quinta-feira, 12 de março de 2015

Reestruturação das regiões administrativas gera debate em plenário


O projeto de lei nº 182/2015, que trata da reestruturação das regiões administrativas do Distrito Federal, voltou a ser tema de pronunciamentos no plenário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (4). O primeiro a levantar a discussão foi o deputado Wasny de Roure (PT), que fez um apelo ao governador para retirar a proposição da pauta. Para o distrital, a proposta apenas funde as administrações, sem implicar na redução de gastos.
Wasny argumenta, ainda, em favor da importância das administrações regionais para a autoestima dos moradores. "É preciso ter claro que elas representam os anseios das populações, que têm realidades sociais e históricas muito diferentes. O que o Park Way tem a ver com a Candangolândia ou com o Núcleo Bandeirante? E o Varjão com o Lago Norte?", defendeu. O distrital fez questão de ler uma mensagem de moradores do Jardim Botânico reivindicando o "direito de gerir a comunidade".
A favor da reestruturação das administrações regionais, o deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT) pontuou, no entanto, alguns problemas no texto do projeto encaminhado pelo Executivo. "Só tem sentido unir administrações se isso for para reduzir cargos. E isso não está claro no PL", defendeu. Entre as alterações ao projeto, ele sugeriu que 70% dos cargos de natureza especial e em comissão sejam ocupados, privativamente, por servidores de carreira, como forma de acabar com a "barganha política" e permitir uma moralização.
O líder do governo na Casa, Raimundo Ribeiro (PSDB), saiu em defesa da proposta argumentando já terem sido feitos cortes de cargos comissionados, por meio de decreto, antes da elaboração do texto do PL. "O que veio foi uma estrutura com os cortes incorporados", afirmou. O distrital pregou a discussão do projeto, defendendo debates com a população em comissão geral e audiências públicas.
BRT – Na sessão desta tarde, o deputado Prof. Reginaldo Veras fez duras críticas ao BRT, que liga o Gama a Santa Maria. "Essa é, talvez, uma das obras mais vergonhosas do governo Agnelo, assim como a ampliação da EPTG é uma das maiores aberrações do governo Arruda". Para o distrital, o BRT tem se mostrado "inútil": "Passa um ônibus a cada 15 minutos, e nem gado é tão mal tratado como as pessoas são na área de embarque".
Denise Caputo - Coordenadoria de Comunicação Social 
 
 

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