sexta-feira, 30 de maio de 2014

O poeta e especialista em África Alberto da Costa e Silva é o vencedor do Prêmio Camões 2014


Nota do Ministério da Cultura destaca atuação do poeta e diplomata brasileiro

Publicação: 30/05/2014 16:53 Atualização:

O poeta Alberto da Costa e Silva ganhador do principal prêmio da língua portuguesa (APL/Divulgação)
O poeta Alberto da Costa e Silva ganhador do principal prêmio da língua portuguesa


O poeta e especialista em África Alberto da Costa e Silva é o vencedor do Prêmio Camões 2014. O anúncio foi feito hoje, no Hotel Tívoli, em Lisboa, pelos jurados do prêmio: os escritores Affonso Romano de Santanna, Antonio Carlos Secchin , Mia Couto e José Eduardo Agualusa, a professora universitária Rita Marnoto e o jornalista José Carlos Vasconcelos.

Alberto da Costa e Silva é diplomata, historiador, memorialista e atual orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Ocupante da Cadeira número 9ª da Academia Brasileira de Letras.

Filho do poeta Antônio Francisco da Costa e Silva, foi escolhido, em 2004, como “Profissional do Ano” , pela União Brasileira de Escritores (UBE). Recebeu o prêmio Jabuti, em 1997, pelo livro de poesia “ Ao Lado de Vera”. Escreveu mais de 26 livros entre poesia, memória e história.

Alberto da Costa e Silva é membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000 e receberá 100 mil euros.

Instituído pelos governos brasileiro e português em 1988, o prêmio é atribuído a escritores que tenham contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa. Esta é a 26ª edição do prêmio. O escritor moçambicano Mia Couto, de Moçambique foi o vencedor do prêmio em 2013.

A comissão julgadora é composta por seis jurados, dois de Portugal, dois do Brasil e dois membros dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palops).


O Prêmio Camões já foi concedido aos seguintes escritores:


1989 - Miguel Torga, Portugal

1990 - João Cabral de Melo Neto, Brasil

1991 - José Craveirinha, Moçambique

1992 - Vergílio Ferreira, Portugal

1993 - Rachel de Queiroz, Brasil

1994 - Jorge Amado, Brasil

1995 - José Saramago, Portugal

1996 - Eduardo Lourenço, Portugal

1997 - Artur Carlos M. Pestana dos Santos, o Pepetela, Angola

1998 - Antonio Cândido de Melo e Sousa, Brasil

1999 - Sophia de Mello Breyner Andresen, Portugal

2000 - Autran Dourado, Brasil

2001 - Eugênio de Andrade, Portugal

2002 - Maria Velho da Costa, Portugal

2003 - Rubem Fonseca, Brasil

2004 - Agustina Bessa-Luís, Portugal

2005 - Lygia Fagundes Telles, Brasil

2006 – Luandino Vieira, Angola – nascido em Portugal

2007 - António Lobo Antunes, Portugal

2008–João Ubaldo Ribeiro, Brasil

2009- Armênio Vieira, Cabo Verde

2010- Ferreira Gullar, Brasil

2011-Manoel Antonio Pina, Portugal

2012- Dalton Trevisan, Brasil

2013- Mia Couto, Moçambique

2014- Alberto da Costa e Silva

terça-feira, 13 de maio de 2014

Falta de governança expande fronteiras do desmatamento no Amazonas

Publicado em maio 13, 2014

desmatamento

Publicação lançada pela ONG Idesam traça um raio-x dos municípios do sul do Estado e mostra o baixo índice de governança como um dos principais cúmplices do desmatamento

Governança ambiental consiste na capacidade de um grupo de instituições, sejam públicas ou privadas, em implementar ações específicas (ambientais) em determinado local. Para medir a governança de um município é preciso levar em consideração um grande número de fatores, que envolvem estruturas e processos políticos, econômicos e sociais, o que torna uma avaliação uma tarefa bastante difícil e subjetiva.
Buscando estabelecer uma forma clara e objetiva de realizar esse tipo de avaliação, um estudo realizado pelo Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável) em 12 municípios do sul do Estado do Amazonas criou o Índice Consolidado de Estrutura de Governança Ambiental e Desmatamento. Trata-se de uma matriz que agrega uma série de indicadores e características dos municípios e, ao final, permite a elaboração de um ranking onde cada município recebe uma ‘nota’.
A motivação para criar esse sistema de avaliação veio na necessidade de selecionar os locais melhor preparados para receber projetos ambientais, voltados para o controle do desmatamento e redução de emissões (de carbono). “Buscamos entender quais áreas tem maior prioridade e melhor estrutura de governança para receber uma iniciativa de redução de emissões”, afirma o pesquisador Gabriel Carrero, coordenador do estudo.
Conforme Carrero, uma estrutura mínima de governo é fundamental para a consolidação das políticas ambientais e de uso da terra. E estrutura é geralmente a maior carência dos municípios do interior da Amazônia.
“O IPAAM [Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas], órgão público responsável pelo controle do desmatamento no Estado, não possui sede própria em nenhum desses municípios”, destaca.
DESCASO – Durante a pesquisa, os pesquisadores levantaram informações referentes à presença de conselhos municipais, existência de associações comunitárias e produtivas, a quantidade de áreas sob algum regime de proteção, presença de órgãos governamentais, entre outros.
Todas essas informações estão compiladas em um relatório, que será lançado pelo Idesam na próxima sexta-feira (7) e foram consideradas na avaliação final dos municípios. O que se viu, foi uma notória ausência do Estado, fator que contribui para o aumento das ocupações em áreas de floresta e suas consequências, onde exploração ilegal de madeira, desmatamento e produção extensiva de gado são as mais notáveis.
“Elas contribuem para acelerar a destruição das florestas e para aumentar os conflitos por terra e a violência no campo contra populações tradicionais e indígenas”, afirma o pesquisador.
RESULTADOS – A partir da avaliação no Estado do Amazonas – considerando os 12 municípios participantes do Profloram – os locais indicados no estudo para viabilidade foram os municípios de Lábrea e Apuí, que constantemente figuram na lista dos mais desmatadores do Estado.
Com as devidas adaptações, a matriz pode ser aplicada a outras realidades, sendo uma importante ferramenta na elaboração de novos projetos ambientais.
PROFLORAM – O Projeto de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Conservação da Floresta Tropical no Estado do Amazonas (PROFLORAM) é coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS, e tem como objetivo contribuir para o aumento da efetividade da gestão ambiental e territorial em áreas sob intensa pressão pelo uso dos recursos naturais. O projeto foi iniciado em 2012 e segue até o próximo ano.
A área de intervenção do Profloram são as regiões Sudeste e Baixo Amazonas do Estado, que se encontram na fronteira do arco do desmatamento e que sofrem elevado grau de antropização e desmatamento, totalizando 12 municípios: Boca do Acre, Lábrea, Canutama, Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, Apuí, Maués, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Parintins e Nhamundá.
Os doze municípios respondem, atualmente, por mais de 40% da área desmatada no Amazonas, ao passo que contribuem com apenas 4% do PIB do Estado.
O estudo Análise de mudança de uso da terra e estrutura de governança ambiental nos municípios do Profloram está disponível online e pode ser acessado em idesam.org.br/biblioteca
Colaboração de Samuel Simões Neto, do Idesam, para o EcoDebate, 13/05/2014

terça-feira, 6 de maio de 2014

Catálogo reúne espécies de pássaros na Reserva Mata do Passarinho

Um dos destaques é o raríssimo entufado-baiano, ameaçado de extinção


Marcus Celestino
Estado de Minas
Publicação: 06/05/2014 07:00 Atualização: 06/05/2014 08:21
 

Belo Horizonte - Com 650 hectares, a Reserva Mata do Passarinho, localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, é um alento para os que se preocupam com a preservação não somente da flora, mas também da fauna brasileira. A área, protegida pela ONG Fundação Biodiversitas, abriga 319 espécies de aves devidamente catalogadas, sendo que 38 delas são muito vulneráveis à extinção. Para divulgá-las, a organização preparou o Guia fotográfico da Reserva Mata do Passarinho, assinado pelos ecólogos Thais Aguilar e Alexandre Enout e pelo fotógrafo Ciro Albano.

Araçari-banana (Pteroglossus bailloni)
 (Ciro Albano/Acervo Biodiversitas/Divulgação)
Araçari-banana (Pteroglossus bailloni)


“O objetivo (do guia) é divulgar o trabalho de conservação do remanescente florestal do Baixo Jequitinhonha e do grande número de espécies raras no local. Além disso, queremos mostrar a conservação do entufado-baiano (Merulaxis stresemanni) e estimular o ecoturismo na reserva, pois é um local de extrema importância para tal”, diz Enout. A ave citada pelo autor é exclusiva da Reserva Mata do Passarinho, e oito indivíduos são monitorados constantemente. Estima-se, porém, que cerca de 30 animais da espécie vivam na área. “Acreditamos que exista uma população maior, pois o entufado, além de raríssimo, é uma ave difícil de ser observada, pois fica nas áreas fechadas da floresta”, complementa Enout.

Grande vedete do livro, o pássaro foi redescoberto em 2005 pelo ornitólogo Rômulo Ribon, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A espécie foi descrita pela primeira vez em 1960, por Helmut Sick, especialista alemão que partiu de exemplares coletados em Salvador e Ilhéus, na Bahia, nas décadas de 1830 e 1940, respectivamente. Depois disso, a ave voltou a ser registrada em 1995 pelo francês Gerard Baudet, na Fazenda Jueirana, localizada em Una, município baiano próximo de Minas Gerais. Depois de inúmeras tentativas, o entufado só foi avistado 10 anos mais tarde na cidade de Bandeira, situada às margens do rio de mesmo nome e do Rio Rubim, no Vale do Jequitinhonha.


Encontro de Poesia “Euro-brasileiro”

Encontro de Poesia
Data: 16/05
Horário: 19:30
Espaço Cultural Instituto Cervantes
Entrada Franca

O evento será um encontro de poesia “Euro-brasileiro” em homenagem ao diálogo intercultural onde serão lidas poesias de alguns autores, na língua de origem e em português. Grandes poetas de diferentes paises confirmaram a presença para o Encontro de Poesia:

BRASIL:
- Pedro Tierra (Hamilton Pereira), Secretário de Cultura do GDF.
CROÁCIA:
- Sr. Drago Stambuk, Embaixador da Croácia.
ESPANHA:
- María Amelia Guzmán Martinez Valls,  Conselheira de Comércio da Embaixada da Espanha.
- Alfonso Hernández Torres, professor do Instituto Cervantes.
POLONIA:
- Professor Henryk Siewierski, coordenador da Cátedra Cyprian
Norwid de Estudos Poloneses da Universidade de Brasília (UnB).

Sarau Falsa Abolição


sexta-feira, 2 de maio de 2014

Laboratório/Show - Eduardo Rangel convida Haroldinho Mattos, Joaquim França, Carla Andrade e Chico Sassi

Laboratório/Show
Eduardo Rangel convida Haroldinho Mattos, 
Joaquim França, Carla Andrade e Chico Sassi

Segunda-feira, 05 de Maio, 20:30h
Feitiço Mineiro, 306 Norte
MOSAICO VERMELHO MOLDURA.jpg
Laboratório/Show
O clima de encontro de amigos é resgatado no projeto Laboratório/Show, comandado pelo cantor e compositor Eduardo Rangel que divide o palco com importantes compositores, instrumentistas, poetas, atores e artistas plásticos da cidade. 
Nesta segunda, dia 05/05, Rangel interpretará trechos do show “Adoraveis Malditos - Sergio Sampaio e Torquato Neto”, ao lado do maestro Joaquim França ao piano, e prestará homenagem ao compositor brasiliense Paulo Tovar.
Como convidados desta edição, Rangel recebe o compositor e guitarrista Haroldinho Mattos, a poeta Carla Andrade e o artista plástico Chico Sassi.
O Laboratório/Show promove um ambiente descontraído de sarau, ao lado de convidados com repertórios, arranjos e performances criados exclusivamente para o projeto, proporcionando ao público uma estimulante experiência cultural.
A cada segunda-feira, o escritor e radialista Ruy Godinho conta a história de como foi criada uma canção consagrada da MPB, a qual é interpretada em seguida por Rangel. As histórias contadas se baseiam na série de livros “Então, Foi Assim?”, do próprio Godinho.
O projeto chega a sua oitava edição e acontece às segundas-feiras no Feitiço Mineiro, um espaço aconchegante, propício para ouvir e desfrutar com amigos momentos de sensibilidade e liberdade criativa, onde Rangel resgata repertórios autorais e releituras musicais.

SERVICO:
Laboratório/Show - Eduardo Rangel e convidados
Participações especiais: Haroldinho Mattos (compositor), Carla Andrade (performance poética), Joaquim França (pianista e arranjador), Chico Sassi (artista plástico) e Ruy Godinho ("Então, foi assim?")
Data: 05 de maio (segunda-feira), 20:30h
Local: Feitiço Mineiro - 306 Norte, Brasília
Couvert promocional: R$10
Reservas: (61) 3272-3032
SOBRE OS CONVIDADOS
Haroldinho Mattos - guitarrista, cantor e compositor
Haroldinho Mattos é um dos mais originais e intensos guitarristas do BrasiL. Sofisticando sua linguagem e sua expressão, em sua musicalidade, encontram-se sem problemas o blues e a batucada, o rock e o carnaval, a música experimental e o aleatório. O artista integrou bandas como Mel da Terra, Plug de pop rock, com apresentações no Circo Voador (RJ); Oficina Blues - banda de leituras tradicionais de blues que se transformou em grupo autoral, apresentando-se em vários locais como Nescafé e Blues, duas vezes no Programa Jô Soares da TV Globo, São Paulo e Goiânia; Another Blues Band - banda projeto free de blues, Akeneton, em Montreux (Suíça) e também a banda Preserve a Amazônia; Paraguai Haroldinho Mattos - Embaixada Brasileira; Carnaval na Bahia com o trio elétrico do rock - Bruno Nunes e Guitar player junto a Adriano Fachini, Renato Mattos, Renato Vasconcellos e Paulo Tovar, entre outros artistas de renome.

Carla Andrade - poeta
Carla Andrade Bonifácio Gomes atua como jornalista e poeta, tendo lançado os livros Conjugação de Pingos de Chuva (Editora LGE) e Artesanato de Perguntas (DROP Editora), este ultimo sendo publicado pela segunda vez pela editora 7Letras, que foi lançado na Livraria Cultura. Ambas as obras obtiveram recursos do Fundo da Arte e da Cultura (FAC) do Governo do Distrito Federal, ganhando matérias e publicações em jornais e revistas como o jornal Correio Braziliense e a revista Vida Simples, da Editora Abril. Suas poesias estão no site Poesia Brasis, do poeta Antônio Miranda, no conceituado poesia.net e nas revistas eletrônicas literárias Germina e Mallarmargens. 

Chico Sassi  - artista plástico
Chico Sassi é um autodidata com nível superior. Formado pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes em 2002.  Pinta desde os dezessete anos e trilhou o próprio caminho. Seu trabalho é construído com cores fortes e formas geométricas que criam uma alusão à figura humana. Retrata um mundo bucólico e nostálgico que parece pedir por dias melhores. Algumas influências: Van Gogh, Matisse Chagal, Picasso, Modigliane, Iberê Camargo.

Joaquim França - regente, pianista e arranjador
O maestro e arranjador Joaquim França tem formação em regência, composição e licenciatura pela Universidade de Brasília. Foi maestro titular da Orquestra Filarmônica de Brasília de 1993 a 2007, onde acompanhou grandes artistas da MPB como Francis Hime, Guilherme Arantes, Édson Cordeiro, Rosa Passos e Hamilton de Holanda entre outros. 
Regeu diversos concertos com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, onde, no período de 2003 a 2006, atuou como regente assistente do maestro Silvio Barbato. Gravou para TV e em CD a trilha sonora da minissérie Quando Fui Morto em Cuba , com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Participou como maestro e arranjador no DVD Choro Sinfônico, do bandolinista Hamilton de Holanda, no CD “Eduardo Rangel e Orquestra Filarmônica de Brasília”, e do show Brasil Clássico Caipira, gravado para a Rede Brasil de Televisão.

Sobre Eduardo Rangel
Rangel gravou seu primeiro disco ao vivo, "Pirata de Mim", em 1998, na casa carioca "Mistura Fina". Sua música "Copacabana Blues" valeu indicação à melhor composição brasileira pelo VII Prêmio Sharp de Música, atual Prêmio da Música Brasileira. O segundo CD ao vivo, "Eduardo Rangel & Orquestra Filarmônica de Brasília”, foi lançado em 2006, no Teatro Nacional de Brasília, com 60 instrumentistas regidos pelo maestro e arranjador Joaquim França. Atualmente o artista divulga seu primeiro álbum gravado inteiramente em estúdio. O CD, intitulado simplesmente "Eduardo Rangel – Estúdio" se destaca pela engenharia de áudio e participações de músicos como Leo Gandelman, Milton Guedes, Leo Brandão e Torcuato Mariano. Rangel tem composições gravadas por Edson Cordeiro, Márcio Faraco (em parceria), Indiana Nomma, Renata Arruda, Célia Porto, Antenor Bogéa, Ju Cassou e Suzana Maris, entre outros.

Laboratório/Show
Produção executiva: Silvia Mello
Asistente de produção: Du Oliveira
Imagem ilustrativa: montagem sobre fotos de Débora Amorim, Fred Brasiliense, Nilo Santos e Tahina Diniz.