarde, já em Brasília, vestiu de vez a televisão,na TV Cultura, entre juízes e ministros, sendo até tradutor para o presidente do Supremo. Até que mergulhou no cerrado, abraçou a chapada, abandonou a cidade e foi viver mais perto do mato.

Em Alto Paraíso de Goiás ele criou com alguns amigos a "Ecovilinha", um mini-laboratório de permacultura e convivência por onde já passaram pessoas de cerca de trinta países.

Foi nessas terras cristalinas que se deu o esperado retorno Às origens, que vieram revisitadas, amadurecidas, renovadas.Raízes de áudio e vídeo, raízes de som e cor. De palavras e textos.

Entre plantas e planos abertos a poesia floresceu iluminada, a rotina se tornou encantada e arte virou Viajarte, sua trupe, onde se apresenta como poeta e ator, entre músicos, circenses e dançantes.

Caminhando entre tantos galhos, esse macaco ressona, flutuando no planalto central e navegando agora pelo mundo, como um anjo guia sem outras asas, que não as do imaginário.

BLOG: http://colchademetaforas.wordpress.com/
FB:http://www.facebook.com/planteumaarvore
A ECOVILINHA: www.facebook.com/ecovilinha
O VIAJARTE: www.facebook.com/viajartebrasil

Obras do escritor Marcos Freitas


Literárias


Científicas

terça-feira, 24 de junho de 2014

Há mais de 30 anos no Conic, Quiosque literário pode fechar

O Quiosque Cultural e a extinta Livraria Presença, que também funcionava no Conic, reuniam não somente um belo acervo, como promoviam concorridos lançamentos na cidade


Diego Ponce de Leon
Publicação: 24/06/2014 08:42 Atualização:
 
Um dos mais queridos redutos culturais da cidade, o Quiosque Cultural, corre o risco de fechar as portas. A preocupação foi levantada pelo proprietário, o animador cultural Ivan Presença, 65 anos, figura recorrente do cenário literário de Brasília. “Começaram uma reforma no Conic e pediram para que eu me retirasse dali. Tive que fechar a banca e reduzi o horário de funcionamento. Restou apenas a parte do concreto”, explicou.

Para os frequentadores assíduos, fica a impressão de que o estabelecimento está fechado. “Tenho medo de não poder voltar. A Secretaria de Cultura apenas me informou sobre a necessidade da minha saída, mas nada falaram sobre o retorno”, pontuou.

O receio de Ivan não é infundado. O Quiosque Cultural e a extinta Livraria Presença, que também funcionava no Conic, reuniam não somente um belo acervo, como promoviam concorridos lançamentos na cidade. Diversas personalidades nacionais passaram os olhos por aquelas prateleiras, a exemplo de Renato Russo e Thiago de Mello.

Secretaria

Por meio de nota, o assessor de comunicação da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, Rodrigo Vianna, informou que a presença do Quiosque está garantida. “Não só ele retornará após a reforma, como também será incluído no projeto de economia criativa que será instalado no local”, disse.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2014/06/24/interna_diversao_arte,434185/ha-mais-de-30-anos-no-conic-quiosque-literario-pode-fechar.shtml

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A poesia contra a motoserra

140611-Scott PoyntonConquistas e impasses de engenheiro florestal que se especializou em combater deflorestamento identificando corporações que tiram proveito dele — e denunciando-as em ações poderosas de anti-marketing 

Por Eduardo Tollendal

O semanário Courrier International (No. 1229, de 22 a 27 de maio de 2014, França) traz uma matéria (extraída do diário The Sydney Morning Herald, da Austrália, de 29 de março último, assinada por Michael Bachelard) em que o engenheiro florestal Scott Poynton nos é apresentado como o homem que pode salvar o planeta com seus poemas. Se o prognóstico se confirma, considerando-se que para salvar a humanidade seria bom salvar primeiro o planeta que nos constitui e sustenta, Scott Poynton pode se candidatar a ser alguém mais importante – ou mais efetivo – que Jesus Cristo e outros candidatos a Salvador.
Sua estratégia é direta: agir sobre as grandes empresas devastadoras das nossas floresta e sobre seus consumidores. A primeira abordagem é mais delicada e exige uma condição privilegiada para se ter acesso aos senhores executivos e suas consciências – ambos, quase sempre, inacessíveis, pelo menos, para os comuns mortais. Mas Scott Poynton tem esta condição privilegiada – e, por isso, não descarta a importância de agências como o Greenpeace, que considera promoverem ações eficazes, indispensáveis e complementares ao seu trabalho.
Poynton é um homem racional e científico. Com os funcionários da sua organização sem fins lucrativos The Forest Trust (TFT), estuda a cadeia produtiva dos grandes produtores de matéria-prima visando identificar os prejuízos ecológicos e sociais que suas ações provocam. Depois, lhes mostra como trabalhar de outra maneira. Graças a este modelo, tem conseguido convencer empresas como Wilmar, Nestlé, Ferrero e Asia Pulp & Paper a prosseguirem suas atividades sem desflorestar nem causar danos às populações que dependem das florestas.
Sobre alguns executivos de grandes empresas, ele declarou certa vez: estas pessoas estavam tão intoxicadas [por alguma droga, talvez o dinheiro] que nenhuma ONG queria negócio com elas. É incrível: muitas empresas desconhecem (ou fingem desconhecer) a cadeia de produção de matéria-prima. Mentem, dizendo, por exemplo, que trazem madeira sustentavelmente produzida do Vietnã; quando esta madeira é derrubada sem qualquer cuidado ético nas florestas do Cambodia e enviada, boiando nos rios, ao Vietnã, onde é simplesmente embarcada para as centrais de produção pelo mundo afora.
Quando descobriu e revelou este truque, a ONG Global Witness publicou um relatório intitulado Made in Vietnam, cut in Cambodia, que abalou todo o setor de móveis para jardim. Diz ele: os ecologistas fizeram o que sabem fazer melhor, pendurar-se nos prédios e traumatizar as empresas. Enquanto isto, eu estava lá, com a solução.
Quanto à abordagem dos consumidores, é uma tarefa mais fácil. Eles se mostram tão cansados de serem enganados e explorados, eles estão tão seriamente preocupados com o futuro do planeta e da humanidade, que aceitam bem a sugestão de Scott Poynton de, simplesmente, suspender a demanda de produtos elaborados com matéria-prima ilegalmente produzida, do ponto de vista da preservação das fontes naturais, pelo menos até que as grandes empresas se enquadrem num sistema de produção de matéria-prima – hoje, basicamente, a derrubada de nossas florestas – mais saudável e, nem por isso, menos lucrativo.
Poynton sabe que a única coisa que as empresas temem é terem uma imagem negativa junto aos consumidores, como responsáveis pela destruição da natureza a um ponto sem retorno – assim que a temperatura global aumentar não mais que 6 graus centígrados – para a salvação da humanidade. Assim aconteceu com a Nestlé, cujos executivos entraram em pânico, quando o Greenpeace conseguiu veicular uma mensagem em que um trabalhador, aborrecido em seu trabalho tedioso, morde uma suculenta barra de cereal e vê jorrar o sangue vermelho do dedo de um orangotango, empacotado junto com a guloseima.
Mas Poynton não se contenta em expor os fatos. Frequentemente, toca os patrões graças à poesia. Diz ele: “A mudança vem da alma, assim como do cérebro, e se eu tenho algum talento, é para encontrar a pessoa que desfaz as amarras, para compreender como ela funciona e para encorajá-la”. Um de seus poemas tem os seguintes versos: “O homem é perecível, mas não sejamos perecíveis sem resistir / E se o nada nos espera / Façamos com que ele seja, apenas, um destino injusto”. Explica-se Poynton – falando aos senhores executivos: “eu penso que há um grande risco de que terminemos todos como baratas. A temperatura vai esquentar rapidamente. Tenho medo que não possamos fazer nada. Contudo, devemos poder nos olhar no espelho, na hora da nossa morte, e dizer ‘eu fiz tudo que podia’”.
A matéria termina com a seguinte nota: o governo australiano acaba de pedir à Unesco para “desclassificar” 74 mil hectares de floresta na Tasmânia. Uma zona protegida por um acordo assinado  em 2011 pelo governo precedente (uma coligação de ecologistas e trabalhistas) e considerada patrimônio mundial da humanidade desde 2013. O objetivo do Partido Liberal, atualmente no poder, é abrir esta zona para a exploração florestal – assim como 400 mil hectares suplementares no território australiano. A Unesco deverá tomar sua decisão na sua próxima reunião, em Doha, Qatar, entre 15 e 25 de junho próximos.
A luta é dura. Em novembro de 2013, Poynton havia convencido Kuok Khoon Hong, patrão do grupo de Singapura Wilmar, o maior produtor de óleo de coco (palme)  de coqueiros. Mas alguns atores do setor não estavam de acordo. O homem que controla 45% do mercado mundial de óleo de coco, então, recuou, tomado pelo temor de dar o “grande salto” sozinho.
Poynton, que havia negociado com a Wilmar durante meses e defendido sua causa junto a Hong numa longa mensagem em que lhe apresenta argumentos comerciais a favor de uma mudança de atitude, resolveu, então, recorrer à arma mais poderosa de seu arsenal: enviou ao magnata um strip do cartunista australiano Michael Leunig.
“No alto do imóvel mais alto do mundo, estava assentado o homem mais triste do mundo”. Assim começa esta história, em forma de conto. A última vinheta mostra um anjo em estado deplorável, vestido de branco e deitado sobre a lama, mas sorrindo para o fundo do coração deste homem solitário. “Mandei isto para o executivo-chefe da Wilmar e lhe disse: Eu acredito que no seu interior há um anjo pronto para a mudança. Eu vi este anjo e, agora, você nega a sua existência. Ouça-o e passe à ação” – lembra-se Poynton. Dois dias mais tarde, Hong lhe respondeu: “Estamos prontos para passar à ação”.
Se Scott Poynton se exprime, hoje, é porque ele está convencido de que seu método pode dar certo, embora saiba, também, que sua missão é de tal forma colossal que sua organização não conseguirá nada sozinha. Recentemente, contudo, ele descobriu que sua empresa não estava trabalhando com aquelas que produzem 95% da destruição das florestas mundiais: os produtores de produtos agrícolas de base, como a as plantações de soja e a criação de gado, na Amazônia. Vamos esperar para ver o que Poynton e seu método ético e poético irá conseguir na luta contra as motosserras brasileiras. Olho nele! – Poynton representa, hoje, a maior esperança de salvação das nossas matas verdejantes e, portanto, de sobrevida para o planeta e a humanidade.

http://outraspalavras.net/blog/2014/06/15/terrorismo-poetico-contra-as-motosserras/

Política Nacional de Participação Social (PNPS)

A íntegra o Decreto N. 8243 que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8243.htm

O Compromisso Nacional pela Participação Social (CNPS), o qual já conta com a adesão de 12 Estados, governados por distintos partidos (inclusive os de oposição ao governo federal), disponível em: http://www.participa.br/participacaosocial/compromisso


TEXTOS ACADÊMICOS E JORNALÍSTICOS SOBRE O TEMA:

> Artigo de Luiz Carlos Bresser-Pereira: "Democracia Participativa", disponível em: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/143278/Bresser-Pereira-defende-participa%C3%A7%C3%A3o-social.htm

> Artigo do professor de Teoria Geral do Direito da UnB, Fábio de Sá e Silva: "Um xeque contra a cidadania", disponível em: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Um-xeque-contra-a-cidadania/4/31126

> Artigo do Professor Titular da UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais e Presidente da ABCP - Associação Brasileira de Ciência Política, Leonardo Avritzer, na CartaCapital: "Por que o novo decreto de Dilma não é bolivariano", disponível em: http://www.cartacapital.com.br/politica/por-que-o-novo-decreto-de-dilma-nao-e-bolivariano-8992.html

> Artigo do sociólogo Rudá Ricci: "O decreto 8.243/2014 e a tentativa de 'carteirada' de articulistas da grande imprensa", disponível em: http://www.rudaricci1.com/#!O-decreto-82432014-e-a-tentativa-de-carteirada-de-articulistas-da-grande-imprensa/c1zo4/F0A788D1-929C-4E96-9DBC-0CE7A6684942

> Artigo do Cientista Político Antonio Lassance, na Agência Carta Maior: "O Estadão contra a Participação", disponível em: http://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/O-Estadao-contra-a-participacao/31047

> As 25 perguntas elaboradas pela Revista Veja e respondidas pela Secretaria Secretaria-Geral da Presidência da República, das quais nenhuma foi publicada pela respectiva revista. Disponível em: http://www.secretariageral.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2014/06/10-06-2014-veja-critica-participacao-social-mas-ignora-esclarecimentos-da-secretaria-geral

> Artigo da Equipe da SG/PR, Diogo Sant’Ana, Fernanda Machiaveli e Silas Cardoso: "Mais participação, mais cidadania, mais democracia", disponível em: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/06/secretaria-geral-da-presidencia-sai-em-defesa-da-lei-da-participacao-social/

> Artigo do jornalista Altamiro Borges: "O Globo tem medo da democracia", disponível em: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/06/o-globo-tem-medo-da-democracia.html

> Artigo do pesquisador e líder popular, Mário Luiz Cortes: "A histeria em torno do decreto que institui a Política Nacional de Participação Social", disponível em: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-ridicula-histeria-em-torno-do-decreto-que-institui-a-politica-nacional-de-participacao-social/

> Artigo do jornalista Marco Aurélio Weissheimer: "A guerra medieval do Estadão contra a democracia participativa", disponível em: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-guerra-medieval-do-Estadao-contra-a-democracia-participativa/4/31112

> Artigo do sociólogo Emir Sader: "Quem tem medo da participação?", disponível em: http://www.cartamaior.com.br/includes/controller.cfm?cm_conteudo_id=31102

> Entrevista de Jorge Abraão, Presidente do Instituto Ethos, à Rádio CBN, disponível em: http://cbn.globoradio.globo.com/colunas/responsabilidade-social/2014/06/06/A-POLITICA-NACIONAL-DE-PARTICIPACAO-SOCIAL.htm

> Artigo do diretor-executivo da Abong e diretor do Iser Assessoria, Ivo Lesbaupin: "Da democracia enquanto governo do povo", disponível em: http://observatoriosc.wordpress.com/2014/06/03/da-democracia-enquanto-governo-do-povo/

> Artigo de Luis Nassif: "O país dos coronéis e a nova democracia social", disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/o-pais-dos-coroneis-e-a-nova-democracia-social#.U4xd2PTovtA.facebook
> Artigo de Tarso Genro: "Participação e democracia sem povo", disponível em: http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Participacao-e-democracia-sem-povo/4/31130

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Adélia Prado é premiada no Canadá

Poeta brasileira é premiada no Canadá

Adélia Prado foi agraciada com o galardão internacional, já recebido por Tomas Tranströmer e Seamus Heaney

A poeta brasileira Adélia Prado foi anunciada na última quarta-feira, 4, vencedora da edição de 2014 do The Griffin Trust for Excellence in Poetry Lifetime Recognition Award. O prêmio é oferecido pela Griffin Trust, instituição canadense fundada em 2000 pelo empresário e filantropo Scott Griffin, e nomes como Tomas Tranströmer e Seamus Heaney, que também já foram agraciados com o Prêmio Nobel de Literatura, receberam o reconhecimento em anos anteriores.
Desde 2006, os conselheiros da instituição (que inclui nomes como Margaret Atwood e Michael Ondaatje) escolhem um poeta para ser honrado com o reconhecimento, "um tributo para o trabalho e conquistas de artistas internacionais que trabalham com poesia", segundo o site da instituição.
Aos 78 anos, Adélia é considerada uma das grandes poetas do Brasil. Sua obra traduz o cotidiano. Morando em Divinópolis, em Minas Gerais, uma pacata cidade com aproximadamente 200.000 habitantes, Adélia escreve sobre a vida em sua forma simples de viver. O livro "O Coração Disparado" ganhou o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, 1978. A cerimônia de entrega acontece nesta quinta-feira,5, em Toronto.
Com informações do Estadão