quarta-feira, 30 de março de 2011

Nova consciência religiosa e ambientalismo ...

Nova consciência religiosa e ambientalismo: um leitura em torno das representações da categoria natureza entre grupos místico-esotéricos e ambientalistas em Alto Paraíso de Goiás (GO)

Ricardo Barbosa de Lima
UnB, UFG

Trabalho apresentado no simpósio de pesquisa conjunta
PQ02 "Práticas místicas e esotéricas na capital do Brasil".
VIII Jornadas sobre Alternativas Religiosas na América Latina
São Paulo, 22 a 25 de setembro de 1998

Download: www.fflch.usp.br/sociologia/posgraduacao/jornadas/.../pq02-4.doc

Governo do Goias discute proposta para criação de comitês de bacias


Novas propostas para a implementação de dois novos comitês, do Rio dos Bois/Turvo e do Rio Vermelho e o início de um processo de renovação da Bacia do Meia Ponte foram apresentados nesta tarde, durante reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, da Secretaria do Meio Ambiente. A ideia é retomar os comitês como forma da sociedade participar da gestão na área de recursos hídricos.

O superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Augusto de Araújo Almeida, explica ser necessária a mobilização da sociedade em torno de algumas bacias hidrográficas que são de importância estratégica para a economia do Estado de Goiás para a implementação de alguns instrumentos de gestão de recursos hídricos, que só podem ser feitos onde existem comitês de bacias. “É isso que a lei determina”, assegura Augusto.

Augusto Almeida ressalta que, além da criação desses dois comitês, o Conselho quer retomar e fortalecer a Bacia do Meia Ponte, onde são gerados 40% do PIB no Estado “para que este comitê, que está meio esquecido, assuma suas prerrogativas de fazer gestão. Nós já precisamos agora, a médio prazo, implementar o instrumento de gestão da cobrança pelo uso da área, uma forma de estar restabelecendo o potencial hídrico da bacia. Isso é muito importante porque o desenvolvimento econômico e todas as atividades humanas dependem da disponibliidade de água” disse o superintendente.

Pivôs
Também foi discutida a regularização de pivôs centrais em Goiás no que diz respeito às outorgas para que os produtores rurais possam fazer uma força-tarefa para regulamentação da agricultura irrigada. Augusto explica que a questão dos recursos hídricos é estratégica “porque temos, em certo ponto, abundância de água para se fazer uma irrigação. O que ocorre é que existe uma norma legal que estabelece que todo usuário de água precisa ter outorga pelo uso, concedida através de uma portaria expedida pela Semarh. E nem todos estão regulares nesse sentido”, finaliza.

Fonte: Portal Goiás Agora
http://aloalobrasil.com.br/geral/meio-ambiente/29,03,2011,31012.shtml

sábado, 26 de março de 2011

É preciso mudar o modelo

ALFREDO MANEVY
A autorização do Ministério da Cultura para Maria Bethânia captar recursos reacendeu discussão sobre o papel das verbas oficiais para a cultura. No varejo, o debate abriu espaço para teses do arco da velha, como a proposta de extinção do Ministério da Cultura ou o linchamento e culpabilização da artista.
Na verdade, Bethânia foi vítima da ilegitimidade da lei tal como ela se apresenta hoje. O debate foi positivo no fim: consolidou a percepção de que o sistema tem distorções e que, no lugar de crucificar uma artista fundamental, a modernização da legislação é o melhor caminho.
A renúncia fiscal é dinheiro público, aponta o Tribunal de Contas da União. Integrante do Orçamento, a previsão de renúncia é finita e contabilizada, embora de difícil controle e acompanhamento. Logo, é justo discutir os critérios de sua distribuição.
O papel do Estado no apoio à cultura é fundamental para a democracia e para o desenvolvimento econômico. A percepção precoce dessa importância está na raiz tanto da política cultural francesa como da organização do cinema americano como indústria.
Não se trata de argumento estatista: mesmo os países emblemas do liberalismo compreenderam que a política cultural é decisiva na globalização. Para o Brasil, a política cultural é central para diminuir a desigualdade, para a qualidade na educação, para a ampliação do acesso a leitura, museus e cinema.
Mas a legislação precisa ser renovada. No caso da Lei Rouanet, o MinC apresentou um diagnóstico: só 3% dos proponentes captam mais da metade de toda renúncia, contemplando poucos artistas.
A almejada parceria público-privado não ocorre: 95% do montante geral é oriundo de renúncia fiscal, e não se estabeleceu um genuíno empresariado cultural: ao contrário, aumentou a dependência. Do dinheiro público disponível para a cultura, a renúncia fiscal predomina, o que dificulta planejamento e metas de longo prazo.
Os números de exclusão de cinema e museus continuaram assombrosos, um quadro em que milhões de brasileiros estão apartados do consumo de bens culturais, segundo dados do IBGE.
Depois de anos de discussão com a sociedade brasileira, o projeto de lei nº 6.722/2010 (Procultura) foi enviado pelo governo Lula ao Congresso Nacional em janeiro de 2010. Lá tramita e já foi aprovado por unanimidade na Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
Por meio de um pacto que produzimos, governo, artistas, instituições e patrocinadores concordaram em aumentar o dinheiro das próprias empresas no custeio. A nova lei equaliza a renúncia fiscal a partir de critérios que permitem compor de forma racional o dinheiro público e privado.
Cria mecanismos de desconcentração e valorização do mérito e estabelece fundos de apoio direto a artistas, adotando uma grade de critérios para avaliar a necessidade de dinheiro público, projeto a projeto. A nova lei estimulará a boa convivência entre democratização e meritocracia.
Quanto ao medo de "dirigismo", a sociedade brasileira já possui instituições públicas com credibilidade na análise de projetos, sem ameaçar a liberdade de expressão.
Nossa democracia está madura e vigilante para barrar eventuais abusos. A pesquisa científica produzida na universidade brasileira, produto da subjetividade, é avaliada e financiada pelo Estado; ninguém reclama de dirigismo e o sistema funciona. Logo, transformar esse modelo não só é possível: é imprescindível. Basta aprovar o projeto que está no Congresso.

ALFREDO MANEVY, doutor em audiovisual pela USP, foi secretário-executivo do Ministério da Cultura (2008-2010).

quinta-feira, 24 de março de 2011

Centro de Estudos da UnB na Chapada será pioneiro na exploração do Cerrado


25/10/2010 - Foto: Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência
UnB Agência Luiz Filipe Barcelos/UnB Agência

Com as obras avançadas, unidade voltada para o desenvolvimento regional deve ser inaugurada até março, em Alto Paraíso (GO)

O Cerrado é a savana com a maior biodiversidade do planeta. Segundo maior bioma brasileiro – envolvendo oito estados do país – suas riquezas vão da exuberância de flora e fauna únicas às manifestações culturais de comunidades ali estabelecidas. Mesmo com tantos motivos, a região não conta com um centro de pesquisa específico. Ou melhor, não contava. Com a missão de promover a exploração científica e o desenvolvimento da região, a Universidade de Brasília será pioneira com a inauguração do primeiro Centro de Estudos Avançados do Cerrado, em março.

A unidade de ensino, pesquisa e extensão está em construção no município de Alto Paraíso (GO), coração da Chapada dos Veadeiros. A equipe da UnB Agência percorreu os 230 km que separam o lugar e Brasília para acompanhar a iniciativa inédita. Em um terreno de 47 mil m², tomado por um cerrado recém recuperado das queimadas que castigaram a Chapada nos últimos meses, as paredes de solo-cimento (técnica de construção com baixo impacto ambiental) sustentam as toras de eucalipto reflorestado que formam as estruturas dos telhados.

Nos 1.508 m² de área construída funcionarão salas de professores, salas de aula, laboratórios de Biologia e informática, hospital veterinário, auditório, ateliê de artes, biblioteca, alojamento, área de camping, cozinha experimental e até um banheiro seco (que não usa água no trato dos dejetos). “É uma proposta que já nasce diferente não só pela ideia de sustentabilidade, mas principalmente por descentralizar a universidade e aproximar a academia da sociedade”, afirma a geóloga Nina Laranjeira, coordenadora do centro.

A vocação da unidade, localizada em uma das áreas mais representativas e preservadas de Cerrado, é a exploração científica do bioma. “Não nos limitaremos aos estudos de fauna e flora ligados à conservação”, conta Laranjeira. “As questões sociais, culturais e econômicas dos municípios e comunidades que vivem na região, como os quilombolas, também serão parte das atividades”, completa. Ao todo, 30 estudantes e 20 professores de nove unidades acadêmicas da UnB estão envolvidos no projeto.

Laboratório
A ideia inicial é oferecer disciplinas semi-presenciais no Centro de Estudos. “Teremos todo o apoio para pesquisadores e estudantes que queiram explorar o imenso laboratório verde que é o Cerrado, inclusive com um Centro de Documentação voltado para o tema”, adianta Nina. A extensão é o principal foco das atividades. “Vamos estreitar as relações com a comunidade, principalmente com as escolas de ensino básico”, completa a professora, explicando que o centro contará com autonomia em relação às unidades acadêmicas da UnB.

Você sabia?
Dados recentemente divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente alertam que os 50% da cobertura original do Cerrado que ainda restam podem desaparecer nas próximas cinco décadas, caso o ritmo de devastação não seja freado. Segundo o levantamento, o bioma perde 1% de sua vegetação por ano.

O professor do Instituto de Biologia, Roberto Cavalcanti, destaca o papel da UnB nas transferência de conhecimento aos habitantes do Cerrado. “Por se tratar de um bioma extremamente estratégico e vulnerável é preciso estímulo e qualificação profissional para explorá-lo de forma sustentável. E, mais do que a nossa missão, essa é a nossa obrigação”, diz o especialista. As atividades iniciais, como o mapeamento de espécies da fauna e flora e o levantamento sócio-econômico, devem abranger os município de Alto Paraíso, Colinas do Sul, Teresina de Goiás e Cavalcante.

Esperança
O Centro de Estudos Avançados do Cerrado é sinônimo de esperança para a população da Chapada. A coordenadora pedagógica de uma das duas escolas estaduais de Alto Paraíso, Maria das Dores Nunes, conta que a chegada da universidade – que já possui com um pólo de ensino a distância no município – pode e deve mudar a realidade do lugar. “Hoje convivemos com a estrutura precária de ensino”, diz. “Tudo o que vem a acrescentar é bem vindo e a credibilidade da UnB, que já vem fazendo parcerias conosco, renova a esperança por mudanças”.

O prefeito do município, Alan Gonçalves, afirma que a unidade é a realização de um sonho para os cerca de 8 mil habitantes da cidade. “A UnB representa o reforço da identidade local, voltada para a preservação e a exploração sustentável do meio ambiente e a qualidade de vida”, conta ele, que é mestre pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, uma das unidades envolvidas no projeto.

Idealizador
A ideia do Centro de Estudos não veio da UnB. Surgiu dos anseios da comunidade de Alto Paraíso, representada pelo vereador do Partido Verde Eduardo Estellita, o Dáda. Morador do município há 30 anos, ele apresentou o projeto nas conferências Regional e Nacional do Meio Ambiente, em 2007. “Com a proposta aprovada, começou a luta para conseguir o terreno e a verba para a execução da obra”, lembra. O dinheiro veio de uma emenda de R$ 1,4 milhão feita pelo deputado federal Fernando Gabeira (PV) e o terreno foi uma doação da Prefeitura do município.

Morador da região há 30 anos, vereador Dáda idealizou projeto do Centro
Apesar do avanço das obras, iniciadas em novembro de 2009, Dáda lamenta o atraso no cronograma para encerrar a construção. “Deveríamos ter concluído a obra em 240 dias, mas infelizmente a burocracia ainda é um grande obstáculo para o desenvolvimento, mesmo de projetos tão importantes como este”. No entanto, o morador destaca que nada tira o mérito do esforço que tornou possível a concretização do projeto. “A UnB foi parceira desde o início e o centro já é uma realidade que em breve vai transformar a vida dos que, de alguma forma, estão ligados ao Cerrado”.

Fonte: http://www.correioweb.com.br/euestudante//noticias.php?id=14898&tp=17

Veja também:
15/12/09 14:37
UnB terá centro de estudos na Chapada dos Veadeiros
Idealizado para ser um polo de desenvolvimento regional, o local vai desenvolver ações de pesquisa, ensino e extensão a partir de 2010

Leia a matéria completa.
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=2266

Dia Mundial da Água: Cerrado, berço das águas brasileiras


Data: 22/3/2011
Fonte: Embrapa

Especialmente nesta terça-feira (22), em que é comemorado o Dia Mundial da Água, a atenção de todo o planeta está voltada para a questão dos recursos hídricos. Não há mais dúvidas da crescente necessidade de água, da limitação dos recursos hídricos, dos conflitos entre alguns usos e da importância do consumo consciente. No Brasil, a região do Cerrado se destaca do ponto de vista hidrológico e ambiental. Afinal oito das 12 grandes regiões hidrográficas brasileiras recebem contribuição hídrica deste bioma.

Para a manutenção dos processos de produção e distribuição de água pelos rios do Brasil é fundamental a adequada gestão dos solos e dos recursos hídricos do Cerrado e a preservação de suas nascentes. A avaliação é do pesquisador Jorge Werneck Lima, da Embrapa Cerrados - unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, localizada em Planaltina-DF.

"A sua posição estratégica (Planalto Central) e as características dos seus solos e clima fazem com que o Cerrado funcione como um reservatório que guarda as águas das chuvas e as distribui por grande parte do país e pela América do Sul. Vários rios importantes recebem água do Cerrado", explica Lima. Justamente por isso, como ressalta o pesquisador, danos nessas regiões de nascentes podem ser propagados por grandes extensões do país. Em alguns casos, a participação do Cerrado corresponde a mais de 100% do volume total de água gerado nas bacias para as quais contribui. Na bacia do Paraguai, que engloba o Pantanal, a participação é de 136%. Outras bacias que possuem grande parte de sua vazão gerada no Cerrado são Parnaíba (106%), São Francisco (94%), Tocantins/Araguaia (70%) e Paraná (50%).

Uso racional - As pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Cerrados têm o objetivo de aumentar o conhecimento sobre como funcionam os processos hidrológicos (infiltração, escoamento, vazão, qualidade da água) e suas relações com as atividades desenvolvidas pelo homem, tais como, agricultura e pecuária. Ou seja, os pesquisadores buscam avaliar de que forma essas atividades podem impactar "positiva ou negativamente" na quantidade e na qualidade do recursos hídricos do bioma Cerrado.

Muitas das pesquisas visam estimular o uso racional dos recursos hídricos na agricultura. Entre elas, é possível destacar os trabalhos sobre manejo de irrigação, os que compatibilizam a demanda hídrica para atividades agrícolas com a oferta de água das bacias hidrográficas, os que incentivam o uso racional de insumos agrícolas para evitar a contaminação dos recursos hídricos e a adoção de boas práticas agrícolas que minimizem os processos erosivos e o assoreamento dos rios.

Algumas tecnologias geradas pela Embrapa Cerrados podem subsidiar o uso racional da água em atividades agrícolas. Como, por exemplo, a aplicação de modelos hidrológicos/ambientais, que são importantes ferramentas de suporte a decisão para ações de gestão territorial e de recursos hídricos, e o zoneamento econômico ecológico para definição de áreas de aptidão agrícola ou destinadas à conservação. Outras orientações fundamentais são a manutenção da cobertura do solo com adoção do sistema de plantio direto, boa construção de terraços e implantação do sistema integração-lavoura-pecuária-floresta.

Declaração da ONU - O Dia Mundial da Água foi instituido, em 1992, pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de alertar sobre a escassez da água e, consequentemente, buscar soluções para o problema. Para isso, a ONU elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água". Entre seus artigos, o documento destaca que o futuro do planeta depende da preservação da água e de seus ciclos (art.4º) e que a gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social (art.9º).

Fonte: http://www.geodireito.com/Conteudo/Geojuridicas.asp?notCodigo=3620&acao=DetalheNoticia

Casa dos Conselhos Municipais de Alto Paraíso


Local: Sede Casa dos Conselhos Municipais – Rua das Mangabeiras, Qd. 11 lote 01 - Setor Planalto - Alto Paraiso de Goias - CEP 73.770.000

Fonte: http://www.casadosconselhosmunicipais.blogspot.com/

Novo Email do Conselho de Segurança de Alto Paraíso de Goiásconsegs.altoparaiso@gmail.com

Pergunte, se informe, participe das reuniões públicas mensais
Hoje por ex. 19-08-2010 , as 19,00 hrs. nas dependências da Casa dos Conselhos Municipais
acompanhe no blog www.casadosconselhosmunicipais.blogspot.com as atividades dos conselhos municipais de nossa cidade.

Secretário Estadual de Cultura visita Alto Paraíso


O Secretário de Cultura do Estado de Goiás e Presidente da AGEPEL, Gilvane Felipe, visitou Alto Paraíso dia 10 de fevereiro para conhecer de perto a estrtura da cultura local e quais as necessidade da área, no município.

Gilvane participou de reunião no gabinete do prefeito com a participação de secretários e vereadores. O Secretário demonstrou sua satisfação em detectar a organização municipal na área da Cultura. Alto Paraíso foi o primeiro município do estado a organizar Sistema Municipal de Cultura.

O Secretário visitou o museu municipal, o PETI, o Ponto de Cultura, participou da reunião do conselho de cultura e após seguiu para reunião junto aos empresários e munícipes ligados à cultura local.

Gilvane falou do cenário de dificuldades financeiras e alertou que o momento é de planejar. Ainda assim, se comprometeu em apoiar a cultura do município no que fosse necessário. Entre os compromissos, Gilvane falou que intervirá no que for preciso junto ao Governo Federal para agilizar a concretização do Espaço Mais Cultura e articulará para que os eventos apoiados pela AGEPEL possam intinerar até Alto Paraíso.

Gilvane encerrou sua visita assistindo apresentação do coral do PETI e apresentação do grupo de Catira de Alto Paraíso.

Fonte: http://www.altoparaiso.go.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=382%3Asecretariogilvane&catid=81%3Acultura&Itemid=135

1º Encontro do Movimento Verde de Goiás

O NUCLEO DE APOIO AO PV GOIÁS, realizou na manhã do último domingo (20), o 1º ENCONTRO DO MOVIMENTO VERDE DE GOIÁS.

O evento contou com a participaçao de Presidentes de Comissões Municipais de 13 cidades do Estado: Alto Paraiso, Anapolis, Terezopolis, Goiás, Goiânia,Jaragua, Professor Jamil, Aguas Lindas, Quirinopolis, Aparecida de Goiania, Goianapolis, Cidade Ocidental e Planaltina.

Além das presenças de:
Guto Gomes, membro da Comissão Nacional do PV;
Eduardo Estellita (Dada) - Vereador de Alto Paraiso;
Jacqueline Vieira da Silva - Sec. da Mulher Estadual;
Tina Afonso - Sec. da Mulher PV Municipal;
Jonh Mivaldo - Fundador do PV-GO e filiados do partido.

NÚCLEO DE APOIO AO PV-GO

Obs: link de reportagem sobre o evento: DIARIO DA MANHÃ 23/03
http://www.dmdigital.com.br/

quarta-feira, 23 de março de 2011

Farmácia Popular em Alto Paraíso de Goias


O Vereador Dada apresentou uma indicação solicitando aos órgãos governamentais competentes, bem como junto ao segmento de estabelecimentos farmacêuticos, a implementação do Programa Farmácia Popular do Brasil, conforme Art. 8º da Portaria184 de 3 de fevereiro de 2011, do Ministério da Saúde, oferecendo medicamentos para hipertensão arterial e diabetes – gratuitamente, ou com o desconto previsto em lei, o qual pode ser da ordem de 90% do preço de balcão.

Vereador Dada solicita informações sobre o código de posturas

Preocupado com a importância do Código de Posturas para a organização do Município e a fiscalização das diversas atividades, o vereador Dada solicitou informações sobre andamento de estudos ou tramitações que levem a sua criação.

Fonte: Boletim Informativo da Câmara Muncipal de Alto Paraíso de Goiás - Ano 4 - Número 3 - 21 de Março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Programa Paraíso Limpo

O livro “A Regulação dos Recursos Hídricos”


APRESENTAÇÃO

Este livro trata da análise do modelo vigente de gestão de recursos hídricos, com seus avanços e problemas de implementação, visando apresentar proposições ao seu aprimoramento. Tem como objetivo geral discutir o atual modelo de gestão da água com ênfase nos aspectos de regulação e de controle social (busca da eficiência e melhoria da qualidade e resgate da esfera pública como instrumento do exercício da cidadania, dentre outros aspectos). Para a consecução dos objetivos expostos, procurou-se analisar a temática a partir de uma abordagem teórico-histórica da regulação (modelos de administração da água implantados no Brasil e gênese das agências reguladoras) e da gestão participativa dos recursos hídricos, envolvendo a relação do Estado e da esfera pública, em especial, no âmbito dos comitês de bacias hidrográficas e agências de água. Conclui-se, destarte, que a participação efetiva e qualificada da sociedade civil nos conselhos e nos comitês de bacias necessita ser aprimorada, sendo de suma importância para o aperfeiçoamento da gestão integrada de recursos hídricos e da democracia deliberativa brasileira.
O Autor


Catalogação na fonte
F8665a Freitas, Marcos Airton de Sousa
A regulação dos recursos hídricos: estado e esfera pública na gestão de
recursos hídricos : análise do modelo atual brasileiro, críticas e
proposições/ Marcos Airton de Sousa Freitas. — 1. ed. — Rio de Janeiro:
CBJE, 2009. 21cm - 174p. : Il.
ISBN: 978-85-7810-278-4
1. estado 2. esfera pública 3. regulação 4. recursos hídricos, gestão
5. sociedade civil
I. Marcos Airton de Sousa Freitas II. Título
CDU 556.18:35 (81)


Apoio: ABRH - Associação Brasileira de Recursos Hídricos - Regional Piauí

Para a aquisição do livro:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9041234&sid=97511819711128520958824711&k5=2A945339&uid=

Que Venha a Seca, de Marcos Freitas


Autor: Marcos Airton de Sousa Freitas
ISBN: 8578106601 ISBN-13: 9788578106607
Brochura, 1ª Edição – 2010, 413 pág. Preço médio R$ 80,00

O autor não se propõe a lutar quixotescamente contra a seca e derrotá-la, mas sim compreender os fenômenos envolvidos nos diversos tipos de seca, conjeturar sua ocorrência, sua duração e sua intensidade, e estabelecer critérios para que sejam tomadas decisões realistas. Trata-se de um livro complementar à cadeira de Hidrologia, para ser utilizado principalmente pelos cursos que têm em vista a formação de hidrólogos que vivem e trabalham nas regiões assoladas pelas secas, constituindo-se em uma fonte segura de pesquisa sobre o tema. Embora haja interdependência entre os capítulos, eles podem, até certo ponto, ser lidos independentemente uns dos outros, fazendo com que o livro possa ser também usado como manual de procedimentos por gestores, administradores públicos e demais tomadores de decisão, uma vez que cada capítulo possui sua própria lista bibliográfica.

Onde adquirir o livro:

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044208&sid=97511819712322634963904325&k5=D11FF6E&uid=

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3373355/que-venha-a-seca-modelos-para-gestao-de-recursos-hidricos-em-regioes-semiaridas/?ID=BD4B76C57DB01150C1D160306

http://www.fnac.com.br/pesquisa/undefined/fnac.html?=que%20venha%20a%20seca

http://www.siciliano.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ESTRUTN1=0301&ORDEMN2=E&PALAVRASN1=que+venha+a+seca&x=44&y=13

http://www.martinsfontespaulista.com.br/ch/prod/382548/que-venha-a-seca---modelos-para-gestao-de-recursos-hidricos-em-regioes-semiaridas.aspx

http://www.livrariagalileu.com.br/home/detalhe.asp?id_livro=177871&buscape

http://www.leonardodavinci.com.br/descricao.asp?cod_livro=FRE025

http://www.livrariacanalenergia.com.br/sinopse.asp?id_obra=157

http://www.casasbahia.com.br/Que-Venha-a-Seca-Modelos-Para-Gestao-de-Recursos-Hidricos-em-Regioes-Semiaridas-296956.html

QUE VENHA A SECA
Sumário
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
CAPÍTULO 1 MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SECAS
CAPÍTULO 2 O FENÔMENO DAS SECAS, A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E O NORDESTE DO BRASIL
CAPÍTULO 3 ANÁLISE INTEGRADA DO FENÔMENO DAS SECAS (SIGES)
CAPÍTULO 4 MODELAGEM CHUVA-VAZÃO EM RIOS DO SEMIÁRIDO
CAPÍTULO 5 GERAÇÃO SINTÉTICA DE VAZÃO EM RIOS DE REGIÕES SEMIÁRIDAS
CAPÍTULO 6 MODELOS DE ESTIMATIVA DE DEMANDA
CAPÍTULO 7 MECANISMOS DE ALOCAÇÃO E NEGOCIAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO 8 APLICAÇÕES DO SIGES AO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
CAPÍTULO 9 ANÁLISE MULTICRITÉRIO E TOMADA DE DECISÃO EM REGIÕES SEMIÁRIDAS
CAPÍTULO 10 ANÁLISE DE RISCO NA GESTÃO HIDROAMBIENTAL
CAPÍTULO 11 OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS EM SITUAÇÕES DE ESCASSEZ
CAPÍTULO 12 INTEGRAÇÃO SETORIALNA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO 13 PLANOS DE CONVIVÊNCIA COM AS SECAS E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
CAPÍTULO 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS


FREITAS, MARCOS
Marcos Freitas tem Pós-graduação em Engenharia Civil - Dipl. Ing. - Universität Hannover (1995). Mestrado em Engenharia Civil (UFC, 1991). Graduação em Engenharia Civil (UFPI, 1985). Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas - ANA, desde 2001. Professor Universitário, desde 1990 (atualmente licenciado). Engenheiro Civil/Consultor (1985-2000). Coordenador e professor de diversos cursos de Pós-graduação (Engenharia de Software; Gestão de Recursos Hídricos; Gestão Ambiental). Mais de 100 publicações técnico-científicas em periódicos e anais de simpósios nacionais e internacionais e mais de 40 livros e capítulos de livros, técnicos e de literatura, em autoria e co-autoria, em 6 idiomas. Aprovado em 2º lugar para o cargo de Especialista em Infraestrutura Sênior – Recursos Hídricos, do MPOG. Participou da elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos - PNRH, do Plano da Bacia do rio São Francisco - PDRHSF, do GEO Brasil Recursos Hídricos (PNUD), GEF São Francisco, Outorga do Sistema Cantareira (SP), dentre outros. Fundador e Ex-Diretor Técnico-Científico da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Águas - ASÁGUAS. Fundador e Ex-Conselheiro da Associação Nacional dos Especialistas em Regulação - ANER. Autor da ideia da criação da Escola Nacional de Regulação. Sócio da Associação Brasileira de Recursos Hídricos - ABRH. Fundador da Associação Piauiense de Astronomia – APA (1982). Militante estudantil e sindical no início da década de 80. Poeta. Contista. Letrista. Músico amador. Diretor do Sindicato de Escritores do DF. Filiado à Associação Nacional de Escritores - ANE e à União Brasileira de Escritores - UBE.

Lançamentos da Antologia Fincapé (Coletivo de Poetas)



Sumário, 5. Ficha técnica, 6. Dedicatória, 7. Vinte e um anos na estrada em direção à Poesia, 8-10. A Poesia não morreu, viva a poesia, por Maurício Melo Júnior, 12-13. Coletivo de Poetas, 14. Aloísio Brandão, 15. Antonio Miranda, 21. Adão Paulo Oliveira, 27. Alceu Brito Corrêa, 33. Ariosto Teixeira, 39. Almira Rodrigues, 45. Anabe Lopes, 51. Basilina Pereira, 57. Carlos augusto Cacá, 63. Carla Andrade, 69. Chico Pôrto, 75. Cristina Bastos, 81. Chico Castro, 87. Donne Pitalurgh, 93. Edmilson Figueiredo, 99. Ézio Pires, 105. Francisco K, 111. Geisa Gonzaga, 117. Herbert Lago Castelo Branco, 123. Hilan Bensusan, 129. Helvídio Nunes de Barros Neto, 135. Ivan Silveira Braga, 141. Isolda de Sousa Marinho, 147. Jorge Amâncio, 153. José Roberto da Silva, 159. José Edson dos Santos, 165. Jorge Antunes, 171. Lourdes Teodoro, 177. Marcos Freitas, 183. Mariana Matias, 189. Menezes y Morais, 195. Marta Peres, 201. Nicolas Behr, 207. Noélia Ribeiro, 213. Nonato Veras, 219. Nando Potyguara, 225. Paulo Roberto Miranda, 231. Reginaldo Gontijo, 237. Salomão Sousa. 243. Solymar Cunha, 249. Sids de Oliveira, 255. Wélcio de Toledo, 261. Yonaré Flávio de Melo, 267.

Ficha técnica
Capa: Personagem Urgente, óleo e acrílico sobre tela, cada painel 200 X 150 cm., por Luiz de Alcântara. Quarta capa: Muro do Amor, por Luiz de Alcântara. Coordenação: Menezes y Morais. Coletivo de Poetas. Fotos: Chagas Silva, Josemar Gonçalves, Susana Dobal, Marcelo Lunieri, Rubens Rebouças, Sérgio Morais, Vanessa Silva, Edmilson Figueiredo, Raphael Mendes, Delmária Ferreira, arquivo dos poetas. Caricatura: Joanfi e Inez Woortmn. Obra do Coletivo de Poetas. Capas: Poemas, gravura de Fra. Filippo Lippi, Madona com o Menino; Outros Poemas, Sgreccia: A Árvore da Vida, mitologia pré-colombiana, acrílico sobre tela; Ibirapitanga, Glênio Bianchetti; Mais Uns, Resa (Luís Eduardo de Resende); Contos, Heloisa Gurgel. Thiago Sarandy deu uma força no scanner de algumas fotos de Fincapé.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Escritores brasilienses e espanhóis realizam encontro aberto ao público


14/03/2011
Foto: Nicolas Behr: “Só sentimento não basta para fazer poesia”
Nahima Maciel

A poesia visual pode ter cara de objeto, performance e até uma arte gráfica ou animação. Ou pode apenas evocar imagens por meio de metáforas e combinações de palavras. Para confeccioná-la vale lançar mão de todos os recursos disponíveis, inclusive, e principalmente, os tecnológicos. O importante é não perder a postura poética, experimentar a linguagem, investigar as possibilidades estéticas da palavra. O formato não é novo — os concretistas brasileiros usaram e abusaram dos recursos nos anos 1950 — mas ainda rende boas experiências e é para falar sobre elas e conhecê-las que o espanhol Alfonso Hernandez organizou o encontro Poesia para se ver, que tem início hoje no Instituto Cervantes.

Até quinta-feira, poetas de Brasília e da Espanha realizam palestras, oficinas e leituras com foco na produção do poema visual. “Poesia para ver seria uma poesia feita com imagens poéticas através de palavras”, define Hernandez. A primeira palestra será dedicada a investigar os rumos da poesia contemporânea espanhola, que, segundo o organizador, tem características urbanas muito marcantes. “É feita por um poeta que sai de si mesmo pela janela para falar do que está acontecendo pelo mundo”, descreve. “O poeta observa a sociedade. Podemos falar de um poeta observador. É uma poesia que está em espaços urbanos e o poeta se mistura com esse espaço.” Ele enxerga a mesma marca na produção brasiliense e acredita que a configuração do espaço urbano da capital influencia diretamente os poetas. Além do espanhol, o debate de hoje reúne Angélica Torres, Fred Maia, Marcos Freitas, Alicia Silvestre, Antonio Miranda e Nicolas Behr, todos convidados para ministrar oficinas e palestras durante o evento.

Hernandez mora em Brasília há três anos e meio e é professor do Instituto Cervantes, mas foi em Coimbra, onde morou durante um ano, que concebeu o primeiro livro. El crucero, cujo lançamento acontece hoje, tem edição bilíngue em espanhol e português e foi idealizado durante um período de imersão no universo da lusofonia. “Me atraía muito a cultura portuguesa, que para mim era desconhecida. Apesar de ser perto, não é comum os espanhóis conhecerem a cultura portuguesa.” El crucero é uma antologia da produção de Hernandez desde os 14 anos até a etapa que considera “madura”, iniciada durante os estudos de filologia na Universidade de Granada.

Antonio Miranda, convidado do encontro e diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, vê na poesia contemporânea forte tendência para a visualidade. Recursos tecnológicos e ferramentas digitais aparecem como instrumentos frequentes. No link Poesia Visual, no próprio site, Miranda lista 296 autores que investiram no gênero. Alguns são velhos conhecidos dos leitores, como Paul Élouard, André Breton, Augusto e Haroldo de Campos e até Lewis Carrol, outros são mais presentes no universo musical, caso de Caetano Veloso e Gilberto Gil, ou têm nomes pouco associados à poesia, como o artista plástico goiano Siron Franco e o pintor francês Henri Matisse, mas todos, um belo dia, resolveram experimentar as possibilidades plásticas dos versos.

“A poesia escrita também traz imagens, mas são imagens visuais. Quando falo em poesia visual penso mais na poesia que se transforma em objeto. É um paradigma que no Brasil tomou impulso com os concretistas e que hoje chega a formas como a intervenção urbana e as performances poéticas”, diz Miranda. “A poesia está buscando novas formas de expressão.”

Durante as oficinas de Poesia para ver, ele quer abordas as formas visuais de conceber versos. Já Nicolas Behr, outro convidado, acredita ser possível nortear os participantes no exercício da linguagem poética. “As pessoas investem muito no sentimental e pouco na linguagem. Só sentimento não basta para fazer poesia, tem que ter experimentação estética, senão vira uma carta para a namorada”, avisa Behr, que divide com Alicia Silvestre a responsabilidade da oficina Mistérios poéticos.

http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=12559&secao=Programe-se&data=20110314

sexta-feira, 4 de março de 2011

Atividade nas redes sociais é proporcional a ativismo político


VIDA DIGITAL VEJA ONLINE 26/02/2011 18h00

Um estudo realizado entre jovens americanos concluiu que atividade nas redes sociais é proporcional a ativismo político. A pesquisa acompanhou por três anos a atividade de mais de 2.500 adolescentes na Califórnia, observando o engajamento desses estudantes em causas civis e políticas, e foi patrocinada pela Fundação MacArthur e pelo Centro de Informação e Pesquisa sobre Aprendizado Civil.

Para mapear a situação, o estudo analisou três tipos de comportamento: atividades políticas motivadas pela participação on-line, exposição on-line para diversas perspectivas e interesse dirigido à participação on-line. A pesquisa pretendia medir a periodicidade com que adolescentes compartilham suas perspectivas e entender como eles utilizam o e-mail para se comunicar com órgãos governamentais.

Na visão dos pesquisadores, a internet não transforma os jovens em indivíduos isolados, contestando a tese defendida por outros observadores. Ao contrário, a web os incentivaria a participar de trabalhos voluntários e manifestações políticas. A adesão de adolescentes a grupos de interesse comum não só estimula a discussão como amplia a exposição de ideias.

"A pesquisa mostra também como é importante que escolas, universidades e pais trabalhem em conjunto para motivar seus filhos a aproveitar a internet da melhor maneira", explicam os autores Joseph Kahne, da Mills College, Nam-Jin Lee, da College of Charleston, e Jessica Timpany Feezell, da Universidade da Califórnia.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Açaí: ouro negro da floresta


Um Filme de Delvair Montagner

O documentário, de Delvair Montagner, rodado na região de Igarapé-Miri e em Belém do Pará, retrata de maneira linear e tradicional, porém bastante plástica e didática, a cadeia de produção e comercialização do açaí, a partir da Cooperativa Agrícola dos Empreendedores de Açaí de Igarapé-Miri – CAEPIM. Partindo, como não poderia deixar de ser, dos caminhos naturais da floresta, os rios, chega-se aos moradores coletores do fruto do açaizeiro. Entrevistando os mais idosos da região tem-se a informação de que, as gerações anteriores, provavelmente migrantes de outras regiões, em sua maioria de nordestinos, desconheciam a árvore e o seu fruto. Sequer era comido, pois não se sabia se era venenoso ou não. O filme mostra que foi somente a partir da década de 70, com o fim de mais um ciclo na região, após o cacau, a madeira, a cerâmica, a pimenta do reino e a cana, que se buscou sobrevivência com a exploração do açaí. Hoje, porém, consoante declarações dos entrevistados no filme, a realidade é outra para os cooperados, que obtém a maior parte de sua renda do açaí.

A cadeia dar-se início com a coleta feita pelos pecunheiros, que com grande habilidade sobem de árvore em árvore para cortar os cachos de frutos maduros. A outra parte da renda familiar, conforme demonstrado de maneira singular por meio de imagens e entrevistas, é obtida do palmito, da roça, da produção de cestos, de barcos, da pesca e captura de camarão e da produção de farinha, principalmente. O açaí também é parte importante da alimentação nativa, em especial, comida com o arroz, numa espécie de mingau. Esse produto, atestam os médicos, é bastante energético e é um alimento denominado funcional, posto possuir substâncias bioativas e antioxidantes, representadas pelos compostos fenóis, os quais ajudam na prevenção e redução de doenças degenerativas e câncer.

As condições de vida desses produtores, pelos relatos, tiveram enormes melhorias em termos de consumos de aparelhos eletrodomésticos, a exemplo de televisores, aparelhos de som, DVD, etc, assim como do acesso à água potável. Tanto é que se deu uma alteração nos costumes locais, onde os mais velhos não mais contavam estórias para os mais novos, mas sim se distraiam com esses novos equipamentos. Atesta comentário de uma jovem de cerca de 10 anos, acrescentando ainda que sua intenção é prosseguir nos estudos em uma cidade maior e não mais viver, como seus pais, da coleta e produção de açaí, tarefa nada fácil, pois para se obter uma caixa ou cesto de açaí, faz-se necessária a subida em mais de uma centena de árvores.

Outro desafio apontado pelo filme está relacionado à questão do seu manejo. Nas décadas passadas, a orientação recebida pelos produtores dada pela assistência técnica local, dava conta de que era importante praticamente extirpar as outras árvores da região, preservando apenas as árvores de açaí. Isso levou ao aumento das pragas (de formigas, como citado) na região, e pode está vinculado à elevação da incidência de barbeiros. O manejo sustentável, praticado atualmente, mostrado no filme, recomenda que as plantas com idade de 7 anos, que começam a reduzir sua produção, devem ser derrubadas para dar espaço as árvores mais novas. Dessas árvores mais velhas extrai-se o palmito para venda, que é vendido a um preço irrisório, da ordem de 90 centavos a um real. O espaçamento entre árvores é de cerca de 4 metros, sendo que de 6 em 6 meses deve ser feita uma limpeza da área do açaizal, evitando que os cipós cresçam e se enrolem às árvores reduzindo, com isso, a produtividade. Outro ponto importante ressaltado é com a produção de mudas em viveiros, nas áreas de várzeas. Além da consciência gerada, produz-se mudas de açaí de qualidade, bem como de andiroba e cedro, usadas em consórcio com o açaí.

Foi indicada também no filme a importância da apicultura no meio do açaizal, dada a capacidade de polinização das flores pelas abelhas. Pouco se tratou, contudo, no filme das possíveis políticas públicas atuantes na região, a não ser uma leve menção à questão da Agricultura Familiar. Foram apresentadas, ainda, no filme imagens relacionadas ao transporte de madeiras, as quais são, preponderantemente, provenientes de outros estados, posto que na região sua extração encontra-se praticamente extinta.

O filme parece apontar que a motivação financeira de organização e criação da cooperativa, a partir de uma associação já existente, deu-se devido ao interesse de uma empresa americana na compra do produto. A referida cooperativa iniciou seus trabalhos em 14 de maio de 2005, com 30 produtores e hoje conta com 154 integrantes, produzindo o suficiente para enviar, juntamente com outros produtores da região, de 20 a 25 caminhões de açaí in natura, por dia, para Belém e outras cidades. Verifica-se, entretanto, um movimento em direção à industrialização desses produtos. Foi mostrada uma pequena fábrica de palmito, e outra de suco de açaí, essa já preocupada com o uso da casca do açaí para adubo e do aproveitamento (em estudos) de seu caroço para queima nas caldeiras, em substituição à madeira. Segundo o relato do prefeito, o açaí se constitui na principal fonte geradora de renda do município.

Marcos Freitas, 17/11/2010.
Foto: www.nutricaoemfoco.com.br/.../upload/acai.jpg