terça-feira, 29 de outubro de 2013

Seca revisitada

Pesquisadores explicam origem do fenômeno que atinge semiárido nordestino e comentam suas consequências sociopolíticas. 

Por: Henrique Kugler
 
Publicado em 24/10/2013 | Atualizado em 24/10/2013
Seca revisitada
“A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas”, escreve Graciliano Ramos em ‘Vidas secas’. Hoje, porém, não se vê o êxodo em massa de camponeses. (foto: Leo Nunes/ Wikimedia Commons – CC BY-SA 3.0)
Sol escaldante no semiárido nordestino. A inclemência das secas há tempo arrasa a terra e a vida do sertanejo. Ainda assim, “apesar das dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, ele alimenta a todo transe esperanças de uma resistência impossível”, narrou Euclides da Cunha (1866-1909) em Os sertões. Esse texto é de 1902. De lá para cá muito mudou, mas ainda hoje a complexidade do sistema climático continua a desafiar a ciência; e as consequências da seca na região ainda nutrem acirrados debates entre acadêmicos, técnicos e gestores.
Como entender a origem das agruras climáticas que afligem o Nordeste de nosso país? “As secas costumam ser ocasionadas por dois fenômenos climatológicos de escala global”, explica o climatologista José A. Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O primeiro deles é o El Niño. Trata-se de um aquecimento incomum das águas superficiais do oceano Pacífico – o que origina, na costa oeste da América do Sul, índices de evaporação e precipitação bastante elevados.
E, por incrível que pareça, essa mudança ocasional em um oceano distante é capaz de alterar, também, os padrões de circulação atmosférica no território brasileiro. Uma das consequências do El Niño é o decréscimo – por vezes radical – no regime das chuvas sobre o Nordeste de nosso país. A periodicidade desse fenômeno natural é incerta, mas ele costuma ocorrer em ciclos de dois a sete anos.
Por incrível que pareça, uma mudança ocasional em um oceano distante é capaz de alterar, também, os padrões de circulação atmosférica no território brasileiro
O segundo fenômeno responsável pelas sucessivas secas na região tem um nome ligeiramente mais complicado: é o que climatologistas chamam de variação do gradiente de temperatura da superfície do Atlântico Tropical. O conceito é bastante simples. De tempos em tempos, as águas do Atlântico Tropical Norte – região oceânica entre o Equador e a latitude 15° Norte – ficam mais aquecidas que as águas do Atlântico Tropical Sul – localizado entre o Equador e a latitude 15° Sul. Isso acarreta notórias alterações nas zonas de precipitação.
“Onde temos águas mais quentes, há mais evaporação; e maiores taxas de evaporação favorecem a formação de chuvas”, ensina Marengo. Quando as águas do norte se aquecem, portanto, a precipitação tende a se concentrar por lá – abandonando parte do Atlântico Tropical Sul e reduzindo significativamente o índice pluviométrico do Nordeste do Brasil.
É comum confundir os conceitos de seca e estiagem. Vale o esclarecimento. “O clima da região Nordeste é semiárido, o que significa que o ano é dividido em estações chuvosas e estações de estiagem”, explana Marengo. “Seca é quando não chove nos meses em que deveria chover.” No caso do semiárido nordestino, há expectativa de chuva entre janeiro e junho; e ausência de precipitação é esperada entre julho e dezembro.
“Com nossos sistemas de previsão meteorológica, somos cada vez mais capazes de predizer os períodos de seca”, afirma Marengo (ver ‘Incertas, mas previsíveis’). “Mas não podemos prever seus impactos, pois a falta d’água costuma trazer sérias consequências sociais e políticas.”

Incertas, mas previsíveis
Predizer o clima e o tempo é sempre um desafio para a ciência. “Mas, no caso das secas do Nordeste, os índices de acerto nas previsões têm sido bastante satisfatórios”, comenta Marengo. “Estações meteorológicas automáticas distribuídas nos mares e no continente coletam dados precisos sobre temperatura, pressão e diversas outras variáveis climatológicas”, que permitem aos meteorologistas elaborar cenários com grau razoável de confiabilidade.

Atualmente, porém, mesmo com sistemas sofisticados, não somos capazes de prever o tempo com mais de três meses de antecedência. Por exemplo: em setembro, pode-se ter alguma acurácia nas previsões para outubro, novembro e dezembro. A previsão oficial do governo para o Nordeste é anunciada normalmente em janeiro – quando já se sabe como será o regime de chuvas durante os meses de fevereiro, março e abril.

Uma curiosidade: ainda hoje vivem os chamados ‘profetas da chuva’ – figuras locais que, entre o misticismo e a tradição, lançam palpites sobre o regime pluviométrico do sertão. Marengo confidencia: em algumas reuniões entre meteorologistas, esses inusitados magos do semiárido são convidados a participar. “Em muitos casos, o que eles especulam por métodos tradicionais se aproxima do que nossa ciência prevê”, comenta o pesquisador. “Não há nada de errado no fato de a ciência dar ouvidos à experiência.”


Literatura e realidade

A figura clássica do retirante talvez não exista mais. O camponês castigado pela falta d’água, com seu gado magro a definhar na caatinga, é parte de um momento pretérito que, ao que tudo indica, foi superado. Pelo menos em parte. “Não vemos mais aquele êxodo em massa, como retratado em Vidas secas, de Graciliano Ramos [1892-1953]”, comenta o engenheiro Marcos Freitas, da Agência Nacional de Águas (ANA). Nos idos passados, levas de nordestinos deixavam suas terras e rumavam para as grandes cidades. Hoje, no entanto, a vida dos sertanejos parece menos difícil. “Parte desse sucesso se deve às políticas governamentais de incremento de disponibilidade hídrica”, diz o engenheiro da ANA.
Açudes, cisternas, carros-pipa. São algumas das principais estratégias adotadas nas últimas décadas para atenuar a falta d’água em muitos municípios do semiárido. Méritos ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), vinculado ao Ministério da Integração Nacional (MIN). “É preciso reconhecer os avanços, sim, mas estamos distantes de uma situação ideal e ainda há muito a se fazer”, pondera Freitas.

Amanhecer semiárido

Especialistas estão de acordo: “O que caracteriza a seca no semiárido nordestino não é a falta pura e simples de água, e sim a forma lotérica como as chuvas se distribuem no tempo e no espaço”, explica o engenheiro agrônomo João Suassuna, da Fundação Joaquim Nabuco. Um só trimestre pode registrar até 90% da precipitação anual.
“Desafio, portanto, é armazenar essa água de maneira eficiente e segura para que ela seja distribuída de maneira igualitária durante o ano”, diz Freitas. “Mas não basta armazenar; é preciso atentar para a qualidade da água estocada”, alerta. Esgoto nos rios, resíduos sólidos a poluir cursos d’água são alguns dos problemas que insistem em permanecer em pauta – não somente no Nordeste, mas em todo o Brasil. “Tratamos apenas algo em torno de 60% de nossos esgotos”, diz Freitas.
Água armazenada
Nas últimas décadas, muitos municípios do semiárido têm adotado estratégias para atenuar a falta d’água, como o uso de açudes, cisternas e carros-pipa. (foto: Ana Paula Couto/ MIN)
Outro desafio, segundo ele, é incentivar o uso mais racional dos recursos hídricos na agricultura do semiárido. Os sistemas convencionais acarretam desperdício notório de água. “Por isso devemos incentivar a irrigação por gotejamento ou microaspersão”, sugere o engenheiro. “São muito mais eficientes, pois evitam perdas por evaporação.”
O terceiro grande desafio, para Freitas, é o abastecimento de populações difusas. Aglomerados urbanos, em geral, contam com infraestrutura hídrica satisfatória. Mas habitantes de paragens remotas sofrem. “Longas caminhadas, quilômetros a fio com uma lata na cabeça para buscar água; isso ainda acontece”, lamenta Freitas.
Dado desolador: segundo o engenheiro da ANA, no Brasil perde-se de 30% a 40% de água nos processos de distribuição. Motivo: infraestrutura precária – vazamentos, tubulações avariadas, desvios clandestinos...

Sertão: retrato institucional

A última seca do Nordeste foi registrada em 2012. E os baixos índices pluviométricos de 2013 confirmam: esta seca ainda perdura. Quanto a 2014, pouco se sabe. Previsões de janeiro poderão trazer melhores notícias. Ou não. Segundo Marengo, as secas tendem a durar de um a dois anos. Não é incomum, entretanto, que se estendam por tempo maior. Na década de 1950, por exemplo, a terra sedenta do semiárido permaneceu sob esse regime implacável por nove anos.
Freitas: “O avanço do conhecimento divide as ciências, mas devemos superar a visão compartimentada do saber para solucionar os problemas do semiárido nordestino”
“Mas hoje, mesmo no segundo ano consecutivo da seca, os habitantes da região não têm tido graves problemas de abastecimento”, observa Freitas. É a prova, segundo ele, de que as políticas públicas estão funcionando a contento. “Recentemente, o governo federal ampliou as medidas ao anunciar um aporte de R$ 9 bilhões em uma série de iniciativas, como a prorrogação das operações de crédito rural, a renegociação das dívidas agrícolas e a expansão dos programas Bolsa Estiagem, Garantia-Safra e Operação Carro-Pipa”, informou o MIN à Ciência Hoje. As ações devem atender a mais de 10 milhões de pessoas que vivem nas regiões afetadas pela imprevisibilidade do clima.
“Mas, infelizmente, é comum haver descontinuidade entre um governo e outro”, aponta o engenheiro da ANA. “Um estado ou município pode ter boa estrutura institucional durante um mandato; mas ela pode ser totalmente desmobilizada no governo seguinte.” Para Freitas, as instituições ainda funcionam de forma precária – sem um quadro efetivo de servidores permanentes e concursados.
Para os pesquisadores, a solução para o semiárido requer visão integrada. “O meteorologista preocupa-se com as chuvas; o agrônomo com as culturas agrícolas; o hidrólogo com a vazão dos rios; o economista com os impactos econômicos; e o político poderia auxiliar no planejamento orçamentário e nas negociações de questões federativas”, aponta o engenheiro da ANA. “O avanço do conhecimento divide as ciências, mas devemos superar a visão compartimentada do saber para solucionar os problemas do semiárido nordestino.”

A contenda do velho Chico
Impossível falar de seca no Nordeste sem mencionar a transposição do rio São Francisco. A obra é das mais polêmicas – e tem dividido opiniões desde o início. Um dos maiores críticos ao projeto é o engenheiro João Abner, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo ele, a transposição é uma grande fraude técnica. “Ela permanecerá no imaginário como a solução para a seca, e não é”, censura Abner. “Essa obra não vai terminar nunca.” O governo rebate: o MIN informou à Ciência Hoje que a obra estará concluída em 2015.

Um dos pontos de disputa é o fato de que a transposição, segundo seus críticos, é uma obra que beneficiará o grande capital – grandes propriedades agrícolas e industriais –, e não as populações difusas que carecem de abastecimento. “Não é verdade”, contra-argumenta o MIN. “Os canais dos eixos Leste e Norte, por exemplo, levarão a água do São Francisco para 325 comunidades difusas.” Segundo Abner, entretanto, são os financiamentos de campanhas eleitorais – por parte das empreiteiras responsáveis pela obra – que motivam a controversa transposição.

Henrique Kugler
Ciência Hoje/ RJ

Texto originalmente publicado na CH 308 (outubro de 2013).

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Uma festa para Lygia Fagundes Telles

Escritora é homenageada com exposição de textos e fotos, além de debates, no Memorial da América Latina

24 de outubro de 2013 | 19h 18

Ubiratan Brasil - O Estado de S. Paulo
A escritora Lygia Fagundes Telles - Felipe Rau/Estadão
Felipe Rau/Estadão
A escritora Lygia Fagundes Telles
Uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos, Lygia Fagundes Telles ostenta uma obra viva, pulsante, inspiradora. É o que poderá ser comprovado a partir desta sexta-feira com a abertura de uma exposição no Memorial da América Latina que homenageia sua trajetória e sua escrita.
Na verdade, como Octavio Paz, Lygia sempre utilizou a escrita para contar uma história, a própria história. E, para isso, construiu uma carreira marcada por um estilo elegante, ecos machadianos e um permanente estado de espírito que permite manipular a escrita com firmeza e serenidade.
O evento no Memorial começa às 18h30, com a abertura da exposição Lygia Fagundes Telles – trata-se de uma coleção de fotos, originais e edições estrangeiras de textos da escritora. O visitante também poderá admirar painéis que estampam quadros de Beatriz Milhazes, imagens que figuram nas capas da nova edição da obra de Lygia, lançada desde 2009 pela Companhia das Letras. “Sempre admirei muito o trabalho da Beatriz, que traduz com delicadeza a expressão da minha escrita”, costuma dizer a autora.
A homenagem continua às 19 horas, com a exibição do vídeo Narrarte. É um curto mas precioso documentário rodado pelo filho da escritora, Goffredo Telles Neto, uma conversa sobre o ato da escrita. Certamente, um dos pontos altos da noite.
Às 20 horas, os convidados poderão acompanhar um bate-papo sobre a autora do romance As Meninas, entre a professora Ana Paula dos Santos Martins e o jornalista e escritor Suênio Campos de Lucena, com mediação de Luis Avelima. Um ótimo momento para se comprovar como a escrita de Lygia é o testemunho de sua vida. Basta ler o clássico A Estrutura da Bolha de Sabão.
“Esse conto tem uma origem divertidíssima e começou quando meu segundo marido, Paulo Emílio de Salles Gomes, contou que um amigo físico, que vivia na França, estava estudando a estrutura da bolha de sabão”, contou Lygia, certa vez, ao Estado. “Fiquei intrigada com o assunto e, como também não conseguia me definir sobre o que se tratava, Paulo me aconselhou a buscar a resposta na escrita.” Encantada, pois se recordou dos tempos de menina quando brincava com bolhas de sabão, Lygia pôs-se a trabalhar e o entendimento só foi surgir quando escrevia as últimas linhas.
Estruturas intricáveis, personagens que não a abandonam, o universo literário de Lygia Fagundes Telles é sempre inesgotável. Por isso, às 20h30, ela será homenageada pelo presidente do Memorial, o cineasta Joaquim Batista de Andrade.
O evento terá sua última parte prevista para começar às 20h45, quando acontece o lançamento dos livros Lygia Fagundes Telles entre Ritos e Memória, organizado por Suênio Campos de Lucena; Sombras Silenciosas: Estranheza e Solidão em Lygia Fagundes Telles e Edward Hopper, de Mabel Knust Pedra; e Caros Autores, de Fábio Lucas.
“Para escrever, você precisa se dedicar de corpo e alma a seu personagem, a seu enredo e à sua ideia”, explicou. “É preciso que seja um ato de amor, uma doação absoluta, e é impossível sair do transe enquanto não dá a história por acabada, enquanto não decifra o humano. O detalhe é que o ser humano é indefinível. Por mais que tente, você não consegue defini-lo totalmente. O ser humano é inalcançável, inacessível e incontrolável, ele está sujeito a esses três ‘Is’.”

LYGIA FAGUNDES TELLES
Memorial da América Latina. Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. 3823-4780. Sexta, 25, 18 h. Grátis. http://www.memorial.org.br/

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Conferência Nacional do Meio Ambiente pede fim dos lixões

Lixo | 20/10/2013 11:33

Acabar com os lixões até 2014 e aumentar percentual de reciclagem é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente

Ana Cristina Campos, da
Roosewelt Pinheiro/ABr
Lixão
O Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado

Brasília - O Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. Mudar esse quadro –  acabando com os lixões até 2014 e aumentando o percentual de reciclagem – é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que este ano vai discutir a geração e o tratamento dos resíduos sólidos. O evento ocorre em Brasília, de 24 a 27 de outubro.

O tema ganhou relevância após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010, que determina que todos os municípios tenham um plano de gestão de resíduos sólidos para ter acesso a recursos financeiros do governo federal e investimento no setor.
Os 1.352 delegados debaterão a PNRS com base nas propostas apresentadas nas 26 etapas estaduais e na etapa distrital e nas 643 conferências municipais e 179 regionais que mobilizaram 3.602 cidades e 200 mil pessoas. A conferência terá quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.
Na etapa nacional, será produzido um documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. “O governo vai deter sua atenção nessas ações demandadas pela conferência para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,” disse o diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Geraldo Abreu. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA.
Pela Lei 12.305, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados.
O desafio é grande: existem quase 3 mil lixões no Brasil para serem fechados no prazo fixado na PNRS, apenas 27% das cidades brasileiras têm aterros sanitários e somente 14% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva do lixo. “Precisamos transformar os resíduos em matéria-prima para que o meio ambiente não seja tão pressionado. Perdemos potencial econômico com a não reutilização dos produtos”, explicou Abreu. Segundo o MMA, se os resíduos forem reaproveitados podem valer cerca de R$ 8 bilhões por ano.
“A gestão de resíduos sólidos, até a publicação da lei, se deu de forma muito desordenada, trazendo uma série de prejuízos à população. Vimos proliferar lixões por todo o Brasil, com desperdício de recursos naturais que, pela ausência de um processo de reciclagem, acabam indo para esses locais inadequados”, disse Abreu.
A conferência vai discutir, entre outras medidas, o fortalecimento da organização dos catadores de material reciclável por meio de incentivos à criação de cooperativas, da ampliação da coleta seletiva, do fomento ao consumo consciente e da intensificação da logística reversa, que obriga as empresas a fazer a coleta e dar uma destinação final ambientalmente adequada dos produtos.

Fonte: http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/fim-dos-lixoes-e-tema-da-conferencia-nacional-do-meio-ambie

Coletivo Fora do Eixo e Mídia Ninja serão debatidos por duas comissões


Agência Senado
Publicação: 18/10/2013 15:30 Atualização:
 
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) promoverá audiência pública para debater o papel do Coletivo Fora do Eixo (FdE) e da Mídia Ninja (Narrativas Independentes Jornalismo e Ação). Marcada para 3 de dezembro, a audiência será realizada em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), conforme proposta do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) aprovada pela CE nesta quarta-feira (16).

O FdE reúne coletivos culturais em todo o país e tem na Mídia Ninja um braço para a área de comunicação colaborativa.

Durante os protestos realizados em junho em todo o país, a Mídia Ninja ganhou atenção pela cobertura das manifestações, por meio de vídeos e fotos, em tempo real, utilizando principalmente celulares, notebooks e tablets. Randolfe observou que as duas organizações estão sendo bastante %u201Ccriminalizadas%u201D e julgou que essa é mais uma razão para o debate sobre sua atuação.

Um dos convidados é Pablo Capilé, fundador do FdE, além de Bruno Torturra, que integra a Mídia Ninja. Entre outros, serão ainda chamados Ivana Bentes, professora de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e Cláudio Prado, produtor cultural e teórico da contracultura e da cultura digital; e Rodrigo Savazoni, jornalista e integrante do Fórum da Cultura Digital Brasileira.

Além dos conflitos entre a Mídia Ninja e as forças de segurança durante os protestos que se registram desde junho, os dois coletivos estiveram no centro de debates na internet sobre as novas formas de organização social baseadas em colaboração. O Fora do Eixo, por exemplo, foi criticado por falta de transparência em suas atividades, inclusive do ponto de vista financeiro, já que trabalha com verbas de incentivos culturais, e por não remunerar convenientemente artistas que participaram de eventos e festivais. Esta última crítica partiu principalmente da cineasta Beatriz Seigner. No auge dos protestos, registraram-se também reclamações de ex-integrantes do coletivo sobre o caráter pouco democrático da vida nas comunidades, que incluiria pressão psicológica com vistas a certas linhas de trabalho, comportamento e relações.

As críticas foram rebatidas por Capilé, que tem ressaltado o caráter alternativo e inovador do Fora do Eixo em contraposição aos meios convencionais de produção, divulgação e realização de espetáculos. O coletivo opera com uma moeda própria e troca de recursos entre as unidades espalhadas por vários estados. Sobre a convivência nas casas do FdE, Capilé vê como normal o fato de que nem todos tenham apreciado a experiência.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ultimasnoticias_geral/33,104,33,80/2013/10/18/ensino_ensinosuperior_interna,394120/coletivo-fora-do-eixo-e-midia-ninja-serao-debatidos-por-duas-comissoes.shtml

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Prêmio Jabuti divulga vencedores

Foram divulgados nesta quinta-feira os vencedores das 27 categorias da 55º edição do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Evandro Affonso Ferreira venceu a categoria romance com "O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam". Em poesia, o premiado foi Ademir Assunção, com "A voz do ventríloquo" (Edith). A categoria contos e crônicas teve como ganhador Sérgio Sant'Anna, com "Páginas sem glória".

 Na categoria biografia, o vencedor foi Mário Magalhães, com "Marighella" (Companhia das Letras). Em reportagem, a obra premiada foi "As duas guerras de Vlado Herzog" (Civilização Brasileira), de Audálio Dantas. Na categoria infantil, a obra laureada foi "Ela tem olhos de céu" (Gaivota), de Socorro Accioli e "Namíbia, não!" (Edufba), de Aldri Anunciação, venceu a categoria juvenil.


Os ganhadores de cada uma das categorias recebem R$ 3.500. Os primeiros lugares de algumas delas concorrem aos prêmios de Livros do Ano de Ficção e Não Ficção, e só serão divulgados em 13 de novembro, na festa de premiação. Os vencedores receberão mais R$ 35 mil.

O júri, formado por especialistas de cada categoria, também será revelado em 13 de novembro e foi indicado pelo Conselho Curador do Prêmio, do qual fazem parte José Luiz Goldfarb, Antonio Carlos Sartini, Frederico Barbosa, Luis Carlos Menezes e Márcia Ligia Guidin.

Após a polêmica do “jurado C”, em 2012, quando o crítico literário Rodrigo Gurgel deu notas zero ao romance "Infâmia", de Ana Maria Machado, um dos dez finalistas ao prêmio da categoria romance - eliminando assim qualquer chance de vitória da obra, que conseguira notas máximas de outros jurados - houve mudanças no regulamento do Jabuti. A principal delas foi limitar as notas entre 8 e 10, de modo a evitar que um único jurado seja capaz de desequilibrar a disputa distribuindo notas muito altas ou muito baixas aos finalistas.


Confira abaixo a lista dos vencedores das principais categorias:
Romance
1 - "O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam" (Record), de Evandro Affonso Ferreira
2 - "Glória" (7Letras), de Victor Heringer
3 - "Barba ensopada de sangue" (Companhia das Letras), de Daniel Galera


Poesia

1 - "A voz do ventríloquo" (Edith), de Ademir Assunção
2 - "Raymundo Curupyra, o Caypora" (Tordesilhas), de Glauco Mattoso
3 - "Porventura" (Record), de Antonio Cicero


Contos ou crônicas
1 - "Páginas sem glória" (Companhia das Letras), de Sérgio Sant'Anna
2 - "Diálogos impossíveis" (Objetiva), de Luis Fernando Verissimo
3 - "Aquela água toda" (Cosac Naify), de João Anzanello Carrascoza


Infantil
1 - "Ela tem olhos de céu" (Gaivota), de Socorro Accioli
2 - "Visita à baleia" (Positivo), de Paulo Venturelli
3 - "A ilha do crocodilo - Contos e lendas do Timor Leste" (FTD), de Geraldo Costa


Juvenil
1 - "Namíbia, não!" (Edufba), de Aldri Anunciação
2 - "Os anjos contam histórias" (Melhoramentos), de Luiz Antonio Aguiar
3 - "Ouro dentro da cabeça" (Autêntica), de Maria Valeria Rezende


Biografia
1 - "Marighella" (Companhia das Letras), de Mário Magalhães
2 - "A carne e o sangue" (Rocco), de Mary Del Priore
3 - "Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder, 1882-1930" (Companhia das Letras), de Lira Neto


Reportagem
1 - "As duas guerras de Vlado Herzog - da perseguição nazista na Europa à morte sob tortura no Brasil"(Civilização Brasileira), de Audálio Dantas
2 - "Dias de inferno na Síria" (Benvirá), de Klester Cavalcanti
3 - "Mãos que fazem História" (Verdes Mares), de Cristina Pioner e Germana Cabral


Teoria e crítica literária
1 - "A Ficção e o poema" (Companhia das Letras), de Luiz Costa Lima
2 - "Crítica em tempos de violência" (Edusp e Imesp), de Jaime Ginzburg
3 - "A narrativa engenhosa de Miguel de Cervantes: Estudos cervantinos e a recepção do Quixote no Brasil" (Edusp e Imesp), de Maria Augusta da Costa Vieira

A lista completa de vencedores das 27 categorias está no site www.premiojabuti.com.br/resultado.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

1º Prêmio Novos Talentos da Literatura Fnac – Categoria Contos


1º Prêmio Novos Talentos da Literatura Fnac – Categoria Contos 

O prêmio FNAC está a procura de novos talentos na categoria contos. Se você gosta de escrever, está é um oportunidade incrível para que seu talento seja reconhecido.

A Fnac e a Editora Novo Século estão promovendo o 1º Concurso Cultural de Novos Talentos da Literatura –  categoria Contos (o “Concurso”). O Objetivo é incentivar autores iniciantes e promover o contato destes com o público.

Não perca tempo! O prazo vai até o dia 31 de Outubro de 2013.

A participação é gratuita e você pode se inscrever pela internet. 

Pessoas menores de 18 anos devem apresentar autorização dos pais ou responsáveis, no caso de serem ganhadores. 

1.Cada candidato poderá concorrer somente com a apresentação de 1 conto de tema livre, com no máximo 3.000 (três mil) palavras.

Sobre a premiação:

1.1.A premiação para os 10 melhores contos será a edição de um livro exclusivo intitulado Fnac Novos Talentos da Literatura – Categoria Contos, além de sua divulgação nas mídias sócias, através dos canais das organizadoras. Os contos selecionados também serão divulgados no blog fnac (blog.fnac.com.br). Além do livro editado e publicado, os vencedores ganharão 10 (dez) livros Fnac Novos Talentos da Literatura – Categoria Contos da Editora Novo Século. 

Condições e Informações 

A inscrição do conto que participará  do Concurso deverá ser feita no período de 22 de setembro de 2013 a 31 de Outubro de 2013. O interessado deverá ler e concordar com este regulamento. Em seguida, deverá  preencher corretamente o formulário de inscrição disponível no endereço eletrônico blog.fnac.com.br. O formulário e o conto devem ser enviados para o e-mail fnacnovostalentos@fnac.com.br, em formato pdf. No ato de envio da inscrição o participante receberá uma mensagem de confirmação, o que não o desobriga de cumprir todas as normas deste regulamento. Caso qualquer irregularidade seja identificada pela comissão julgadora ou pelos organizadores, a inscrição será cancelada. 

Especificações Técnicas para entrega do material 

Fonte: Times New Roman.

Tamanho de fonte (corpo): 12.

Espaçamento entrelinhas: 1,5.

Alinhamento: justificado.

Recuo de parágrafo: padrão Word de primeira linha (1,75cm).

Tamanho do papel: A4.

Margens: padrão Normal do Word (superior de 2,5cm; inferior de 2,5cm; esquerda de 3,0cm; direita de 3,0cm).

Formato do arquivo: PDF.

15.000 como número máximo de caracteres, com espaços. 

Organização:

Fnac / Editora Novo Século
Contato - Mais informações e Dúvidas:
http://blog.fnac.com.br/index.php/regulamento/ 





Eu não fui à Feira do Livro de Frankfurt

 

poemas de "Staub und Schotter" - Marcos Freitas



HEUTIGE ODE

ich will heute alle Empfindungen zum Ausdruck bringen
ich will alles, das ich schon gewuβt habe
ich will alles, das ich noch nicht weiβ
ich will das ganze Universum küssen
ich will Milliarden von Sternen neben mir
ich will die kleine Ameise durch dem Blumen frei laufen sehen
ich will den anarchischen Tanz des blühenden Frühlings
ich will alle Flüche als ganz gewöhliche Wörter verwenden
ich will deine Augen sehen, so weit meine Auge dringt
ich will die Prägnanz deines Lächelns in meiner Haut prägen
ich will die melodische Melodie deines Körpers mitspielen
heiter und still wie der Sonnenuntergang direct am Meer
- leider schliefst du gerade –
ich will die übermäβige Maβlosigkeit meines Gefühles
ich will das Geprassel des Begehrens in deine Augen sehen
ich will die Feuerwolke meines Wunsches zur Nachmittagssonne bringen
ich will das Plaster meines gekrümmten Bürgersteigs vergipsen
ich will die wuchtige Erregnung voller Fieber
ich will in deiner durstigen ungebrannten Haut entgleisen
ich will die empörende Hartnäckigkeit meiner Poesie
ich will tausendeVerse für dich schreiben
ich will dich
- leider schliefst du gerade –
STAUB UND SCHOTTER

Nur aus Staub und Schotter
wird dies Bahn eingebaut.
Keiner fährt über es hin.
Einige Teile davon
wird von dem Wald gefresst.
Andere, beim starke Regen gebisst.
Loch und Loch – Hinterhalt –
jede Stück.
Über dem fahre Ich, einsam,
und frage mich:
Hättet aus Staub und Schotter
meine ganze Lebenstrasse gewesen?

Marcos Freitas [ de Staub und Schotter - 2008 ]  


Para adquirir o livro:
http://www.livrariacultura.com.br/Produto/LIVRO/STAUB-UND-SCHOTTER/9030995


Que Venha a Seca, Marcos Airton de Sousa Freitas



Autor: Marcos Airton de Sousa Freitas
ISBN: 8578106601
ISBN-13: 9788578106607
Brochura, 1ª Edição – 2010, 413 pág.

O autor não se propõe a lutar quixotescamente contra a seca e derrotá-la, mas sim compreender os fenômenos envolvidos nos diversos tipos de seca, conjeturar sua ocorrência, sua duração e sua intensidade, e estabelecer critérios para que sejam tomadas decisões realistas. Trata-se de um livro complementar à cadeira de Hidrologia, para ser utilizado principalmente pelos cursos que têm em vista a formação de hidrólogos que vivem e trabalham nas regiões assoladas pelas secas, constituindo-se em uma fonte segura de pesquisa sobre o tema. Embora haja interdependência entre os capítulos, eles podem, até certo ponto, ser lidos independentemente uns dos outros, fazendo com que o livro possa ser também usado como manual de procedimentos por gestores, administradores públicos e demais tomadores de decisão, uma vez que cada capítulo possui sua própria lista bibliográfica.

Onde adquirir o livro:

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044208&sid=97511819712322634963904325&k5=D11FF6E&uid=

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3373355/que-venha-a-seca-modelos-para-gestao-de-recursos-hidricos-em-regioes-semiaridas/?ID=BD4B76C57DB01150C1D160306

http://www.martinsfontespaulista.com.br/ch/prod/382548/QUE-VENHA-A-SECA---MODELOS-PARA-GESTAO-DE-RECURSOS-HIDRICOS-EM-REGIOES-SEMIARIDAS.aspx

http://www.siciliano.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ESTRUTN1=0301&ORDEMN2=E&PALAVRASN1=que+venha+a+seca&x=44&y=13

http://www.livrariagalileu.com.br/home/detalhe.asp?id_livro=177871&buscape

http://www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/produto/28045/QUE+VENHA+A+SECA
 
http://www.sbs.com.br/ciencias-humanas-e-sociais/ecologia-e-meio-ambiente/que-venha-a-seca-modelos-para-gest-o-de-recursos-hidr-cos-em-regi-es-semi-ridas.html

QUE VENHA A SECA Sumário
AGRADECIMENTOS APRESENTAÇÃO PREFÁCIO CAPÍTULO 1 MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SECAS CAPÍTULO 2 O FENÔMENO DAS SECAS, A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E O NORDESTE DO BRASIL CAPÍTULO 3 ANÁLISE INTEGRADA DO FENÔMENO DAS SECAS (SIGES) CAPÍTULO 4 MODELAGEM CHUVA-VAZÃO EM RIOS DO SEMIÁRIDO CAPÍTULO 5 GERAÇÃO SINTÉTICA DE VAZÃO EM RIOS DE REGIÕES SEMIÁRIDAS CAPÍTULO 6 MODELOS DE ESTIMATIVA DE DEMANDA CAPÍTULO 7 MECANISMOS DE ALOCAÇÃO E NEGOCIAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS CAPÍTULO 8 APLICAÇÕES DO SIGES AO SEMIÁRIDO BRASILEIRO CAPÍTULO 9 ANÁLISE MULTICRITÉRIO E TOMADA DE DECISÃO EM REGIÕES SEMIÁRIDAS CAPÍTULO 10 ANÁLISE DE RISCO NA GESTÃO HIDROAMBIENTAL CAPÍTULO 11 OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS EM SITUAÇÕES DE ESCASSEZ CAPÍTULO 12 INTEGRAÇÃO SETORIALNA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS CAPÍTULO 13 PLANOS DE CONVIVÊNCIA COM AS SECAS E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS CAPÍTULO 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Documentário - Seca, conviver.. para viver

O Gigante Acordado, de Márlon Reis

O Gigante Acordado
Lançamento previsto para: 10/10/2013 Pré-venda

O Gigante Acordado 

Caminhos Para a Revolução Democrática Brasileira

1a. edição, 2013
Márlon Reis
Leya


Nos últimos anos, as ações políticas do povo brasileiro, que sempre foram fortes, mas isoladas, tomaram corpo através de cobranças, manifestações e posicionamentos que contam, cada vez mais, com uma participação de um maior número de pessoas. Uma série de pequenos delitos, que se tornaram hábitos e foram se tornando mais frequentes, finalmente está sendo questionada, repensada e exigida. O gigante acordou? É a pergunta que nós, brasileiros, nos fazemos todos os dias. O que fazer a seguir? Por onde começar a mudança? Num texto lúcido, informativo e esclarecedor, o jurista Márlon Reis explica como é possível manter o Brasil de pé por meio de uma profunda reforma política que começa nos direitos de cada cidadão e se reflete nos deveres de cada político. “A rebeldia cidadã constitui um dos maiores sinais de vitalidade de um povo. Quem arriscar tapar os olhos para não ver os acontecimentos, talvez esperando que o tempo trate de apagar as marcas do ocorrido, tem muito mais a aprender que os jovens brasileiros que cantaram o Hino Nacional sobre o teto de um lugar acostumado a esquecer a sua letra: o Congresso. Aqui no Brasil também estamos reinventando a democracia, às voltas com as mazelas de um ‘colonialismo-de-nós-mesmos’ que teima em sobreviver sob a forma da compra de votos, da ausência de uma educação emancipatória, do abuso do poder político, de partidos-capitanias, da escravidão política da mulher, das campanhas financiadas exclusivamente pelos ricos. Quando falamos em despertar para a conquista plena dos direitos, cobramos na verdade a construção de uma nova democracia.”