quinta-feira, 28 de junho de 2012

Jessier Quirino e Tulio Borges: Poesias, causos e música

Fonte:
http://cerradomix.maiscomunidade.com/evento/espetaculos/9675/JESSIER-QUIRINO-E-TULIO-BORGES:-POESIAS-CAUSOS-E-MUSICA.pnhtml

Horário: 21:00 | Local: Teatro dos Bancários Endereço: Eqs 514/515 lt 1
Um dos mais festejados poetas e contadores de causos da atualidade, Jessier Quirino, volta a Brasília para um espetáculo ao lado do cantor e compositor Túlio Borges, reunindo o humor e o lirismo nordestinos à multifacetada musicalidade candanga.

Preenchendo uma lacuna deixada pelos grandes menestréis do pensamento popular nordestino, o poeta Jessier Quirino tem chamado a atenção do público e da crítica, principalmente pela presença de palco e pelo varejo das histórias, que vão desde a poesia matuta, impregnada de humor, neologismos, sarcasmo, amor e ódio, até causos, cocos, cantorias, músicas, piadas e textos de nordestinidade apurada.

Eleito o melhor cantor entre os independentes de 2010 pela Rádio Cultura de São Paulo, Túlio Borges (foto) reunirá canções de seu CD “Eu venho vagando no ar” e composições em parceria com o amigo Quirino.

Serviço
Preço:
Inteira- R$50
Meia- R$ 25

Sarau Chatô - livro "Na tarde que se avizinha e outros poemas”, de marcos freitas



O livro 'Na tarde que se avizinha e outros poemas” enfeixa uma seleção de poemas dos seis primeiros livros de poesia do autor , a saber: 'Raia-me Fundo o Sonho tua Fala', 'Na Curva de um Rio, Mungubas', 'Quase um Dia', 'Moro do Lado de Dentro', 'A Terceira Margem do Rio' e 'A Vida Sente a Si Mesma'. A Antologia segue a divisão por livros e obedece a ordem cronológica inversa, do mais recente ao mais antigo. Com ilustração da capa da artista curitibana Manoela Afonso, a obra reúne poemas autobiográficos, de cenas cotidianas, de meditações sobre o tempo e a finitude da vida.

Onde adquirir:





7º Sarau Chatô homenageia Piauí e Itália


divulgação

Na próxima quinta-feira (28/6), a partir das 19h, a sétima edição do Sarau Chatô traz toda a alegria e riqueza cultural do Piauí e da Itália. Realizado pela Fundação Assis Chateaubriand, com patrocínio da Petrobras, o evento será, excepcionalmente, no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Na programação, estão atrações que prestigiam a cultura dos homenageados com apresentações de música, dança e exposição de artes plásticas e livros. Além disso, haverá degustação de comida típica. Um dos destaques do 7º Sarau Chatô será o som do acordeon do músico piauiense Gonçalo Aquino Cardoso, mais conhecido como Sivuquinha, que começou a tocar aos 15 anos e veio para Brasília na década de 1970. O artista, que atua como compositor, arranjador e pianista, gravou o disco Canções pela paz, com músicas de própria autoria. Os shows de acordeon terão continuidade com a apresentação de um artista de apenas 9 anos de idade. Isac do Acordeon, como gosta de ser chamado, interpretará composições de Luiz Gonzaga. O repertório nordestino segue com a apresentação da dupla de violeiros Chico Vaz e Matheus.

O saxofonista João Filho enriquecerá ainda mais as apresentações do dia, com bossa nova, jazz e MPB. O artista é idealizador do projeto Meia Boca Band, que leva música às paradas de ônibus, escolas e aos hospitais de toda a cidade. A gastronomia do Piauí também será lembrada com pratos típicos para degustação, levados pela Nação Piauí, como Maria Isabel (arroz com carne de sol), a paçoca de Campo Maior e a tradicional cajuína (suco de caju processado). Já a homenagem à Itália será feita pelo coral Cantus Firmus, regido pela maestrina Isabela Sekeff. O grupo é composto por aproximadamente 40 integrantes e trará canções em latim, de compositores italianos. O país europeu também será lembrado com o hino cantado do país e também degustação de café italiano.

Literatura e artes plásticas - O Sarau Chatô traz ainda uma exposição de quadros dos artistas Marcelino Cruz, Dora Parente, Jeanne Maz e Naza, além de obras do jovem Jéferson Ramos, que autografará o livro Minha vida sobre rodas, que conta uma bela história de superação. O público também poderá apreciar as xilogravuras de Iolanda Carvalho e Lígia Menezes. O médico e escritor piauiense, Edmar Oliveira, lançará o título A incrível história de Von Meduna e a filha do Sol do Equador. Outras obras literárias também serão autografadas pelos autores, como o livro Adeus a Aleto, de Roberto Muniz Dias, e O comprador de sonhos, de Evaldo Feitosa dos Santos. Também estarão presentes na coletiva de autógrafos os autores Paulo José Cunha, Marcos Freitas, Rivanildo Feitosa, José Ribamar Garcia e Juscelino R. Oliveira.

Iniciado em dezembro de 2011, o projeto Sarau Chatô foi criado pela Fundação Assis Chateaubriand, com patrocínio da Petrobras, para homenagear a memória de uma das principais personalidades da história da imprensa e da TV brasileira: Assis Chateaubriand, o Chatô, que durante décadas destacou-se em múltiplas atividades, sempre apoiando a cultura.


Serviço:

7º Sarau Chatô

Data: 28 de junho (quinta-feira)

Horário: 19h

Local: Auditório da Câmara Legislativa do DF

(Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, Setor de Indústrias, ao lado do Correio Braziliense)

Entrada gratuita

Classificação indicativa: 10 anos

Informações: (61) 3214-1350,






TROPICALISMO E PÓS-TROPICALISMO (relação com cinema e arte de vanguarda)


o projeto ARTE EM ABERTO chega ao final de sua programação inaugural (duas sequências de palestras/apresentações neste 1º semestre de 2012) - sem sabermos o que sairá daqui - nada ou uma agitação intermitente - convidando

a todos para a instigante conversa com SEVERINO FRANCISCO sobre

TROPICALISMO E PÓS-TROPICALISMO (relação com cinema e arte de vanguarda)

no SEBINHO (406 N), dia 29 de junho (sexta), a partir das 19 h.

O Tropicalismo, em sua breve e febril existência como movimento (1967/68), pôde incorporar e condensar muitas das energias que estavam no ar naquele momento culturamente explosivo.

Em um lance talvez inédito, a MPB passa a dialogar intensamente com as experiências mais avançadas de outros campos artísticos.

Em relação ao cinema, devemos enfatizar o impacto deflagrador de Terra em Transe - quando Glauber leva o Cinema Novo à encruzilhada estético-política - e de alguns filmes do endiabrado Jean-Luc Godard. Impulsos também notáveis vieram da antiarte sensório-cerebral-vivencial de Hélio Oiticica e das explorações intersemióticas da Poesia Concreta.

Oswald de Andrade, além de marcar presença com a famosa montagem de O Rei da Vela pelo Oficina, emergiu, com a disseminação do ideário e prática antropofágicos, como verdadeiro avô-avatar do movimento.

Claro, foram inúmeras as incorporações da tradição musical brasileira e da música estrangeira - até mesmo da erudita (via Duprat, Medaglia, Koellreuter et alii).

Diante do novo contexto de hegemonia da cultura de massa, os tropicalistas (Caetano, Gil, Gal, Tom Zé, Torquato, Os Mutantes...)assumem uma postura não defensiva mas lúdica e devoradora, inserindo, em sua celebração paródica, elementos críticos sutis ou ostensivos.

Os desdobramentos do Tropicalismo na cultura criadora brasileira foram múltiplos, tanto nos anos imediatamente seguintes (do Pós-Tropicalismo) como até hoje, tendo uma última expressão coletiva vigorosa no manguebeat de Science & cia.

A atividade jornalística de Severino Francisco, que se inicia, já com uma forte marca pessoal, nos primeiros anos 80, tende, irresistivelmente, ao questionamento e à agitação cultural. Com seus textos tão lúcidos quão provocativos, tem sabido responder aos sinais artísticos e culturais brasileiros mais novos e desafiadores, revelando o que eles têm de imprescindível e relançando-os (idealmente que seja) para uma apropriação coletiva, recriadora.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brasília é uma festa: concurso nacional de contos, crônicas e poemas


www.brasiliaeumafesta.com.br

O Brasília é uma festa é o concurso nacional de contos, crônicas e poemas com a quarta maior premiação em dinheiro do país (R$6 mil ao primeiro lugar, R$3 mil ao segundo e R$ 1.500,00 ao terceiro, para cada uma das três categorias, totalizando R$ 31.500,00), além de troféu, certificado e publicação das obras vencedoras em antologia.

O título e tema buscam em seu duplo sentido alcançar as nuances da verdadeira identidade desta cidade planejada, bonita e rica, mas que também é invadida, deturpada e mal vista como corrupta, devido a sua proximidade com os escândalos no poder político do país. Os escritores poderão tratar do tema da forma que quiserem, sem rédeas nem amarras, desde que tratem da dualidade candanga. O concurso é livre à participação de todos, bastando ser cidadão brasileiro com RG e CPF.

O concurso tem por objetivo o fomento à literatura, incentivo à leitura e à produção de livros e o registro da memória histórica e cultural da cidade através da literatura.

O concurso será realizado de junho a setembro.  Os candidatos poderão enviar seu texto pelo site.

Durante o período de envio e análise dos textos, os avaliadores, os declamadores e o Gestor do projeto promoverão oficinas diárias e vespertinas, no Centro Cultural do Varjão, para os estudantes, pessoas da comunidade e das cidades vizinhas como Paranoá, Sobradinho e Lago Norte. O ambiente será conectado à internet e aberto à comunidade, incentivando a produção literária.

O projeto se encerra com uma grande festa de premiação, com a declamação dos textos vencedores, entrega dos troféus e apresentação musical, num autêntico sarau multicultural e interdisciplinar, aberto a comunidade e focado no desenvolvimento intelectual e social.

Brasília é uma festa é patrocinado pelo FAC - DF (www.fac.df.gov.br), gerido por Giovani Iemini, com apoio da Factotum, apoio.biz e SocialHost.

Contatos, informações e dúvidas: contato@brasiliaeumafesta.com.br ou (61) 3468.2045

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www.factotum.bardoescritor.net
www.giovaniiemini.blogspot.com

Açougue T-Bone apresenta a Bienal do B


Camilla Sanches
camilla.sanches@jornaldebrasilia.com.br

AComercial da Quadra 312 Norte respira poesia até a próxima sexta-feira, com a segunda edição da Bienal do B – A Poesia na Rua, organizada pelo Açougue Cultural T-Bone. As atividades acontecem ao longo desses três dias, a partir das 18h, e seguem até as 22h, totalmente gratuitas.Dimitrius Borja

“Com o cancelamento da Bienal Internacional de Poesia, ano passado, por falta de verba, decidimos fazer esta Bienal do B, com poetas locais e organizada pela própria sociedade”, explicou Luiz Amorim, proprietário do T-Bone e organizador do evento, que não contou com o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. “É uma pena, mas vamos continuar promovendo mesmo assim”, acrescenta.

Apesar do nome, Amorim avisa que a proposta é realizar a bienal todos os anos, sempre sob a tutela do anfitrião Antônio Miranda, poeta que participa desde a idealização do projeto. Como patrono desta edição, ele escolheu o escritor alagoano Ledo Ivo, membro da Academia Brasileira de Letras.

Outros 77 poetas estão na programação deste ano, sendo que 47 deles participaram no ano passado. “A ideia é trazer 30 nomes inéditos a cada ano. Todos de Brasília”, diz o organizador. “Por essa razão, a expectativa é que em 2013 tenhamos a presença de mais de cem poetas”, calcula.

música
O palco montado em frente ao estabelecimento de Luiz Amorim também vai receber a apresentação de grandes nomes da música popular brasileira. Os shows encerram as noites, logo após as intervenções poéticas de cada convidado.

Hoje é a vez de Beto Guedes. Amanhã, o cantor, compositor e multi-intrumentista João Donato. Na sexta, o encerramento é com a cantora Fátima Guedes. “Procuramos trazer músicos que tenham uma veia poética acentuada em seus trabalhos e a qualidade da obra destes é inquestionável”, observa Amorim.

Há, ainda, uma programação especial para o público infantil, que pode se divertir com a encenação de espetáculos do Grupo Mambembrincantes e do Teatro de Bonecos, na abertura de cada dia, a partir das 18h.

Para o ano que vem, o objetivo do organizador da Bienal do B é trazer como patrono do evento o cantor, compositor e escritor carioca Jorge Mautner.

  Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
 

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Começa hoje e vai até domingo a segunda edição Bienal do B - Poesia na rua

26/06/2012
Mariana Moreira


Luiz Amorim, dono do Açougue Cultural T-Bone, é o idealizador da bienal

Parafraseando o escritor francês Marcel Proust em um de seus títulos mais famosos, o empresário Luiz Amorim afirma estar em busca do tempo perdido. Por isso, apesar do nome, sua Bienal do B — Poesia na rua será realizada todos os anos. “A poesia da cidade nunca teve o tratamento  que merece, em relação à quantidade e qualidade de poetas que tem”, afirma o proprietário do Açougue Cultural T-Bone (comercial da 112 Norte), em funcionamento e promovendo atividades culturais há 17 anos. Para reparar essa injustiça histórica, ele organiza, em seu estabelecimento uma grande confraternização de poetas locais, que se estende de terça-feira (26/6) a domingo, das 18h às 22h, e terá o imortal Ledo Ivo como patrono.

“Ele é um autor de vanguarda, autor de uma obra muito interessante”, destaca Amorim, a respeito da escolha feita pelo anfitrião da Bienal, o poeta Antônio Miranda. Além do poeta, romancista, contista e ensaísta alagoano, os demais representantes da festa compõem o que há de melhor na literatura brasiliense. E não são poucos. “Neste ano, o evento terá um dia a mais (serão quatro, ao todo). E agora, além dos 47 poetas da primeira edição, reuniremos mais 30, totalizando 77 participantes”, afirma o organizador. A expectativa de público também é maior: enquanto no ano passado, o encontro literário reuniu cerca de 1.500 pessoas por noite debaixo da marquise de sua loja, em 2012, ele acredita que esse número poderá ultrapassar 2 mil frequentadores.
Fonte: http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=14842&secao=Programe-se&data=20120626


segunda-feira, 25 de junho de 2012

2ª Bienal do B homenageará primeira edição do projeto


Livro de 156 páginas com depoimentos e poesias de quem participou em 2011 será lançado na primeira noite do evento, às 20h30

Está tudo pronto para a 2ª Bienal do B. A partir de terça-feira (26/06), a rua da 312/313 Norte será tomada por teatro, poesia e arte. A noite de abertura do evento será marcada pelo lançamento do livro 1ª Bienal do B, às 20h30. A obra faz homenagem aos participantes da primeira edição da bienal e um resgate do que foi o encontro em 2011. A noite contará ainda com a exibição do filme Brasília segundo Feldman, de Vladimir Carvalho, e banca literária e show do cantor e compositor Wagner Tiso. A Programação começa às 18h, em frente ao Açougue T-Bone.

As lembranças, memórias e momentos marcantes da 1º Bienal do B foram eternizados nas 156 páginas do livro, editado pelo escritor Vicente Sá, poeta e membro do Movimento VivaArte, e tendo como design gráfico Ribamar Fonseca. “O livro é um registro de como foi esta manifestação espontânea da cultura brasiliense, com seus principais poetas, músicos e pintores”, explica o editor. A viagem literária reúne 45 escritores, três músicos, quatro homenageados, 52 depoimentos, 45 poemas e dois artigos sobre a bienal.

Quem participou faz questão de relatar suas impressões. Entre os que falam estão nomes como Thiago de Mello, Milagros Terân, Kiko Zambianchi, Fernanda Porto, Rênio Quintas, além dos componentes do grupo Sopro e Cordas e outros. Fora das páginas, artistas que também estão no livro estarão reunidos na terça-feira para celebrar. “Os artistas falam da experiência de levar poesia para a rua, de deixá-la com a cara do cidadão”, enfatiza Vicente Sá.

De fato, a cara do cidadão não tem moldes. A iniciativa de levar arte para onde ela deve estar, no meio do povo, faz com que o próprio nome do evento – aos olhos de quem só lê letras, não lê sentimento –, saia do contexto. Isso porquê a 2ª Bienal do B acontecerá pouco mais de um ano da realização da primeira. É uma “bienal anual”.

Para o escritor-poeta e brasiliense de coração Nicholas Behr, convidado da edição de 2011 e com presença confirmada na de 2012, o nome e a periodicidade são irrelevantes. “Poesia nunca é demais. A bienal de poesia do b, do c, do d, e de todas as letras do alfabeto, aproxima a poesia das pessoas e assim as pessoas das outras pessoas.”

Arte na rua

Além do lançamento do livro, a noite de abertura da 2ª Bienal do B terá exibição do filme Brasília segundo Feldman, além de estandes literárias, exposições dos artistas plásticos Chico Nogueira e Iago Iagus e show do cantor e compositor Wagner Tiso.

A bienal vai até 26 de junho. Durante quatro dias, todos os brasilienses estão convidados a participar do encontro, que tem como objetivo democratizar a arte. Em 2012 o evento literário tem como anfitrião o escritor e poeta Antônio Miranda e como Patrono o escritor e poeta, também membro da Academia Brasileira de Letras, Lêdo Ivo. As noites serão encerradas com shows de João Donato, Beto Guedes e Fátima Guedes.

2ª Bienal da Poesia

Quando: De 26 a 29 de junho
Onde: Na comercial da 312/313 Norte, em frente ao Açougue Cultural T-Bone
Hora: A partir das 18h

Por Natalia Emerich
 

sábado, 23 de junho de 2012

Neo-antropophagische Hexenküche - Angélica Freitas' Gedichtband rilke shake

Luísa Costa Hölzl, 15.06.2011

Bereits der himmelblaue Umschlag dieses Buches stimmt fröhlich: es grüßt uns eine bunte animal farm, Kühe, Schweine, Hühnervolk, bunt angezogen und aufrecht halten sie sich an (Käfig?)-Stäbe. Ganz oben der Name der Dichterin: Angélica Freitas, dann der Titel »rilke shake«, der beim deutschen Leser zugleich Neugierde wecken wird, unten der Verlagsname und dann, angenehm überraschend, die Angabe »aus dem brasilianischen Portugiesisch übertragen von Odile Kennel«.

Der kleine Verlag luxbooks hat sich auf die Fahne geschrieben, in seiner Reihe luxbooks.latin Lyrik aus Lateinamerika im deutschsprachigen Raum bekannt zu machen. Diese Bücher erscheinen zweisprachig, was nicht nur dem mehrsprachigen oder den sprachbegeisterten Leser entgegenkommt, sondern vor allem die Übersetzungsarbeit als kreativen Prozeß honoriert.

Nach dem Prolog – den letzten Gedanken eines Geigers beim Flugzeugabsturz – eröffnet das Eingangskapitel »rilke shake« ein süßsaures Cocktail aus tonangebenden Größen der literarischen Moderne. Angélica Freitas (*1973) empfiehlt uns eine »Entmallarmisierung« – zum Teufel mit Mallarmé, Blake und Pound, mit Elisabeth Bishop, Natalie Barney und Gertrude Stein! Sie alle würzen diesen Shake aus Referenz/Reverenz und augenzwinkender Irreverenz, denn mal liegen sie mit dem Ich in der Badewanne, mal überschütten sie gemeinsam mit ihr (denn es ist ein weibliches Ich) die Gänseliesel in Göttingen mit Küssen. Sie hüpfen in der saftigen Imagination des Ichs von Zeile zu Zeile, stolpern von Gedicht zu Gedicht. Angélica Freitas verfährt nach dem Motto: Wenn wir alles gelernt, in Wikipedia gesucht und gefunden, aufgenommen und heruntergeschluckt haben, liegen uns die Kulturbrocken schwer im Magen und es ist an der Zeit sie auszuspucken. Die Portugiesin Natália Correia hat einmal behauptet »A poesia é para comer«, die Poesie darf/soll gegessen werden. Ja, wir Leser dürfen jede Zeile dieses Buches nach Lust und Laune verzehren: Angélicas nostalgisch-heitere Liebesgedichte, ihre Parodie auf Haikais, die zu neuem Genre der bai-bais mutieren (»wer bai-bais schreibt weiß: vorbei/die schöne zeit«), ihr Karthographieren von Lebensorten aus der ganzen Welt oder ihre Warnungen vor mißglückten Beziehungen im letzten Kapitel »Rosa Buch der törichten Herzen«. Das Ich – lesbisch, großgeworden im bürgerlichen Milieu, weit gereist, lebenserfahren , belesen trotz Vorliebe für das Radiohören – mag ein törichtes Herz in Sachen Liebe besitzen und manches liest sich als Befreiungsschlag, doch geschieht dies weder verzweifelt noch zerknirscht, sondern heiter und selbstironisch in kritischer Distanz zu Tradition und Erbe.

Wobei die Reverenz spürbar bleibt. Von den Pariser Salons der ersten Hälfte des XX. Jahrhunderts bis zu den heutigen blogspots ist ein langer Weg beschritten worden. Gerade jene Figuren, die Angélica so lustvoll zum Cocktail mixt, eröffneten zu ihrer Zeit den Weg zu neuen Lebensentwürfen und zu einer völlig anderen Art und Weise, Kunst zu produzieren und zu rezipieren. Angélica holt jene weibliche Ikonen von ihrem Altar herunter. Sie zerschnipselt dann die Heiligenbildchen und fügt sie zu neuen Bildern zusammen. Aber es geht weder um intertextuelle Spielchen noch um intellektuelle Auseinandersetzung (die höchstwahrscheinlich dennoch stattfand), denn die literarische Bezugnahme mutet einfach komisch an und womöglich reizt sie die Leser, sich über diese Bezugspersonen und Übermütter zu informieren. Vielleicht reiht sich Angélica doch in eine brasilianische Tradition eines Oswald de Andrade ein mit seinem »Manifesto Pau Brasil« oder »Manifesto Antropófago«? Denn wie einst die Menschenfresser verleibt sich diese Lyrik einige morceaux exquis nicht-brasilianischer Kultur ein. Und dann entsteht, wie Oswald es sich 1922 wünschte, Poesie als brasilianisches Exportgut!

Ein Exportgut, das dann, durch die Feder einer Odile Kennel, selbst Poetin, bei uns landet. In einem Nachwort erklärt sie einiges zur Dichterin und stellt Bezüge zu anderen Lyriker her, wie zu Morgensten oder zur Portugiesin Adília Lopes. Und sie verpaßt nicht die Gelegenheit, uns Sinn und Grenzen einer literarischen Übersetzung näherzubringen. Das liest sich wie ein Plädoyer für Freiheit und Kreativität des Übersetzens, denn drei Prämissen will sie treu bleiben: erstens ist mit etwas Spieltrieb alles übersetzbar, zweitens läßt sich der Sinn mehr dehnen als die Form und drittens ist nichts absolut. So zeugen Odiles Übertragungen von jenem kreativen Suchen nach dem Gedicht, als, um einen Übervater der Moderne, Paul Valéry, zu zitieren, »cette hésitation prolongée entre le son et le sens«. Dieses Zögern zwischen Klang und Sinn in den witzig-tiefgründigen Kreationen von Angélica spricht Deutsch in den Fundstücken von Odile. So verwandeln sich im Epilog Brüsseler Hexen in welche aus Hessen:

AS BRUXAS de bruxelas
batem panelas
pra espantar as baratas tontas
que vivem nas pontas
dos sapatos delas


DIE HEXEN aus hessen
werfen mit essen
entsetzen dämliche echsen
die sich gern setzen
auf die haxen der hexen

Hoffentlich werden zukünftig weitere zweisprachige Wortgespinste in der Hexenküche gebraut.

Luísa Costa Hölzl*

Angélica Feitas:
rilke shake.

Aus dem Portugiesischen von Odile Kennel.
Luxbooks, 2011



* Luísa Costa Hölzl
ist, Dichterin, Portugiesisch-Dozentin in München und Mitbegründerin des Vereins Lusofonia.
Für novacultura schrieb sie zuletzt über Maria Teresa Horta.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Crônicas Brasilienses, de João Batista Almeida

Crônicas Brasilienses
João Batista Almeida
Livro de estreia do autor na seara literária, Crônicas Brasilienses, em estilo leve e envolvente, permeado de ironia e visão crítica, sem deixar de ser vigoroso, é o retrato da Brasília dos últimos cinquenta anos, seu esplendor, sua glória, suas mazelas, o olhar de quem a idealizou e construiu e dos que hoje aqui vivem.
A obra compreende três partes: A cidade e sua gente, Política e Políticos e Fotocrônicas. Em síntese, a publicação trata-se de um grito de alerta associado a um poema de amor à Capital, de leitura rápida e prazerosa, sem deixar jamais de abordar a questão social.
Editora : Ler
Edição : 1ª
ISBN : 978-85-64898

Serviço

Lançamento do livro Crônicas Brasilienses

Data, local e hora:

Dia 22/06 - Livraria Leitura do shopping Conjunto Nacional, em Brasília, a partir 19h.

Dia 29/06 - Livraria Cultura do shopping Casa Park, em Brasília, a partir das 19h30.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Constelação da Baleia












NAIPES DE CONSTELAÇÕES

Lua nascente
                      - laranja partida ao meio -
espia o Morro da Baleia.

Um estender de estrelas dedilha acordes
          sobre a varanda do amigo Dada.

Apaziguante viver
          entre récitas noturnas das folhas de buritizais,
em Alto Paraíso de Goiás.

O Piauí é aqui

terça-feira, 19 de junho de 2012

10° Café Científico de Brasilia - "Rio+20, e agora?"

Artigos - Congresso Brasileiro de Desastres Naturais




Freitas, M. A. S. ; Rebello, E. R. G. ; Carvalho, B. E. F. C. ; Costa, J. A. V. ; Cavalcante, O. A. . Estratégias para a redução de riscos de desastres relacionados aos eventos hidrometeorológicos extremos (secas) no estado do Rio Grande do Norte Nordeste do Brasil. In: Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais, 2012, Rio Claro - São Paulo. Anais do Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais. Rio Claro : Editora Unesp, 2012.

Costa, J. A. V. ; Carvalho, B. E. F. C. ; Cavalcante, O. A. ; Freitas, M. A. S. ; Rebello, E. R. G. . Desastres Natruais: Estudo de caso, o município de Guidoval/MG. In: Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais, 2012, Rio Claro - São Paulo. Anais do Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais. Rio Claro : Editora da Unesp, 2012.

Costa, J. A. V. ; Carvalho, B. E. F. C. ; Cavalcante, O. A. ; Freitas, M. A. S. ; Rebello, E. R. G. . Atuação da Secretaria Nacional de Defesa Civil por meio do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres em Minas Gerais. In: Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais, 2012, Rio Claro - São Paulo. Anais do Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais. Rio Claro : Editora da Unesp, 2012.

Rebello, E. R. G. ; Carvalho, B. E. F. C. ; Costa, J. A. V. ; Freitas, M. A. S. ; Cavalcante, O. A. . Diagnóstico, Monitoramento e Prognóstico das Chuvas Intensas no Rio de Janeiro no período de 06 a 09 de Abril de 2010. In: Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais, 2012, Rio Claro - São Paulo. Anais do Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais. Rio Claro : Editora da Unesp, 2012.

Rebello, E. R. G. ; Carvalho, B. E. F. C. ; Costa, J. A. V. ; Freitas, M. A. S. ; Cavalcante, O. A.  Condições Meteorológicas das Chuvas Fortes que  Atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro no dia 12.01.2011. In: Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais, 2012, Rio Claro - São Paulo. Anais do Congresso Brasileiro Sobre Desastres Naturais. Rio Claro : Editora da Unesp, 2012.

Selected Papers - Freitas, M. A. S.

Freitas, M.A.S.; Billib, M.H.A. Drought prediction and characteristic analysis in semiarid Ceara, northeast Brazil. Sustainability of water resources under increasing uncertainty. Proceedings of an international symposium of the Fifth Scientific Assembly of the International Association of Hydrological Sciences (IAHS), Rabat, Morocco, 23 April to 3 May 1997, Rosbjerg, D.Boutayeb, N.E.Gustard, A.Kundzewicz, Z.W.Rasmussen, P.F. (eds.).- Wallingford (United Kingdom): IAHS Press, 1997.- ISBN 0-901502-05-8
http://iahs.info/redbooks/a240/iahs_240_0105.pdf

FREITAS, M. A. S. A Decision Support System for Drought Forecasting and Reservoirs Management in Northeast Brazil. In: VIII Congresso Latino-Americano e Ibérico de Meteorologia, 1998, Brasilia. Anais do VIII Congresso Latino-Americano e Ibérico de Meteorologia, 1998. http://pt.scribd.com/doc/17863281/A-Decision-Support-System-for-drought-forecasting-and-reservoirs-management-in-NortheastBrazil

http://www.cbmet.com/cbm-files/13-e391e41674a8aab104363bb55a380dc5.pdf

GONCALVES, R. W. ; PINHEIRO, P. R. ; FREITAS, M. A. S. ; CASTRO, A. K. A. . Multicriteria Methods as Decision Making Aids in the Hydrographic Basin of Curu River - State of Ceará. In: International Conference Service System and Service Management, 2006, Troyes - França. Proceedings International Conference Service System and Service Management. Troyes : Sponsered by IEEE. v. 1.
http://pt.scribd.com/doc/17656142/Multicriteria-Methods-as-Decision-Making-Aids

LOPES, A. V. ; FREITAS, M. A. S. . A Alocação de Água como Instrumento de Gestão de Recursos Hídricos: Experiências Brasileiras. REGA. Revista de Gestão de Águas da América Latina, v. 4, p. 5-28, 2007.
http://www.abrh.org.br/rega/REGA_v4_n1.pdf

FREITAS, M. A. S. . O Fenômeno das Secas no Nordeste do Brasil: Uma Abordagem Conceitual. In: IX Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, 2008, Salvador. Anais do IX Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. Porto Alegre : ABRH, 2008. v. 1. p. 1-1.
http://pt.scribd.com/doc/17656235/O-Fenomeno-das-Secas-no-Nordeste-do-Brasil

FREITAS, M. A. S. . O Fenômeno do El Niño e as Secas no Ceará: A Previsão através de Modelos Estatísticos e de Redes Neurais Artificiais. In: I Fórum Interamericano de Gestão de Recursos Hídricos, 1997, Fortaleza. Anais do I Fórum Interamericano de Gestão de Recursos Hídricos, 1997.
http://pt.scribd.com/doc/17656076/O-Fenomeno-do-El-Nino-e-as-Secas-no-Ceara

FREITAS, M. A. S. Previsão de Secas por Meio de Métodos Estatísticos e Redes Neurais e Análise de Suas Características Através de Diversos Índices. In: IX Congresso Brasileiro de Meteorologia, 1996, Campos do Jordão. Anais do IX Congresso Brasileiro de Meteorologia, 1996.
http://pt.scribd.com/doc/77137923/PREVISAO-DE-SECAS-REDES-NEURAIS

Water Resources Models and Risk Management for Reducing Vulnerability in Semi-arid regions: The Case of Northeast Brazil - ICID+18, 16-20 de Agosto de 2010, Fortaleza - Ceará, Brasil
http://pt.scribd.com/doc/80495337/Water-Resources-Models-and-Risk-Management

FREITAS, M. A. S. Um sistema de suporte à decisão para o monitoramento de secas meteorológicas em regiões semi-áridas
http://pt.scribd.com/doc/17656360/Um-Sistema-de-Suporte-a-Decisao-para-o-Monitoramento-de-Secas-Meteorologicas-em-Regioes-Semiaridas

FREITAS, M. A. S. A previsão de secas e a gestão hidroenergética: o caso da bacia do rio Parnaiba no nordeste do Brasil
http://pt.scribd.com/doc/17656281/A-Previsao-de-Secas-e-a-Gestao-Hidroenergetica-Bacia-do-Parnaiba

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Poemação 26 - Aprender a Ler e Traduzir Poesia

Pouca poesia na Cúpula dos Povos

Envolverde Rio + 20 17/6/2012 - 04h03 por Mario Osava, da IPS

Declamador Nelio Fernando. Foto: Mario Osava/IPS
Rio de Janeiro, Brasil, 17/6/2012 (TerraViva) –

O ator Nelio Fernando está na Cúpula dos Povos declamando poemas. “Mario Quintana, Vinicius”, oferece ele, ao lado do cartaz indicando R$ 1,00 como preço de um poema declamado. “Alguns pagam mais”, reconheceu.

Cecilia Meireles e Olavo Bilac são outros poetas bem cotados. “Na sexta declamei muito”, mais de 200 poemas, informou. Ante a resposta negativa de alguns, esclareceu que o público de eventos como a Rio+20 não é muito receptivo.

Na FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), chegou a superar 500 declamações num dia. Se mapeasse as feiras literárias, onde tem maior audiência, poderia viver disso, garantiu.

Mas ganha a vida com outras atividades como “ator, palhaço e dançarino”, no teatro e outros espetáculos. É de São José dos Campos, cidade paulista, mas vive no Rio há pouco mais de um ano. Envolverde/IPS (IPS)

Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/pouca-poesia-na-cupula-dos-povos/?utm_source=CRM&utm_medium=cpc&utm_campaign=18

Arte em Aberto, na Livraria Sebinho, na 406 Norte

sábado, 16 de junho de 2012

Saiu a 3ª edição do Dicionário de Escritores de Brasília, de Napoleão Valadares


Em 1994, o "Dicionário de Escritores de Brasília", teve sua primeira edição com 200 páginas organizadas por Napoleão Valadares. Este dicionário teve a sua segunda edição, em 2003, com 283 páginas. E agora, em 2012, saiu a 3ª edição, rev., aum. e atualizada, com 390 páginas, pela Editora André Quicé, de Brasilia. São mais de 1.100 escritores residentes e de ex-residentes no DF dicionarizados. O Dicionário representa um documento da história da literatura feita nesses 52 anos de Brasília, com uma síntese bibliográfica de cada autor.

Verbete (pág. 135-136):

FREITAS, MARCOS Airton de Sousa - nasceu em Teresina (PI), em 20 de abril de 1963. Dipl. em Engenharia Civil, com pós-graduação em Recursos Hídricos e Meio Ambiente e também em Gestão Pública. Mestrado em Engenharia - Recursos Hídricos. Professor universitário, servidor público federal. Colab. em periódicos. Pert. à Associação Nacional de Escritores e à União Brasileira de Escritores. Filiado ao Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Partic. de várias coletâneas, entre as quais Antologia de poetas piauienses, 2006, org. de Wilson Carvalho Gonçalves; Geografia poética do Distrito Federal, 2007, org. de Ronaldo Alves Mousinho. Bibl.: Neurocomputação Aplicada, 1998; A vida sempre a si mesma, 2003; A terceira margem sem rio, 2004; Moro do lado de dentro, 2006; Quase um dia, 2006; Na curva de um rio, mungubas, 2006; Raia-me fundo o sonho tua fala, 2007; Urdidura de sonhos e assombros, 2010; Inquietudes de horas e flores, 2011, entre outras obras.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Encontro de Músicos no Caraça, Catas Altas-MG

Bienal do B - Açougue cultural T-Bone, 27out2011



QUINTA-FEIRA (27/10) Lourenço Dutra Lançamento literário Berlin Discos Editora: LGE Editora Ltda. DF André Giusti Poeta DF Carlos Algusto Cacá Poeta DF Wilson Pereira Poeta DF Alexandre Marino Poeta DFMarcos Freitas Lançamento literário: Inquietudes de Horas e Flores DFDonne Pitalugh Poeta DF Máximo Mansur Poesia Musicada DF Carla Andrade Poeta DF José Garcia Caianno (Dedé) Lançamento literário: “Tá tudo muito bom, mas meu casaco sumiu”, publicado pela Banca de Poetas. DF Aloísio Brandão Poeta DF Luís Turiba Poeta RJ Dina Brandão Poetisa DF grupo Sopro & Cordas Apresentação musical DF Kiko Zambianchi Apresentação musical RJ

Maria da Conceição Moreira Salles HOMENAGEADA DA NOITE DF

Milagros Terán Poetisa da Nicarágua NIC Sandra Fayad Lançamentos: Cerrado Capital - A vida em duas estações Poemas Síntipos DF Ésio Macedo Ribeiro Lançamento literário: Drama em Sol para o Século XXI DF

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ana 6- Cesar



O Instituto Moreira Salles prestou homenagem a Ana Cristina Cesar (1952-1983), que completaria 60 anos no dia 2 de junho de 2012.

A poeta carioca se destacou na década de 1970 por seu estilo intimista, marcado pela coloquialidade e tem sido objeto de leituras que cada vez mais a singularizam. Foi realizado um bate-papo entre o poeta Armando Freitas Filho, que foi grande amigo de Ana Cristina, e a escritora e professora de teoria crítica da cultura da UFRJ, Heloisa Buarque de Hollanda, de quem a homenageada foi aluna.

Vídeo do debate na íntegra: Ana Cristina Cesar, Armando Freitas Filho, Heloisa Buarque de Hollanda, poesia.

Ivan Lessa em dez frases

Mais sobre Ivan Lessa: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/06/ivan-lessa-em-dez-frases.html

Kassab fecha o cerco sobre saraus na periferia

Destaque esquerda | Cultura Em entrevista ao Brasil de Fato, Robinson Padial, o poeta Binho, fala do fechamento de um dos mais tradicionais espaços de socialização da periferia 13/06/2012 José Francisco Neto da Redação Sarau do Binho em atividade antes do bar ser fechado por falta de alvará - Foto: Sarau do Binho A periferia de São Paulo perdeu mais um espaço de cultura, dessa vez na região do Campo Limpo, zona sul da Capital. O bar onde acontecia o tradicional Sarau do Binho, toda segunda-feira, foi fechado pela prefeitura devido à falta de alvará de funcionamento, com multas chegando a R$ 8 mil. O movimento dos saraus ganhou força na década de 2000 e se espalhou pelas periferias de São Paulo como pólos de resistência especialmente ligados à cultura hip-hop. Nas últimas semanas, a prefeitura de São Paulo fechou o cerco sobre o movimento. Além do sarau do Binho, o fechamento do Bar Lua Nova, no bairro do Bixiga e do Sarau da Poesia na Brasa, realizado no bairro Brasilândia, apontam para cerceamento por parte da prefeitura de atividades culturais com as mesmas características. Porém, Robinson Padial (Binho) revela que a questão não é apenas o documento que permite ou não o funcionamento do bar, pois por de trás do alvará, afirma que há um fator político. “Alvará de funcionamento ninguém tem. A questão é que se você não aceita colocar uma faixa de vereador aqui ou outra ali, é isso que vai acontecer. Então, é uma moeda de troca, tanto pra voto como pra dinheiro.” Segundo ele, o sarau é um meio que a população busca para se formar, onde ela acaba se encontrando e se colocando no mundo, porque normalmente fica escondida e se omite. “No sarau você está livre e de frente pra todo mundo com sua poesia. Acredito que isso ajuda a nos fortalecer como ser humano.” Em entrevista ao Brasil de Fato, Binho conta sua trajetória, suas dificuldades e conquistas nestes oito anos de trabalho cultural e político na região do Campo Limpo, e também fala das perdas que serão consequentes devido ao encerramento das atividades do sarau. ”Esse era o nosso ‘estar no mundo’, e acabamos perdendo isso também. Brasil de Fato – De onde surgiu a ideia de fazer sarau? Robinson Padial (Binho) – Surgiu em 1996, quando a gente fazia a noite da vela, em que ficávamos tocando música em vinil. Aí, de repente, entre uma música e outra, uma pessoa virava e falava que queria fazer uma poesia. A partir daí podemos dizer que a noite da vela foi um embrião do sarau, foi quando a poesia começou a ganhar destaque. Na época de eleição nós começamos a fazer algumas ações também. Tirávamos as placas dos políticos e colocávamos poesia no lugar delas. Só que ainda não era sarau. Foi o pessoal do Sarau da Cooperifa que veio com essa ideia posteriormente. Mas então já existia o sarau da Cooperifa na época? Ainda não. O sarau da Cooperifa veio depois. A gente fazia a noite da vela, mas não chamava de sarau. Quantas pessoas freqüentavam o sarau em seu bar? Em média cem pessoas, às vezes mais, às vezes menos, mas em média era isso. Fora a poesia, quais as outras apresentações que já tiveram lá? Já teve apresentações de música, dança, maracatu, além de projeção de vídeos, debates e diversas outras atividades. Qual a importância do sarau para a periferia? O sarau é um espaço que acontece dentro de um estabelecimento privado, só que ao mesmo tempo ele é público, onde você não precisa consumir nada para frequentar. Então, a importância é que é um espaço em que se criam outras relações em outros ambientes, inclusive geográficos. Às vezes a gente é convidado a fazer o sarau num outro lugar que tem uma estrutura, como por exemplo no Centro Educacional Unificado (CEU), mas você não consegue atingir o objetivo, pois é um local fechado e a relação acaba sendo outra. Como o sarau ganhou essa força? Foi através de divulgação, ou as pessoas que passaram a freqüentar que divulgavam? Foi divulgado de boca em boca. Já existia o movimento nessa parte cultural, mas isso em outro bar que eu tinha. A partir daí começamos a conhecer outros poetas, inclusive foi nessa época que a o sarau da Cooperifa estava no início, se formando. Portanto, o próprio movimento que já tinha um caldo cultural ajudou a gente nesse sentido. Por que os saraus nesses últimos anos têm se popularizado nas periferias? Porque no sarau todo mundo participa,é um meio em que a população busca para se formar. As pessoas acabam se encontrando, se colocando no mundo, porque normalmente elas ficam escondidas, se omitem, e no sarau não, você está livre e de frente pra todo mundo com sua poesia. Acredito que isso ajuda a nos fortalecer como ser humano Então o sarau acaba agregando as pessoas? Com certeza. Além de agregar ele te faz crítica também, pois tem diversas discussões no sarau. Lá no meu bar, por exemplo, a gente já discutiu o pré-sal, a questão dos guaranis-kaiowás, moradia, agrotóxico, enfim, a gente vai criando também um cidadão mais crítico nesses espaços. Qual será a maior perda, já que agora a prefeitura de São Paulo mandou fechar o seu bar alegando que você não tinha alvará de funcionamento? A maior perda é não ter mais um espaço em que você construía a memória. Embora a gente tenha muita coisa gravada e registrada, acabamos perdendo a referência do espaço físico também. Fora a relação que a gente tem de pertencimento. Ali era um local em que as pessoas recitavam seus poemas e exercitavam seus pensamentos. Esse era o nosso “estar no mundo”, e acabamos perdendo isso também. Você acha que o papel político do sarau pode ter motivado a prefeitura a fechar o seu estabelecimento comercial? Você acha que tem algum fator político por trás da liberação desse alvará? Tem sim. Porque ali era um foco de resistência que incomodava de certa forma. Sempre fizemos um trabalho independente, ou seja, eles (políticos) sabiam que não faríamos parceria em nenhum momento. No passado, não muito recente, tentaram se aproximar de alguma forma da gente, mas felizmente nós não corremos com esses caras. Portanto, tem um viés político, pelo motivo de você não compactuar, ou não se aliar a determinado vereador, entendeu? Então já teve político que procurou vocês lá para algum tipo de parceria? Não diretamente. Eles estão por aqui, os coronéis mandam, as prefeituras estão loteadas pelos vereadores, então a gente está refém. Nós nunca quisemos nos aliar a esse tipo de coisa, portanto isso se paga com um preço. Existem outros saraus que correm o risco de ter esse mesmo destino? Tem outros locais que também já tiveram multas, já sofreram outras retaliações, então não é uma coisa só aqui, sabe. O que as pessoas não entendem é que a gente decidiu fazer os saraus nesses espaços, porque é o único lugar que a gente tem. Nós não temos espaços públicos nas periferias, não tem parque, não tem uma praça, uma área verde, então a gente cria um espaço para que as pessoas se socializem. A gente não está lá (no bar) pra vender bebida. Não quer ver ninguém ficar doidão. Lá é um espaço de convivência social. Outros coletivos têm apoiado o sarau depois do fechamento? Tem. Realmente o pessoal se identificou com o sarau. Porque, na verdade, o que aconteceu foi uma arbitrariedade por parte da prefeitura, pois ninguém dialogou, simplesmente mandou fechar, deu multa e a gente não pôde abrir mais. As multas são de R$ 8 mil. E o sarau do Binho, continua? O sarau continua sim, a gente não vai desistir. Agora será um sarau itinerante, na medida do possível, conforme a gente conseguir fazer e se locomover. A gente vai fortalecer outros espaços culturais, outros parceiros que apoiam a causa e que estão junto com a gente. Então nós vamos circular um pouco com o sarau. E o bar? O bar vai ficar fechado, não tem mais condições de ficar aberto, infelizmente. Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/9808

Poesia e Irreverência na Bienal do B - A Poesia na Rua

Notícias - Notícias da ONG Escrito por Ascom T-Bone 2ª edição da Bienal terá como patrono o poeta, romancista e contista alagoano Lêdo Ivo, 87, membro da ABL (Academia Brasileira de Letras). Segunda edição do evento terá mais de 70 poetas, artistas locais e músicos renomados como Beto Guedes e João Donato. Os encontros serão de 26 a 29 de junho, na 312 Por Natalia Emerich Cantor e compositor apresenta-se na noite do dia 28/06 Ouvidos alertas, olhos atentos e coração aberto porque vem por aí mais uma edição da Bienal da Poesia de Brasília, mas pode chamar pelo nome carinhoso de Bienal do B. De 26 a 29 de junho, a calçada da 312 Norte (em frente ao Açougue Cultural T-Bone), será tomada pelas palavras. As junções de letras estarão presentes nas mais variadas formas, desde as frases inquietas de poetas às estrofes confortadas pelos acordes dos músicos que se apresentarão. Para as crianças, é claro, personagens interpretados por bonecos ganharão vida pelas mãos dos bonequeiros nos quatro dias de evento. As atividades começam sempre às 18h e vão até às 22h. Enquanto o sol se põe, nascem vidas e histórias infantis no palco improvisado para bonecos na bienal. Diariamente, companhias de teatro e brincantes apresentarão diferentes espetáculos que usam a brincadeira e o riso para conscientizar a meninada. No dia 26 (terça-feira) será a vez da Cia. Titeritar encenar Pedro e o Lobo. Dia 27 (quarta-feira), uma mistura de ritmos e personagens tradicionais da cultura brasileira será tema da peça Benedito, Abençoado e Bendizido. Quem comandará o vai e vem dos mamulengos será o bonequeiro Thiago Francisco. Na quinta-feira (28), a Cia. Pilombetagem promete muitas gargalhadas com a encenação de Benedito e o boi pintadinho. A programação infantil será encerrada no dia 29 (sexta-feira), com o espetáculo de conscientização ambiental, Natureza da gente, da Cia. Mamulengo Cagaita. Wagner Tiso fará show no dia 26/06 Já de noite, quando a lua estiver se preparando para cumprimentar os convidados, músicos da cidade darão o tom da confraternização musico/literária até que poetas e artistas subam ao palco, a partir das 20h, para declamar poemas e poesias. São 10 convidados por dia, pontos de vista diferentes e um pouco de cada artista juntos em favor da democratização da arte. Nomes de Brasília, como o poeta Nicolas Behr, membro do movimento VivaArte, são presença confirmada no evento. Para fechar as programações diárias, como de costume nos eventos T-Bone, músicos de renome e canções que marcaram a história da Música Popular Brasileira. Terça-feira tem Wagner Tiso. Quarta é a vez de Beto Guedes mostrar seu repertório no palco. João Donato promete encantar a plateia na quinta-feira e, para fechar a bienal em grande estilo, Fátima Guedes subirá no palco na sexta-feira. Dia 27 é a vez do Beto Guedes subir ao palco do T-Bone A programação da Bienal do B conta ainda com o lançamento do Livro da Bienal, uma coletânea imperdível com a participação de artistas e trabalhos publicados na primeira edição do evento, realizada em 2011. No dia 27, o encontro literário fará merecida homenagem à escritora e professora da Universidade de Brasília Lucilia Garcez. Em 2012 a bienal terá como patrono o poeta octogenário Lêdo Ivo, ícone da poesia brasileira. O evento é uma realização do Açougue Cultural T-Bone. Serviço: Data: 26 a 29 de junho Local: Açougue Cultural T-Bone (312 Norte) Indicativa: livre Horário: a partir das 18 horas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

UnB Cerrado leva ciência até a Chapada dos Veadeiros

NO CAMINHO DO ALTO UnB Cerrado leva ciência até a Chapada dos Veadeiros para colaborar com o desenvolvimento e preservação da região Reflorestamento do cerrado: Reunião com a comunidade define estratégia de recuperação da natureza João Paulo Vicente Repórter · Revista darcy - João Paulo Vicente Repórter · Revista darcy A 230 km de Brasília e a salvo do fim do mundo, Alto Paraíso é tranquila no meio da semana. Menos numa casinha azul construída num terreno com pouco mais de 400 m2. É a sede provisória da UnB Cerrado, nome abreviado do Centro de Estudos do Cerrado da Chapada dos Veadeiros. Num canto, Adriele da Silva, de 15 anos, desenha com duas amigas uma planta baixa com a proposta de jardim e horta para o local. Na cena se concretiza um projeto que, nas palavras do idealizador Dáda, é a tradução do sonho que Darcy Ribeiro tinha de uma universidade voltada para as pessoas. Dáda é Eduardo Estellita, paranaense que se mudou para Alto Paríso em 1980, quando era “um jovem que queria mudar o mundo”. Em 2006, vereador pelo Partido Verde, ele apresentou na 2a Conferência Nacional do Meio Ambiente a proposta do que se tornaria o Centro. Em seguida buscou o apoio do senador e colega de sigla Fernando Gabeira, que pediu a Dáda apenas que encontrasse uma universidade para participar da empreitada. É aí que entra Nina Laranjeira, professora de Ciências Naturais da Faculdade de Planaltina (FUP). Ela ouviu a ideia de Dáda num evento sobre a bacia do Alto Tocantins, em 2007. Geóloga de formação, ela está ligada à educação ambiental desde o ínicio dos 90 e aceitou o desafio. Hoje, Nina coordena os cerca de 20 professores que desenvolvem trabalhos, programas e pesquisas na UnB Cerrado. “O que nós queremos aqui é compartilhar conhecimentos e trocar saberes”, afirma a professora. A equipe tem profissionais de áreas da Saúde, Biologia, Química, Artes, Turismo, Educação e Veterinária. O único pré-requisito necessário para quem quer entrar no Centro é ter interesse em investir seus conhecimentos na região. As atividades desenvolvidas estão divididas em dois grandes grupos: o da biodiversidade-ambiente e o sociocultural. Além dos professores do Distrito Federal, cerca de 40 alunos de graduação vão até a Chapada a cada 15 dias. A maior parte do trabalho, no entanto, é feita por tutores e estagiários da própria cidade. “Assim acontece um processo de formação em rede. Ao mesmo tempo em que essas pessoas nos auxiliam, aprendem a se organizar e planejar”, explica a professora Nina. A busca pela ajuda dentro da própria comunidade não para por aí. No regimento do Centro, existe espaço para a entrada de colaboradores, ou seja, alto-paraisenses que proponham a criação de projetos e participem ativamente dos trabalhos. O principal foco da UnB Cerrado é auxiliar o desenvolvimento sustentável de toda a Chapada dos Veadeiros, além de resgatar e registrar a história e a cultura da região. Nina acha que para chegar a esse ponto ainda é preciso conhecer melhor a comunidade. “Nós temos que descobrir os potenciais deles e eles têm que descobrir o que querem da UnB.” Cidade Fraternidade Uma das iniciativas da UnB Cerrado no ano passado foi a criação de Cursos de Formações de Jovem: 80 alunos do ensino médio e fundamental receberam bolsas de iniciação científica e extensão júnior para fazerem aulas de Comunicação e Mídia, Reparo e Manutenção de Eletrônicos e Agroecologia. Em 2012 o trabalho será diferente. Em vez de aulas com tutores e professores, os alunos, bolsistas e voluntários participarão de oficinas e projetos para melhorar a qualidade de vida na área em que moram. É o que já ocorre na Cidade Fraternidade, a 37 km de Alto Paraíso, 12 deles em estrada terra. A Cidade é um vilarejo fundado em 1963. Ali, funciona uma escola financiada pela Organização Social Cristã-Espírita André Luiz, onde ocorrem as atividades do Centro. Em 2003, as terras ao redor da Cidade foram invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – logo em seguida, o Incra assentou 120 famílias no local. São os filhos desses agricultores que frequentam a escola e fizeram o curso da UnB Cerrado no ano passado. Agora, de volta aos encontros com Nina, eles discutem como fazer uma caracterização ambiental da área e um levantamento sobre a produção agrícola das famílias. “A maioria dessas famílias veio de áreas urbanas, eles não tinham ligação com o campo. O curso os sensibiliza, revaloriza a relação deles com a terra”, afirma a professora. Na Cidade Fraternidade, há uma horta onde os estudantes plantaram girassóis, feijão preto, melancia, amendoin, couve, tomate-cereja, rabanete, mucuma… Marcelo Correa da Silva, 16 anos e um pouco tímido, aponta cada uma das espécies sem titubear. “O curso ajuda a entender melhor aquilo que é a nossa realidade”, diz. Na terra do pai, ele diz que começou a reflorestar a área em volta de uma mina de água que não era perene, ou seja, secava. Espera conseguir mantê-la jorrando por um período maior a cada ano. Já Dhyonnes Nascimento, 16, e Mateus Rissiê, 18, aplicaram os conhecimentos que aprenderam de forma diferente. Eles se juntaram para fazer no lote de Mateus uma agrofloresta. “É uma junção de árvores frutíferas, leguminosas e hortaliças que se mantém sozinha, não precisa de muito manejo”, explica o mais velho. Noabio Moura, 21, por sua vez, concluiu o curso de reparo de eletroeletrônicos. O rapaz mora no Moinho, povoado a 12 km de terra de Alto Paraíso. Ano passado, ia até a cidade para as aulas. Agora, vai acompanhar a turma de meninos mais novos do Moinho em projetos para revitalizar o povoado. Foi na sua casa que a professora Lívia Pena, também da FUP, deixou uma quantidade de mudas suficiente para lotar a carroceria do 4×4 que serve como transporte do Centro. Lívia é responsável pela parte de segurança alimentar e acompanhou a reunião que o tutor Sat Nam fez com jovens do Moinho para discutir onde plantar as mudas. O povoado recebe muitos visitantes, e os garotos planejam um jardim na entrada da área. Sat também fez uma proposta: se os jovens plantassem hortaliças suficientes para suprir todo o consumo do Festival Internacional de Cultura Alternativa que acontecerá no Moinho no meio do ano, ele se comprometia a comprar toda a produção. “O objetivo é despertar neles o interesse pela terra”, afirma. “Aqui tem cerca de 60 famílias. É um povoado mais antigo que Alto Paraíso e as lendas contam que foi fundado por escravos libertos”, conta. Outra preocupação do Centro de Estudos do Cerrado é reconstruir a história local. “É preciso registrar como surgiram os povoados, e também o conhecimento tradicional local”, afirma a professora Lívia. Com esse intuito, já foi organizada no Moinho uma Oficina sobre Ervas Medicinais e uma Cartilha sobre Partos e Nascimentos Naturais, ambas com os conhecimentos de Dona Flor, famosa parteira da região. “Também organizamos uma cartilha sobre alimentação saudável e nutrição, com a ajuda de quatro alunas extensionistas da FUP”, conta Lívia. Águas do Cerrado A famosa e bela natureza da Chapada dos Veadeiros não escapou dos esforços da UnB Cerrado. Um grupo de professores se dedica a estudar três rios da região: o São Bartolomeu, o Tocantinzinho e o Rio dos Couros. Valéria Belloto, professora do Instituto de Química e vice-diretora do Centro, encabeça o grupo que se preocupa com a qualidade química e microbiológica das águas. É o projeto de extensão Guardiões das Águas. “No ano passado, focamos o trabalho no São Bartolomeu. Ainda temos muita dificuldade para chegar até os outros dois”, afirma Valéria. Ela conta que a água do São Bartolomeu, que nasce dentro de Alto Paraíso e corre pelos povoados do Moinho e do Sertão, é praticamente natural em relação aos aspectos químicos, como acidez e salinidade. A análise microbiológica, no entanto, ainda não pode ser feita porque falta infraestrutura. “Os pontos de coleta são muito longe entre si e para medir a quantidade de coliformes fecais, por exemplo, eu só tenho 6 horas após a coleta.” A expectativa de Valéria é a instalação de um laboratório de biologia no prédio da UnB Cerrado (veja box), que permitirá fazer essas análises em Alto Paraíso. “As bacias da Chapada são pouco conhecidas”, afirma Valéria. Ao lado dela, outros professores da Biologia e da Química estudam a fauna e flora das águas da região. Também há aqueles que se concentram em observar o que acontece acima das árvores, como o professor Roberto Cavalcanti. Recentemente indicado para a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, no ano passado Cavalcanti levava estudantes da região para observar e fotografar pássaros ao redor de Alto Paraíso. A UnB Cerrado tem atividades desde 2009. Nesse primeiro ano, Nina Laranjeira percorreu os 230 km que separam a capital do Brasil da Chapada todos os finais de semana, com apenas três exceções. Agora, a Faculdade de Planaltina vai lançar um edital para professor substituto e ela poderá ficar direto na Chapada. “Temos muito trabalho a fazer por aqui, isso é só o começo. Mas gosto de pensar naquele provérbio chinês: ‘para voar alto, é preciso ter raízes profundas’.” http://www.revistadarcy.unb.br/?page_id=1242

100 anos de Eu, de Augusto dos Anjos: poesia e problemas

O projeto Arte em Aberto convida 100 anos de Eu, de Augusto dos Anjos: poesia e problemas por Vicente de Paulo Siqueira + Reginaldo Gontijo, com ensaio videofotográfico deste. Afinal, o engenho&arte do anjo magro e torto do Pau-d'Arco, o que faz no projeto que se propõe repensar as vanguardas? Na boca errada do povo, os poemas do filho do C e do NH3 rodopiaram à toda (escarro, vômito, gozo?)! E os modernistas, nada ou quase... até que Cabral exalte sua tinta turva, que escreve negro tudo, a geometria de enterro de seus versos enfileirados... Estamos, cem anos após, mais preparados para entender sua arte assombrosa, arrebatadora?! VPS, no texto abaixo, vincula Augusto à tradição de ruptura (esse belo e imprescindível oxímoro) - leiam-no e estejam no Sebinho - 406 N - no dia 13 de junho, às 19 h. , onde também acontece o quasevídeo (decerto um monstro de escuridão e rutilância) do Gontijo. (Veja também a cara diáfana do vate paraibano, contra serra e várzea, e o toque precioso do Octavio Paz - em anexo.) Os cem anos do "Eu", de Augusto dos Anjos, e a tradição da ruptura no Brasil Podemos pensar em Gregório de Matos, Sousândrade, Augusto dos Anjos e Pedro Kilkerry como os primeiros articuladores de uma tradição da ruptura, em poesia, no Brasil. O que há de comum entre esses poetas e que faz com que sejam agentes nessa ruptura da tradição: negar os modelos e o pensamento de sua época; propor novo olhar, novo sangue; romper com o que se continuava, atuar como atores/autores da transgressão, com proposições estéticas, atitudes ou abordagens políticas e/ou filosóficas que reinauguram o novo e apontam futuros na linguagem e na vida. No centenário do livro único de Augusto dos Anjos, "Eu", que veio a lume em 06 de junho de 1912, paramos para (re)pensar sobre o significado e os ecos atuais de sua poesia. No ambiente artificial do Parnasianismo/Simbolismo, em que o mais "justo" em literatura era a expressão do "sorriso da sociedade", e em meio às mais severas adversidades, surge a poesia de Augusto dos Anjos, versos marcados pela tragédia, pela reversão do evolucionismo de Haeckel e Spencer aos termos de um contrassimbolismo, uma antilírica, que nega a nebulosidade e o artificialismo, que reverte, ironiza, destrona a poesia. O "operário da ruínas" é também o eu lírico do poeta, a reconstruir verso a verso a sensibilidade decadente de nossa belle èpoque. O "verme" era a poética de Augusto, a viver da linguagem que decompunha; a fazer do verso decassílabo, do paradoxo, as ferramentas para a expressão de mundos em convulsão; a articular entre as palavras efeitos de cruel beleza, em lances explosivos que estremeciam e reativavam nossa tradição em poesia, pensando em outros termos a vida, a dor, o amor, a morte; não deixando passar em branco nem a imagem tão sagrada, naqueles tempos, do poeta, "Feto malsão, criado com os sucos / De um leite mau, carnívoro asqueroso, / Gerado no atavismo monstruoso / Da alma desordenada dos malucos". VICENTE PAULO SIQUEIRA: Poeta, contista, ensaísta, perfomer e arte-educador. Autor dos livros O Tao da Coisa (poemas, 1995), Lâmina (contos, 2004) e Abecedário (poemas visuais, 2009). Escreve, atualmente, roteiro de filme sobre Augusto dos Anjos. REGINALDO GONTIJO: Vídeo-cineasta, prosador experimental (Cituma ou O movimento da matéria, 1995) e poeta digital (DVD Infininho). Dirigiu, com Luiz Fernando Suffiati, o vídeo (de curta-metragem) Tristão e Isolda (c. 1988) e o videofilme (longa) O Mar de Mário (1988-2010), estrelado pelo cineasta Mário Peixoto. Estão concluindo longa-metragem sobre o pensador Eudoro de Sousa.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Quarto Sarau do Coletivo de Poetas

O Coletivo de Poetas e o 2º Clichê convidam para o sarau a ser realizado neste sábado, 16 de junho de 2012, das 19h às 23h. Músico convidado: Sérgio Moraes (voz e violão). SM mostrará composições próprias. Serão feitos os relançamentos dos livros Bar do Escritor (terceira dose), por Giovani Iemini (org.); Para que não reste silêncio (poesia), de Hélio Soares Pereira; e a 2ª Coletânea Poética do Guará, por Adilson Cordeiro Didi (org.). Os escritores autografarão seus livros, falarão um pouco da sua vida e obra e recitarão e/ou lerão poemas seus e/ou de outros autores. A plateia poderá fazer perguntas. Alceu Brito Corrêa e Menezes y Morais atuarão como mestres de cerimônia. Haverá sorteio de livros de autores residentes no DF e o quadro Poesia na roda, quando representantes do público poderão recitar ou ler poemas de suas preferências. Sarau do Coletivo de Poetas 2º Clichê Bar e Cachaçaria CNL 107 Bl "C" lj 57 – (61) 3201-5749. Sábado, 16, das 19 às 23h. Couvert: R$ 7 (sete reais).

Vem aí a 2ª Bienal de Poesias do "B" - A Poesia na Rua