sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Climate Change Impacts on Water Resources Management

Climate Change Impacts on Water Resources Management
Adaptation Challenges and Opportunities in Northeast Brazil

Eduardo Sávio Martins, President, Meteorology and Water Resource, Center of Ceará State
Cybelle Frazão Costa Braga, Consultant, World Bank
Francisco de Assis de Souza Filho, Professor, Federal University of Ceará
Marcia Alcoforado de Moraes, Professor, Federal University of Pernambuco
Guilherme Marques, Professor, Federal Center for Technological Education
Eduardo Mario Mendiondo, Professor, University of São Paulo
Marcos Airton de Souza Freitas, Senior Water Resources Specialist, Brazil National Water Agency
Victor Vazquez, Water and Sanitation Specialist, World Bank
Nathan Engle, Climate Adaptation Specialist, World Bank
Erwin De Nys, Senior Water Resources Specialist, World Bank

http://www-wds.worldbank.org/external/default/WDSContentServer/WDSP/IB/2013/07/15/000356161_20130715142452/Rendered/PDF/795280WP0P144500Box037737900PUBLIC0.pdf

A Regulação dos Recursos Hídricos





APRESENTAÇÃO

Este livro trata da análise do modelo vigente de gestão de recursos
hídricos, com seus avanços e problemas de implementação, visando
apresentar proposições ao seu aprimoramento. Tem como objetivo geral
discutir o atual modelo de gestão da água com ênfase nos aspectos de
regulação e de controle social (busca da eficiência e melhoria da
qualidade e resgate da esfera pública como instrumento do exercício da
cidadania, dentre outros aspectos). Para a consecução dos objetivos
expostos, procurou-se analisar a temática a partir de uma abordagem
teórico-histórica da regulação (modelos de administração da água
implantados no Brasil e gênese das agências reguladoras) e da gestão
participativa dos recursos hídricos, envolvendo a relação do Estado e
da esfera pública, em especial, no âmbito dos comitês de bacias
hidrográficas e agências de água. Conclui-se, destarte, que a
participação efetiva e qualificada da sociedade civil nos conselhos e
nos comitês de bacias necessita ser aprimorada, sendo de suma
importância para o aperfeiçoamento da gestão integrada de recursos
hídricos e da democracia deliberativa brasileira.
O Autor


Catalogação na fonte
F8665a Freitas, Marcos Airton de Sousa
A regulação dos recursos hídricos: estado e esfera pública na gestão de
recursos hídricos : análise do modelo atual brasileiro, críticas e
proposições/ Marcos Airton de Sousa Freitas. — 1. ed. — Rio de Janeiro:
CBJE, 2009. 21cm - 174p. : Il.
ISBN: 978-85-7810-278-4
1. estado 2. esfera pública 3. regulação 4. recursos hídricos, gestão
5. sociedade civil
I. Marcos Airton de Sousa Freitas II. Título
CDU 556.18:35 (81)


Para a aquisição do livro:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.a...

O livro foi lançado na 28ª Feira do Livro de Brasília, no
Shopping Pátio Brasil – Estande-Espaço Mangueira Diniz, em 24 de
novembro de 2009. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Gestão de Recursos Hídricos em Regiões Semiáridas


Autor: Marcos Airton de Sousa Freitas
ISBN: 8578106601 ISBN-13: 9788578106607
Brochura, 1ª Edição – 2010, 413 pág. Preço R$ 80,00

O autor não se propõe a lutar quixotescamente contra a seca e derrotá-la, mas sim compreender os fenômenos envolvidos nos diversos tipos de seca, conjeturar sua ocorrência, sua duração e sua intensidade, e estabelecer critérios para que sejam tomadas decisões realistas. Trata-se de um livro complementar à cadeira de Hidrologia, para ser utilizado principalmente pelos cursos que têm em vista a formação de hidrólogos que vivem e trabalham nas regiões assoladas pelas secas, constituindo-se em uma fonte segura de pesquisa sobre o tema. Embora haja interdependência entre os capítulos, eles podem, até certo ponto, ser lidos independentemente uns dos outros, fazendo com que o livro possa ser também usado como manual de procedimentos por gestores, administradores públicos e demais tomadores de decisão, uma vez que cada capítulo possui sua própria lista bibliográfica.



Onde adquirir o livro:

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=9044208&sid=97511819712322634963904325&k5=D11FF6E&uid=

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3373355/que-venha-a-seca-modelos-para-gestao-de-recursos-hidricos-em-regioes-semiaridas/?ID=BD4B76C57DB01150C1D160306

http://www.fnac.com.br/pesquisa/undefined/fnac.html?=que%20venha%20a%20seca

http://www.siciliano.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ESTRUTN1=0301&ORDEMN2=E&PALAVRASN1=que+venha+a+seca&x=44&y=13

http://www.livrariagalileu.com.br/home/detalhe.asp?id_livro=177871&buscape

QUE VENHA A SECA
Sumário
AGRADECIMENTOS
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO
CAPÍTULO 1 MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SECAS
CAPÍTULO 2 O FENÔMENO DAS SECAS, A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E O NORDESTE DO BRASIL
CAPÍTULO 3 ANÁLISE INTEGRADA DO FENÔMENO DAS SECAS (SIGES)
CAPÍTULO 4 MODELAGEM CHUVA-VAZÃO EM RIOS DO SEMIÁRIDO
CAPÍTULO 5 GERAÇÃO SINTÉTICA DE VAZÃO EM RIOS DE REGIÕES SEMIÁRIDAS
CAPÍTULO 6 MODELOS DE ESTIMATIVA DE DEMANDA
CAPÍTULO 7 MECANISMOS DE ALOCAÇÃO E NEGOCIAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO 8 APLICAÇÕES DO SIGES AO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
CAPÍTULO 9 ANÁLISE MULTICRITÉRIO E TOMADA DE DECISÃO EM REGIÕES SEMIÁRIDAS
CAPÍTULO 10 ANÁLISE DE RISCO NA GESTÃO HIDROAMBIENTAL
CAPÍTULO 11 OPERAÇÃO DE RESERVATÓRIOS EM SITUAÇÕES DE ESCASSEZ
CAPÍTULO 12 INTEGRAÇÃO SETORIALNA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
CAPÍTULO 13 PLANOS DE CONVIVÊNCIA COM AS SECAS E MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS
CAPÍTULO 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS


FREITAS, MARCOS
Marcos Freitas tem Pós-graduação em Engenharia Civil - Dipl. Ing. - Universität Hannover (1995). Mestrado em Engenharia Civil (UFC, 1991). Graduação em Engenharia Civil (UFPI, 1985). Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas - ANA, desde 2001. Professor Universitário, desde 1990 (atualmente licenciado). Engenheiro Civil/Consultor (1985-2000). Coordenador e professor de diversos cursos de Pós-graduação (Engenharia de Software; Gestão de Recursos Hídricos; Gestão Ambiental). Mais de 100 publicações técnico-científicas em periódicos e anais de simpósios nacionais e internacionais e mais de 40 livros e capítulos de livros, técnicos e de literatura, em autoria e co-autoria, em 6 idiomas. Aprovado em 2º lugar para o cargo de Especialista em Infraestrutura Sênior – Recursos Hídricos, do MPOG. Participou da elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos - PNRH, do Plano da Bacia do rio São Francisco - PDRHSF, do GEO Brasil Recursos Hídricos (PNUD), GEF São Francisco, Outorga do Sistema Cantareira (SP), dentre outros. Fundador e Ex-Diretor Técnico-Científico da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Águas - ASÁGUAS. Fundador e Ex-Conselheiro da Associação Nacional dos Especialistas em Regulação - ANER. Autor da ideia da criação da Escola Nacional de Regulação. Sócio da Associação Brasileira de Recursos Hídricos - ABRH. Fundador da Associação Piauiense de Astronomia – APA (1982). Militante estudantil e sindical no início da década de 80. Poeta. Contista. Letrista. Músico amador. Diretor do Sindicato de Escritores do DF. Filiado à Associação Nacional de Escritores - ANE e à União Brasileira de Escritores - UBE.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

"Laboratório/Show", de Eduardo Rangel

"Laboratório/Show", de Eduardo Rangel
Segunda-feira (16 de dez), 21h
Feitiço Mineiro - 306N - Brasília

O cantor e compositor Eduardo Rangel apresenta o show "Laboratório', nesta segunda-feira, 16 de dezembro, 21h, no “Feitiço Mineiro”, 306 Norte. 
Ao lado do maestro e pianista Joaquim França, Rangel interpreta trechos de shows que a dupla vem apresentando no Rio e Brasília, experimenta suas novas criações e recebe convidados especiais. 
Como convidados da noite, o cantor e guitarrista Marcelo Bopp, autor da trilha sonora da peça "Sonhadores"; a cantora da banda "Mata Hari", Verônica Carriço; além de canjas de grandes instrumentistas que participam dos discos de Rangel. 
No roteiro, entre os compositores, Torquato Neto, Chico Buarque, Sergio Sampaio, Carlos Gardel e Cordel do Fogo Encantado.
Durante as apresentações o artista plástico californiano David Delany irá capturar flagrantes do show e oferecer suas pinturas ao público. 

Serviço:
Show: "Laboratório", com Eduardo Rangel
Participações: Joaquim França (piano), Marcelo Bopp (voz e guitarra), Liliana Gayoso (violino), Verônica Carriço (voz), Jaime Ernest Dias (violão), David Delany (desenhos).
Data: 16 de dezembro (segunda-feira), 21h
Local: Feitiço Mineiro - 306 Norte, Bl. B, lojas 45/51, Brasília DF
Reservas: (61) 3272-3032
Couvert: R$10,00
Classificação Indicativa: 14 anos ou acompanhado dos pais

Ouça músicas do novo CD: www.facebook.com/eduardorangelmusicas
Assista ao Clipe "3416 dC":  http://youtu.be/QBoSS12osG4

Sobre:
Eduardo Rangel, cantor e compositor, gravou seu primeiro disco ao vivo, " Pirata de Mim (Visualização) ", na casa carioca "Mistura Fina" em 1998. Sua música "Copacabana Blues" valeu indicação à melhor composição brasileira pelo "VII Prêmio Sharp de Música", atual Prêmio da Música Brasileira. O segundo CD ao vivo, " Eduardo Rangel & Orquestra Filarmônica de Brasília (Visualização) ”, foi lançado em 2006, no Teatro Nacional de Brasília, com 60 instrumentistas regidos pelo maestro e arranjador Joaquim França. Atualmente o artista divulga seu primeiro álbum gravado inteiramente em estúdio. O CD, intitulado simplesmente "Eduardo Rangel – Estúdio" se destaca pela engenharia de áudio e participações de músicos do primeiro time brasileiro, entre eles Leo Gandelman, Milton Guedes e Torcuato Mariano. Rangel tem composições gravadas por, entre outros, Edson Cordeiro, Márcio Faraco (em parceria), Indiana Nomma, Renata Arruda, Célia Porto, Antenor Bogéa, Ju Cassou e Suzana Maris.

Joaquim França, acompanhou, como maestro titular da Orquestra Filarmônica de Brasília grandes artistas da MPB como Francis Hime, Guilherme Arantes, Édson Cordeiro, Rosa Passos e Hamilton de Holanda. Regeu diversos concertos com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, onde atuou como regente assistente do maestro Silvio Barbato. Gravou para TV e CD a trilha sonora da minissérie Quando fui morto em Cuba, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Participou como maestro e arranjador no DVD Choro Sinfônico, do bandolinista Hamilton de Holanda, no CD “Eduardo Rangel e Orquestra Filarmônica de Brasília”, e no show Brasil Clássico Caipira, gravado para a Rede Brasil de Televisão. Recentemente assinou os arranjos do show Ed Mota com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, apresentado este ano no T-Bone Açougue Cultural.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Robben Island - Nelson Mandela

Você pensa que água é H2O?




Sábado, dia 7 de dezembro, a partir das 15 horas, lançamento do livro VOCÊ PENSA QUE ÁGUA É H2O? na Blooks Livraria, no Espaço Itaú de Cinema, Praia de Botafogo, 316.

Lançado pela Editora Garamond, o livro faz parte da COLEÇÃO ECOAR. São sete livros destinados ao público jovem, cada um abordando um tema ligado ao meio ambiente. O meu tema, como o título indica, é a Água.

Toda a coleção será lançada neste sábado. E quem levar um livro infantojuvenil a ser doado para crianças do AMA – Alan de Mello Abrigo – ganha desconto de 10% na compra de qualquer título.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sistema Cantareira

Vencedora de Nobel de Literatura considera prêmio uma conquista para todos

O trabalho da escritora foi definido como "mestre da narrativa breve contemporânea"


Mariana Vieira - Especial para o correio
Publicação: 05/12/2013 08:29 Atualização: 05/12/2013 08:50
 
Por conta da idade, Alice Munro não viajará neste sábado (7/12) para receber o prêmio (Peter Muhly/AFP Photo)
Por conta da idade, Alice Munro não viajará neste sábado (7/12) para receber o prêmio
A vencedora do Nobel de Literatura deste ano, a canadense Alice Munro, não viajará até a Suécia para a cerimônia de entrega do prêmio, marcada para este sábado (7/12). Uma entrevista foi gravada em vídeo e será exibida como alternativa ao discurso que os vencedores fazem na ocasião. O motivo da ausência no evento é a idade da vencedora: 82 anos. O comitê de premiação classificou Munro como uma “mestre da narrativa breve contemporânea”.

A escritora dedicou-se quase que exclusivamente ao conto, sendo que seu único romance, The view from Castle Rock, trata-se de uma reunião de histórias entrelaçadas pelos mesmos personagens, que se desenrolam de forma paralela. Com 14 livros publicados, — o último deles, Vida Querida, lançado no Brasil nesta semana pela Cia das Letras —, ela considera que o prêmio é uma conquista para todos os autores de contos. A explicação, segundo ela, é que os escritores geralmente começam pelo conto para, depois, escreverem o primeiro romance. Em entrevista ao site do Nobel, Munro explicitou sua paixão pelo gênero: “Eu gostaria que o conto viesse à tona, sem amarras, de modo que não tenha que ser um romance”.

Leia mais notícia em Diversão & Arte


“O conto é incisivo, crucial. Depois daquele momento, a vida do personagem não será mais a mesma”, define o escritor José Resende Júnior. Mineiro radicado em Brasília há 25 anos, é autor de três livros de contos, sendo que Eu perguntei para o velho se ele queria morrer foi vencedor do prêmio Jabuti em 2010. Seus livros foram publicados pela editora carioca 7Letras. “Fui recusado por outras editoras não pelo conteúdo, mas pelo fato de serem contos”, explica.
Confira a lista e as designações com que foram contempladas as 13 damas da escrita

Alice Munro em 2013

“Mestre do conto contemporâneo”

"master of the contemporary short story"

Herta Müller em 2009

“Aquela que, com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, retrata a paisagem dos despossuídos"

Doris Lessing em 2007

"O ápice da experiência feminina, que com ceticismo, fogo e poder visionário, sujeitou uma civilização dividida a uma análise"

Elfriede Jelinek em 2004

"Por seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em novelas e peças que com zelo linguístico extraordinário revelam o absurdo de clichês da sociedade e seu poder de subjugar os indivíduos"

Wislawa Szymborska em 1996

"Para a poesia que, com precisão irônica, permite que o contexto histórico e biológico se ilumine em fragmentos da realidade humana"

Toni Morrison em 1993

"Aquela que,  em romances caracterizados por força visionária e importação poética, dá vida a um aspecto essencial da realidade americana"

Nadine Gordimer em 1991

"Quem, através de sua magnífica escrita épica tem sido - nas palavras de Alfred Nobel -  de grande benefício para a humanidade"

Nelly Sachs em 1966

"Por sua  notável escrita lírica e dramática, que interpreta o destino de Israel com força comovente"

Gabriela Mistral em 1945

"Por sua poesia lírica, que, inspirada por emoções fortes, fez do nome dela um símbolo das aspirações idealistas de todo o mundo latino-americano"

Pearl Buck em 1938

"Por suas descrições ricas e verdadeiramente épicas da vida camponesa na China e por suas obras biográficas"

Sigrid Undset em 1928

"Principalmente por suas descrições poderosas de vida do Norte durante a Idade Média"

Grazia Deledda em 1926

"Por seus escritos idealisticamente inspirados  que, com uma clareza plástica, retratam a vida em sua ilha nativa e com profundidade e simpatia lidam com os problemas humanos em geral"

Selma Ottilia Lovisa Lagerlöf em 1909

"Em apreciação pelo idealismo elevado, vívida imaginação e percepção espiritual que caracterizam seus escritos"

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2013/12/05/interna_diversao_arte,401810/vencedora-de-nobel-de-literatura-considera-premio-uma-conquista-para-todos.shtml

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Festival reúne música com conscientização sobre consumo e importância da água

A programação musical inclui nomes como Cidade Negra, Fernanda Abreu, CPM22 e NX Zero


Gabriel de Sá Publicação:29/11/2013 06:06Atualização:28/11/2013 16:45


Em turnê do DVD Juntos somos fortes, o Ponto de Equilíbrio fecha o evento

A UNESCO determinou que 2013 seria o Ano Internacional de Cooperação pela Água. Em evento voltado a conscientização sobre o consumo e a importância desse componente vital, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, abriga, desta sexta (29/11) a domingo (1/12), o Festival das Águas.
A programação musical inclui nomes como Cidade Negra, Fernanda Abreu, CPM22 e NX Zero. O Mané foi escolhido pelas características que fazem dele uma arena esportiva ecologicamente correta, ideal para discutir questões ligadas à sustentabilidade.

“Estamos com muitas saudades do público de Brasília. Faz alguns meses que não nos apresentamos nessa terra, que, como nós, ama a música reggae”, diz Márcio Sampaio, do grupo Ponto de Equilíbrio, que está na estrada com a turnê do DVD Juntos somos fortes e toca no domingo. Ainda no ritmo de Jah, o Festival recebe as bandas Di Boresti, Reggae a Semente, Maskavo e Rupestre.

Os shows começam às 19h, mas, a partir das 10h, ocorrem outras atividades no local, como feiras, bazares, esportes radicais e programação infantil. Haverá também uma tenda para os apreciadores de música eletrônica, com projetos diferentes a cada dia.

Serviço:
Festival das Águas - De sexta (29/11) a domingo (1/12), a partir das 19h, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha (Eixo Monumental). Entrada franca. Classificação indicativa livre.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

diário blue do B., novo livro de José Roberto da Silva




Pré-lançamento:
Sarau Poemação, na 31ª Feira do Livro de Brasília
Lançamento:
Dia 29 de Novembro – Lançamento do Livro – Das 18h às 21h
Na 31ª Feira do Livro de Brasília

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Lançamento do CD Lirismo - Poesias, do poeta Fagundes de Oliveira


Poemação na 31ª Feira do Livro do DF - Sarau da Feira



Inquietudes de horas e flores, de Marcos Freita
Relançamento no Sarau Poemação, na 31ª Feira do Livro de Brasília.
Dia: 26 de novembro de 2013
Horário: 19:30 hs.
Local: Biblioteca Nacional de Brasília


Livro "Inquietudes de Horas y Flores" (2011). Edição bilíngue (português-espanhol) de poemas selecionados de Marcos Freitas, traduzidos ao espanhol por Carlos Saiz, com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).



Inquietudes de horas e flores, de Marcos Freitas - relançamento no Sarau Poemação, na 31ª Feira do Livro de Brasilia




Inquietudes de horas e flores, de Marcos Freitas - relançamento no Sarau Poemação, na 31ª Feira do Livro de Brasilia.
Dia: 26 de novembro de 2013
Horário: 19:30 hs.
Local: Biblioteca Nacional de Brasília


Livro "Inquietudes de Horas y Flores" (2011). Edição bilíngue (português-espanhol) de poemas selecionados de Marcos Freitas, traduzidos ao espanhol por Carlos Saiz, com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Dois poemas do livro Inquietude de Horas y Flores, de Marcos Freitas



NINGUNA CARTA A MI NOMBRE

de soslayo
la memoria de tu rostro
clavado en la roca de la ausencia: fotografía.

el viento caliente sopla el color del olvido:
sombría melancolía del día a día.

intenté entender tu nombre y nuestros minutos
como si hubiera fruta en el frutal
de mi existencia.

el domingo deshabitado rastrea el ruido del motor
de mi carro polvoriento.
nada, nada aparte de silencio y polvo.

hace más de un año, ninguna carta a mi nombre.


NECTARIO

hago circular
mi savia
abundante -
como la de una
parenquimática
arboleda -
(cromoplastos recuerdos)
y de mi ápice caulinar
doy origen al floema, al xilema
y al poema


Dois poemas do livro "Inquietudes de Horas y Flores" (2011). Edição bilíngue (português-espanhol) de poemas selecionados de Marcos Freitas, traduzidos ao espanhol por Carlos Saiz, com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Escritor baiano Antônio Torres é escolhido para ocupar a cadeira 23 da ABL


Torres foi eleito para a ABL com 34 dos 39 votos necessários e passa agora a ocupar a cadeira que já foi de escritores como Alfredo Pujol e Zélia Gattai


Nahima Maciel
Publicação: 07/11/2013 18:03 Atualização: 07/11/2013 18:06
 

Antônio Torres é autor de 17 livros, entre romances, coletânea de contos e histórias infantis (Fernando Rabelo/Divulgação)
Antônio Torres é autor de 17 livros, entre romances, coletânea de contos e histórias infantis

O escritor baiano Antônio Torres foi eleito pela Academia Brasileira de Letras (ABL) para ocupar a cadeira de nº 23, que pertencia ao jornalista Luiz Paulo Horta, morto no início de agosto.

Torres foi eleito para a ABL com 34 dos 39 votos necessários e passa agora a ocupar a cadeira que já foi de escritores como Alfredo Pujol e Zélia Gattai.

Aos 73 anos, Torres é autor de 17 livros, entre romances, coletânea de contos e histórias infantis. Nascido em um povoado no interior da Bahia, ele publicou o primeiro romance, Um cão uivando para a lua, em 1972, mas foi com Essa terra, de 1976, que o escritor ganhou projeção nacional.

No romance, o baiano fala de êxodo rural com uma narrativa muito marcada por histórias autobiográficas. Essa terra foi o primeiro de uma trilogia completada por O cachorro e o lobo e Pelo fundo da agulha, romance mais recente do escritor e vencedor do Prêmio Jabuti de 2007.

Quinta Literária na Associação Nacional de Escritores-ANE em homenagem ao Centenário da Poeta Maria Braga Horta


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sarau do beijo em homenagem ao dia da consciência negra


 SARAU DO BEIJO EM HOMENAGEM AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
A edição do Sarau do Beijo de novembro traz a força dos tambores e alegria de nossa matriz africana. Em consonância com o Dia da Consciência Negra, a 6ª edição do Sarau do Beijo presta, no próximo dia 05 de novembro, sua homenagem à ativista cultural e professora Lydia Garcia – reconhecida militante do movimento negro do Distrito Federal, uma das fundadoras do Conselho de Defesa dos Direitos do Negro do Distrito Federal.
Lydia Garcia foi pioneira no trabalho em prol da cultura afro no Distrito Federal e segue apoiando escritores, poetas e artistas. Como educadora foi responsável pela formação musical dos primeiros educadores da rede de ensino do DF. Participou da criação do Centro de Estudo Afro Brasileiro, primeira entidade organizada em luta pelo direito dos negros no DF.
No Sarau da Consciência Negra teremos a participação dos poetas Jorge Amancio, Rêgo Júnior e a poeta Gelly Fritta mostrando seus poemas, na homenagem o Grupo Cultural de Percussão Popular Batukanjé conduzido pelo mestre Célin Du Batuk, onde a cultura afro-brasileira faz parte da nossa identidade nacional e o Grupo Batukenjé explora a arte, os ritmos, toques, canto, dança, cores e magia dessa cultura tão essencial a formação do Brasil. Da cidade de São Sebastião cidade satélite de Brasília, uma área de ocupação muito antiga, de fazendas remanescentes da época dos escravos o Movimento Supernova que tem um dos seus criadores o poeta e pintor, baiano de Vitória da Conquista, Paulo Dagomé. O Movimento Supernova tem a a arte como caminho e participa da sesta edição do Sarau do Beijo.
O jornalista Sionei Ricardo Leão, conduzirá uma entrevista com a  ativista cultural Professora Lydia Garcia, homenageada da noite.  O evento tem também  a curadoria dos poetas Nicolas Behr, Marcos Freitas e Jorge Amancio e ocorre toda a primeira terça feira do mês no Memorial Darcy Ribeiro, o Beijódromo, ao lado da reitoria da UnB. 
O Grupo Cultural Batukenjé, sediado em Brasília, foi criado em 2006 na Finlândia, pelo músico e agente cultural Célio Zidório, a convite para ministrar workshops pelo país, com a proposta de ensinar percussão de ritmos brasileiros, de proporcionar uma boa vivência e experiência na prática com os instrumentos diversos utilizados na atividades, bem como contribuir para a formação de cidadãos melhores através da música. Célio Zidório, conhecido no meio musical como Mestre Célin Du Batuk, também estimula em suas atividades, a prática do canto e dança, contextualizando muito bem elementos marcantes da cultura brasileira, contribuindo para sua divulgação e fortalecimento no Brasil e no exterior.
 Paulo Dagomé poeta e pintor, baiano de Vitória da Conquista, morador de Brasília desde 1989 e de São Sebastião desde 1993. Poeta desde os doze anos de idade, músico desde os quinze, vigilante noturno por necessidade, fundou o grupo cultural Radicais Livres que realizou em São Sebastião o Sarau Radical, durante cerca de sete anos. Após formou  um novo agrupamento, o Movimento SuperNova, o qual vem ganhando visibilidade no cenário do 3º setor em São Sebastião.
O Movimento Supernova é uma organização da sociedade civil, reconhecida no Distrito Federal, que desenvolve projetos de cultura, esporte e meio ambiente com vista ao desenvolvimento social. O Movimento é formado, na sua maioria, por jovens participantes dos eventos e ações do grupo, na sua maioria moradores de São Sebastião e alguns poucos de outras cidades do Distrito Federal.
Gelly Fritta (Angelita Gelly Ribeiro Gomes), nasceu em Ubatã, interior da Bahia (Brasil), em 1967. Apaixonada por poesia desde criança, mudou-se para Brasília em 1990, em 2001 publicou o livro “Um Vulto na madrugada” e, em 2002, “Nua e Crua” um livro com alguns poemas eróticos. Participante do Coletivo de Poetas do Distrito Federal, Gelly Fritta participa de saraus onde explora os poetas que adora, entre eles Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos e Drummond de Andrade.
Atualmente está a trabalhar num livro só de poemas eróticos sem data ainda para publicação. 

Rêgo Júnior, maranhense radicado em Brasília desde1997, funcionário público por subsistência, poeta por amor e vocação apresenta seus recitais, de forma performática em bares, espaços culturais e eventos artístico e populares, sue último trabalho Muito prazer Paulo Leminski  integrante do recital Francisco Morojó, da Ceilândia. Integrante, organizador do grupo Poeme-se de Taguatinga que se apresenta todas as segundas quartas de cada mês no Bar BLUES PUB em Taguatinga Centro tem seus textos disponíveis em  sua pagina literária no Recanto das letras.



Poemação no Beijódromo

Sarau do Beijo

Homenagem a prof.ª Lydia Garcia

Dia 5 de novembro de 2013 – Terça-feira
Fundação Memorial Darcy Ribeiro -  O Beijódromo  -    ao lado da reitoria da UnB

Das 19:00 às 21:00

Entrada Franca

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Seca revisitada

Pesquisadores explicam origem do fenômeno que atinge semiárido nordestino e comentam suas consequências sociopolíticas. 

Por: Henrique Kugler
 
Publicado em 24/10/2013 | Atualizado em 24/10/2013
Seca revisitada
“A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas”, escreve Graciliano Ramos em ‘Vidas secas’. Hoje, porém, não se vê o êxodo em massa de camponeses. (foto: Leo Nunes/ Wikimedia Commons – CC BY-SA 3.0)
Sol escaldante no semiárido nordestino. A inclemência das secas há tempo arrasa a terra e a vida do sertanejo. Ainda assim, “apesar das dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, ele alimenta a todo transe esperanças de uma resistência impossível”, narrou Euclides da Cunha (1866-1909) em Os sertões. Esse texto é de 1902. De lá para cá muito mudou, mas ainda hoje a complexidade do sistema climático continua a desafiar a ciência; e as consequências da seca na região ainda nutrem acirrados debates entre acadêmicos, técnicos e gestores.
Como entender a origem das agruras climáticas que afligem o Nordeste de nosso país? “As secas costumam ser ocasionadas por dois fenômenos climatológicos de escala global”, explica o climatologista José A. Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O primeiro deles é o El Niño. Trata-se de um aquecimento incomum das águas superficiais do oceano Pacífico – o que origina, na costa oeste da América do Sul, índices de evaporação e precipitação bastante elevados.
E, por incrível que pareça, essa mudança ocasional em um oceano distante é capaz de alterar, também, os padrões de circulação atmosférica no território brasileiro. Uma das consequências do El Niño é o decréscimo – por vezes radical – no regime das chuvas sobre o Nordeste de nosso país. A periodicidade desse fenômeno natural é incerta, mas ele costuma ocorrer em ciclos de dois a sete anos.
Por incrível que pareça, uma mudança ocasional em um oceano distante é capaz de alterar, também, os padrões de circulação atmosférica no território brasileiro
O segundo fenômeno responsável pelas sucessivas secas na região tem um nome ligeiramente mais complicado: é o que climatologistas chamam de variação do gradiente de temperatura da superfície do Atlântico Tropical. O conceito é bastante simples. De tempos em tempos, as águas do Atlântico Tropical Norte – região oceânica entre o Equador e a latitude 15° Norte – ficam mais aquecidas que as águas do Atlântico Tropical Sul – localizado entre o Equador e a latitude 15° Sul. Isso acarreta notórias alterações nas zonas de precipitação.
“Onde temos águas mais quentes, há mais evaporação; e maiores taxas de evaporação favorecem a formação de chuvas”, ensina Marengo. Quando as águas do norte se aquecem, portanto, a precipitação tende a se concentrar por lá – abandonando parte do Atlântico Tropical Sul e reduzindo significativamente o índice pluviométrico do Nordeste do Brasil.
É comum confundir os conceitos de seca e estiagem. Vale o esclarecimento. “O clima da região Nordeste é semiárido, o que significa que o ano é dividido em estações chuvosas e estações de estiagem”, explana Marengo. “Seca é quando não chove nos meses em que deveria chover.” No caso do semiárido nordestino, há expectativa de chuva entre janeiro e junho; e ausência de precipitação é esperada entre julho e dezembro.
“Com nossos sistemas de previsão meteorológica, somos cada vez mais capazes de predizer os períodos de seca”, afirma Marengo (ver ‘Incertas, mas previsíveis’). “Mas não podemos prever seus impactos, pois a falta d’água costuma trazer sérias consequências sociais e políticas.”

Incertas, mas previsíveis
Predizer o clima e o tempo é sempre um desafio para a ciência. “Mas, no caso das secas do Nordeste, os índices de acerto nas previsões têm sido bastante satisfatórios”, comenta Marengo. “Estações meteorológicas automáticas distribuídas nos mares e no continente coletam dados precisos sobre temperatura, pressão e diversas outras variáveis climatológicas”, que permitem aos meteorologistas elaborar cenários com grau razoável de confiabilidade.

Atualmente, porém, mesmo com sistemas sofisticados, não somos capazes de prever o tempo com mais de três meses de antecedência. Por exemplo: em setembro, pode-se ter alguma acurácia nas previsões para outubro, novembro e dezembro. A previsão oficial do governo para o Nordeste é anunciada normalmente em janeiro – quando já se sabe como será o regime de chuvas durante os meses de fevereiro, março e abril.

Uma curiosidade: ainda hoje vivem os chamados ‘profetas da chuva’ – figuras locais que, entre o misticismo e a tradição, lançam palpites sobre o regime pluviométrico do sertão. Marengo confidencia: em algumas reuniões entre meteorologistas, esses inusitados magos do semiárido são convidados a participar. “Em muitos casos, o que eles especulam por métodos tradicionais se aproxima do que nossa ciência prevê”, comenta o pesquisador. “Não há nada de errado no fato de a ciência dar ouvidos à experiência.”


Literatura e realidade

A figura clássica do retirante talvez não exista mais. O camponês castigado pela falta d’água, com seu gado magro a definhar na caatinga, é parte de um momento pretérito que, ao que tudo indica, foi superado. Pelo menos em parte. “Não vemos mais aquele êxodo em massa, como retratado em Vidas secas, de Graciliano Ramos [1892-1953]”, comenta o engenheiro Marcos Freitas, da Agência Nacional de Águas (ANA). Nos idos passados, levas de nordestinos deixavam suas terras e rumavam para as grandes cidades. Hoje, no entanto, a vida dos sertanejos parece menos difícil. “Parte desse sucesso se deve às políticas governamentais de incremento de disponibilidade hídrica”, diz o engenheiro da ANA.
Açudes, cisternas, carros-pipa. São algumas das principais estratégias adotadas nas últimas décadas para atenuar a falta d’água em muitos municípios do semiárido. Méritos ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), vinculado ao Ministério da Integração Nacional (MIN). “É preciso reconhecer os avanços, sim, mas estamos distantes de uma situação ideal e ainda há muito a se fazer”, pondera Freitas.

Amanhecer semiárido

Especialistas estão de acordo: “O que caracteriza a seca no semiárido nordestino não é a falta pura e simples de água, e sim a forma lotérica como as chuvas se distribuem no tempo e no espaço”, explica o engenheiro agrônomo João Suassuna, da Fundação Joaquim Nabuco. Um só trimestre pode registrar até 90% da precipitação anual.
“Desafio, portanto, é armazenar essa água de maneira eficiente e segura para que ela seja distribuída de maneira igualitária durante o ano”, diz Freitas. “Mas não basta armazenar; é preciso atentar para a qualidade da água estocada”, alerta. Esgoto nos rios, resíduos sólidos a poluir cursos d’água são alguns dos problemas que insistem em permanecer em pauta – não somente no Nordeste, mas em todo o Brasil. “Tratamos apenas algo em torno de 60% de nossos esgotos”, diz Freitas.
Água armazenada
Nas últimas décadas, muitos municípios do semiárido têm adotado estratégias para atenuar a falta d’água, como o uso de açudes, cisternas e carros-pipa. (foto: Ana Paula Couto/ MIN)
Outro desafio, segundo ele, é incentivar o uso mais racional dos recursos hídricos na agricultura do semiárido. Os sistemas convencionais acarretam desperdício notório de água. “Por isso devemos incentivar a irrigação por gotejamento ou microaspersão”, sugere o engenheiro. “São muito mais eficientes, pois evitam perdas por evaporação.”
O terceiro grande desafio, para Freitas, é o abastecimento de populações difusas. Aglomerados urbanos, em geral, contam com infraestrutura hídrica satisfatória. Mas habitantes de paragens remotas sofrem. “Longas caminhadas, quilômetros a fio com uma lata na cabeça para buscar água; isso ainda acontece”, lamenta Freitas.
Dado desolador: segundo o engenheiro da ANA, no Brasil perde-se de 30% a 40% de água nos processos de distribuição. Motivo: infraestrutura precária – vazamentos, tubulações avariadas, desvios clandestinos...

Sertão: retrato institucional

A última seca do Nordeste foi registrada em 2012. E os baixos índices pluviométricos de 2013 confirmam: esta seca ainda perdura. Quanto a 2014, pouco se sabe. Previsões de janeiro poderão trazer melhores notícias. Ou não. Segundo Marengo, as secas tendem a durar de um a dois anos. Não é incomum, entretanto, que se estendam por tempo maior. Na década de 1950, por exemplo, a terra sedenta do semiárido permaneceu sob esse regime implacável por nove anos.
Freitas: “O avanço do conhecimento divide as ciências, mas devemos superar a visão compartimentada do saber para solucionar os problemas do semiárido nordestino”
“Mas hoje, mesmo no segundo ano consecutivo da seca, os habitantes da região não têm tido graves problemas de abastecimento”, observa Freitas. É a prova, segundo ele, de que as políticas públicas estão funcionando a contento. “Recentemente, o governo federal ampliou as medidas ao anunciar um aporte de R$ 9 bilhões em uma série de iniciativas, como a prorrogação das operações de crédito rural, a renegociação das dívidas agrícolas e a expansão dos programas Bolsa Estiagem, Garantia-Safra e Operação Carro-Pipa”, informou o MIN à Ciência Hoje. As ações devem atender a mais de 10 milhões de pessoas que vivem nas regiões afetadas pela imprevisibilidade do clima.
“Mas, infelizmente, é comum haver descontinuidade entre um governo e outro”, aponta o engenheiro da ANA. “Um estado ou município pode ter boa estrutura institucional durante um mandato; mas ela pode ser totalmente desmobilizada no governo seguinte.” Para Freitas, as instituições ainda funcionam de forma precária – sem um quadro efetivo de servidores permanentes e concursados.
Para os pesquisadores, a solução para o semiárido requer visão integrada. “O meteorologista preocupa-se com as chuvas; o agrônomo com as culturas agrícolas; o hidrólogo com a vazão dos rios; o economista com os impactos econômicos; e o político poderia auxiliar no planejamento orçamentário e nas negociações de questões federativas”, aponta o engenheiro da ANA. “O avanço do conhecimento divide as ciências, mas devemos superar a visão compartimentada do saber para solucionar os problemas do semiárido nordestino.”

A contenda do velho Chico
Impossível falar de seca no Nordeste sem mencionar a transposição do rio São Francisco. A obra é das mais polêmicas – e tem dividido opiniões desde o início. Um dos maiores críticos ao projeto é o engenheiro João Abner, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo ele, a transposição é uma grande fraude técnica. “Ela permanecerá no imaginário como a solução para a seca, e não é”, censura Abner. “Essa obra não vai terminar nunca.” O governo rebate: o MIN informou à Ciência Hoje que a obra estará concluída em 2015.

Um dos pontos de disputa é o fato de que a transposição, segundo seus críticos, é uma obra que beneficiará o grande capital – grandes propriedades agrícolas e industriais –, e não as populações difusas que carecem de abastecimento. “Não é verdade”, contra-argumenta o MIN. “Os canais dos eixos Leste e Norte, por exemplo, levarão a água do São Francisco para 325 comunidades difusas.” Segundo Abner, entretanto, são os financiamentos de campanhas eleitorais – por parte das empreiteiras responsáveis pela obra – que motivam a controversa transposição.

Henrique Kugler
Ciência Hoje/ RJ

Texto originalmente publicado na CH 308 (outubro de 2013).