terça-feira, 30 de outubro de 2012

Declame para Drummond


O projeto Declame para Drummond está realizando durante o mês de outubro de 2012 vários eventos, saraus, intervenções para distribuir os poemas autorais enviados para celebrar os 110 anos de Drummond. A comemoração no Rio de Janeiro será no dia 31 de outubro – dia do aniversário do poeta – na estátua de Drummond – próximo ao Forte de Copacabana.
Venha e Declame para Drummond!
SOBRE O PROJETO
Imagine encontrar um poema – todo arrumadinho – no meio do caminho para o trabalho ou para casa... essa surpresa se repetirá centenas de vezes neste mês de outubro pelo Brasil, por Portugal e por onde mais houver pessoas dispostas a embelezar sua cidade com poesia em homenagem ao aniversário do poeta Carlos Drummond de Andrade.

O projeto Declame para Drummond 2012 é um intercâmbio de poesia autoral em homenagem ao poeta que completaria 110 anos no dia 31 de outubro deste ano. O coletivo, formado - coincidentemente - por 110 poetas, distribuirá milhares de poemas em suas cidades para que sejam encontrados “no meio do caminho” de algum ilustre desconhecido. O Declame para Drummond é uma iniciativa da poeta e produtora cultural independente Marina Mara em parceria com poetas de várias regiões do país e também de Portugal.
O coletivo se formou a partir de um anúncio via redes sociais e em pouco tempo já eram dezenas de poetas (dos bons) aderindo e apresentando sua poesia para o nosso vasto mundo, fazendo-se cumprir o papel social da arte poeticamente. Quem quiser distribuir os poemas em suas cidades deverão acessar o www.marinamara.com.br e imprimir os textos devidamente identificados com o nome do projeto e uma caricatura do poeta Carlos Drummond de Andrade feita pelo mestre Chico Caruso, que carinhosamente abraçou o projeto.

Além de mostrar que a poesia – e nossos poetas - estão bem vivos, o projeto também chama a atenção para a necessidade de consumir poesia em nossa sociedade atual. Segundo a idealizadora do projeto, “o Declame para Drummond, apesar ser uma homenagem ao grande poeta imortal, tem também como objetivo disseminar os poemas autorais de nossos poetas vivos, muitas vezes esquecidos pela nossa sociedade e pelo mercado literário”.
A edição de 2010 realizou um sarau aberto com a participação de vários poetas, da família de Drummond, além do público que declamou próximo à sua estátua na praia de Copacabana – RJ. Nessa edição, uma estrutura com mil poemas enviados de todo o Brasil foi instalada no local – era só escolher e declamar – leia mais no www.marinamara.com.br.
Declame para Drummond em sua cidade - distribua poesia.


COLETIVO DECLAME PARA DRUMMOND 2012
A. Gianello – Martinópolis – SP
Afonso Caramano - Jaú – SP
Alberico Manoel dos Santos - Salvador – BA
Alen Guimarães - Brasília - DF
Alex Moura - Pau dos Ferros – RN
Alex Souza Magalhães - Porto Ferreira – SP
Almandrade - Salvador – BA
Ana Rosenrot – Jacareí - São Paulo
André L. Soares - Guarapari – ES
Andréa dos Santos – Brasília – DF
Angélica Torres - Brasília - DF
Anna Maria Ayres – Poços de Caldas – MG
Antonio César – Sinop – MT
Antônio de Pádua Elias de Sousa – Formiga – MG
Apollo Mendes - Santa Luzia – MG
Arlete Trentini dos Santos - Gaspar – SC
Artur Cavalcante – Brasília – DF
Bárbara Leite - São Paulo - SP (Politeama)
Beth Jardim - Taguatinga - DF (Tribo das Artes)
Bianca Garcia - Rio de Janeiro – RJ
Brittox - São Paulo – SP
Bruno Bento - Teófilo Otoni – MG (Mucury Cultural)
Carla Menegaz - Porto Alegre – RS
Carla Schuch - Porto Alegre – RS
Caroline Sá - Conceição da Barra – ES
Clau Monteiro – Brasília – DF
Cris Dakinis - São Pedro da Aldeia – RJ
Cristiane Sobral – Brasília – DF
Dimythryus - São Paulo – SP
Dinorá C. Cançado - Taguatinga- DF (Biblioteca Dirina Nowill)
Edih Longo – São Paulo – SP
Edinar Corradini – Teresópolis – RJ
Elias Antunes - Taguatinga-DF
Elicio Pontes - Brasília – DF
Fabiana Ventura - Botucatu – SP
Fernando Luiz dos Santos - Botucatu – SP
Francisco César - Campo Grande – MS
Franklin Augusto Nunes - São José do Egito – PE
Geraldo José de Oliveira - Brasília - DF
Geraldo Trombin - Americana – SP
Gery Almeida - Diadema – SP
Giovani Iemini - Brasília - DF (Bar do Escritor)
Henrique Miranda – Rio de Janeiro – RJ
Igor Baseggio - Brasília – DF
Ilda Maria Costa Brasil - Porto Alegre – RS
Ingrit Setter - Mandaguari – PR
Isabel C S Vargas – Pelotas – RS
Jacob Miguel – Rio de Janeiro – RJ
João Pinho - Belém-PA
Joãozinho da Vila – Brasília – DF
Joaquim Caixeta – Brasília – DF
Jorge Amâncio - Brasília - DF (Poemação)
José Carlos Peliano – Brasília – DF
José Guerreiro – Portugal
José Henrique Calazans - Rio de Janeiro – RJ
Journey – Alagoinhas – BA
Julio Ribeiro Simões - Juiz de Fora – MG
Jussára C. Godinho – Caxias do Sul – RS
Juvenal Payayá – Salvador - BA
Keilla Ribeiro – São Paulo – SP
Laís Evelyne - Januária – MG
Lari Germano - Santo André - SP
Lenilson Xavier - Dom Viçoso - MG
Leônidas Grego – Salvador – BA
Lília Diniz – Brasília – DF
Lilly Araújo – Anápolis – GO
Lourdes Limeira - Paraíba – PB
Lucas Gibson - Rio de Janeiro – RJ
Luis Henrique Leão – SC
Luiz Felipe Vitelli - Planaltina - DF (Tribo das Artes)
Mano Melo – RJ ( Sarau Mano a Mano)
Marcos Avelino Martins – Goiânia – GO
Marcus de Bessa – Taguatinga - DF
Marina Gentile - Salvador – BA
Marina Mara – DF/RJ (Sarau Sanitário)
Marisa Vieira – Rio de Janeiro - RJ
Mauricio Antônio Veloso Duarte - Niterói - RJ
Maycon Batestin - São Paulo (Chá e Poesia)
Mirianne de Souza Costa - Campo Grande - MS
Mônica Lobo – Niterói - RJ
Nevinho Alarcão – Brasília – DF
Noélia Ribeiro - Brasília - DF
Paola Giovana – Belo Horizonte – MG
Paulinho Moska – Rio de Janeiro - RJ
Pedro Almeida Ribeiro - Vila Nova de Gaia - Portugal
Pedro Fernandes - Natal – RN
Pedro Lucas Lindoso – Manaus – AM
R. Borges – Erexim – RS
Regina Souza Vieira - Rio de Janeiro – RJ
Rego Júnior – Brasília - DF
Remisson Aniceto – Lapa – SP
Robinson Hiatus – Ilhéus – BA
Robisson de Albuquerque - Uberlândia - MG
Rodrigo Tafuri – Juiz de Fora – MG
Rodrigo Zafra – Santos – SP
Romã Neptune - Rio de Janeiro – RJ
Rosana Banharoli - Santo André – SP
Rosangela Mariano – Campo Bom – RS
Rozelene Furtado de Lima - Teresópolis – RJ
Sérgio Bernardo – Rio de Janeiro - RJ
Simoni Casimiro – Joinville – SC
Sóira Soledade Celestino – São Paulo – SP
Talles Azigon – Fortaleza – CE
Tânia Tiburzio – São Paulo – SP
Tereza Neumann – Salvador – BA
Thiago da Costa - Rio de Janeiro – RJ
Toninho - Salvador – BA
Valmari Nogueira – Salvador – BA
Vanessa dos Santos - Rio de Janeiro – RJ
Vanize Claussen - Teresópolis – RJ
Vinícius Borba - São Sebastião – DF


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Acesse: www.marinamara.com.br

Sebinho promove evento gratuito em homenagem a Carlos Drummond de Andrade



Mariana Moreira
Publicação: 30/10/2012 09:28

No ano passado, o Sebinho, loja para bibliófilos localizada na quadra 406 Norte, inaugurou sua sessão de efemérides literárias, com o Bloomsday, data mundial dedicada à obra de James Joyce (16 de junho). Em seguida, o homenageado foi Carlos Drummond de Andrade, pelo lugar cativo que ocupa entre as preferências literárias da dona da loja, Cida Caldas. “Queríamos usar a mesma ideia para prestar tributo a autores brasileiros e, para mim, ele é o poeta maior”, destaca ela. Diante do sucesso, a fórmula poética ganhará nova edição. Das 8h30 às 20h30 de amanhã, uma sucessão de eventos gratuitos, batizado de Dia D, irá intervir no ambiente da livraria. Delicadezas para agradar aos olhos, ouvidos e até mesmo paladares dos leitores.

A programação, gratuita, terá início com uma novidade. “O Banco do Brasil nos cedeu uma exposição, que será montada dentro da loja, entre 8h30 e 20h”, conta Cida. A mostra Drummond, testemunho da experiência humana, reúne painéis, fotos, informações, trechos de obras e quadros de pintores consagrados. O material é apresentado em ordem cronológica. O catálogo da exposição também será distribuído.
Às 8h30 e às 17h, haverá a exibição do filme Consideração do poema, panorama da obra poética de Drummond, na interpretação de Chico Buarque, Caetano Veloso, Marília Pêra, Milton Hatoum e Adriana Calcanhotto, entre outros. Também o documentário Testemunho da experiência humana, será exibido às 18h. Dirigido por Maria de Andrade, o filme esmiúça a biografia do poeta, lançando um olhar sobre os estilos literários que o influenciaram e gêneros de escrita. Críticos literários e poetas também surgem na tela.

Os professores Alexandre Pilati, um dos principais estudiosos sobre a obra de Drummond no país, fará uma palestra para os presentes. A partir das 19h, ele estará na companhia da também acadêmica Germana Henriques Pereira de Sousa, que falará sobre a influência do homenageado na literatura estrangeira. O ciclo de tributos se encerrará com uma cena de 15 minutos, adaptada e encenada pelo ator Adeilton Lima, baseada no poema Caso do vestido. Durante o almoço e o jantar, o bistrô que funciona dentro da casa servirá um cardápio caprichado em influências mineiras.

Poemação XXX - O Sarau da Consciência Negra: homenagem à Nelson Olokofá Inocêncio

Poemação XXX
Sarau da Consciência Negra
Homenageia Nelson Olokofá Inocêncio

A Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola realizará no dia 06 de novembro de 2012, o Trigésimo Sarau – Poemação pelo dia Nacional da Consciência Negra que homenageia o ativista negro e artista plástico o Prof. Nelson Olokofá Inocêncio.
Nelson Olokofá Inocencio coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), na Universidade de Brasília, professor do Instituto de Artes (IDA), autor do livro Consciência Negra em Cartaz e um dos responsáveis pela criação de cursos de história e arte afro-brasileira. Nelson é pioneiro na luta contra a discriminação racial fundador da primeira entidade de negros organizado dentro do DF, o CEAB, Centro de Estudo Afro Brasileiro e fundador do movimento negro Unificado, MNU, no DF. Possui graduação em Comunicação pela Universidade de Brasília (1985) e mestrado em Comunicação pela Universidade de Brasília (1993). Atualmente é professor assistente da Universidade de Brasília. Atua na área de Artes, com ênfase em Arte Educação e Multiculturalismo.
Rêgo Junior natural do Maranhão, morador de Brasília desde 1997 e um dos fundadores do grupo Poeme-se. Junior funcionário público por subsistência, poeta por amor e vocação apresenta seus recitais, de forma performática em bares, espaços culturais e eventos artísticos e populares. Sejam os olhos janelas ou lentes, o fato é que através deles o poeta percebe e captura o mundo em que vive e vai, ao longo da vida, compondo um mosaico de acontecimentos cotidianos, onde cada poema é uma fotografia, um registro poético de um momento que o tempo abocanhou e que só pode ser revivido através das palavras, como revela-nos o poeta Rego Junior
Kleber Zen é poeta, artista plástico e acupunturista. Nascido em Campina Grande/PB, Zen é autodidata, começou a pintar aos 11 anos de idade. Aos 13 anos, realizou sua primeira exposição individual na sua cidade natal. Sua produção poética começou a partir dos 16 anos, participou de inúmeros saraus em João Pessoa. Em 2000, é um dos cofundadores do movimento Embassação, ao lado do violonista Neander Cortez. Em 2002, Zen veio morar no DF e intensificou sua produção poética de forma bem isolada. Em 2004 realizou uma exposição individual no TRT de Brasília. Atualmente, o artista se dedica mais à poesia e à pintura, por enquanto sem publicação das obras realizadas.
Jorge Amancio é carioca, nasceu em 1953 e veio para Brasília em 1976. Licenciado em Física, Pós Graduação em Matemática para Professores e Especialização em Resolução de Problemas de Geometria todos na UnB. Fundador do Centro de Estudos Afro Brasileiro, Fundador do Grupo Cultural Axé Dudu, publicou: NEGROJORGEN 2007 com segunda edição ampliada em 2012 e possui poemas publicados em várias antologias e poemas traduzidos para o espanhol.
Anselmo Ramos Rocha multi-instrumentista, professor da Escola de Música de Brasília, Anselmo Rocha utiliza o acordeom para um passeio da música negra com o projeto Pixinguinha ao Jazz acompanhado do músico Cairo Vitor. Ao final a plateia mostra o talento em Poesia na Plateia. Sorteio de livros para a plateia. O Poemação é realizado todas as primeiras terças feiras do mês no auditório da Biblioteca Nacional. Sob a coordenação dos poetas Jorge Amâncio e Marcos Freitas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Série de Palestras de Ex-Bolsistas na Alemanha


Cultura, Arte, Sociedade e Ciência – Novas Visões

Segundo o conceito de Alexander von Humboldt, viajante da América Latina e colecionador experiências e resultados científicos e acadêmicos, era de suma importância divulgar seus conhecimentos para uma comunidade maior. Ele decidiu de comunicar os seus resultados de pesquisa para um grande público que não necessariamente precisava de uma formação acadêmica. Essas palestras proferidas sob o título “Kosmos”, posteriormente publicadas em forma de livro, deveriam mostrar o mundo material e divulgar idéias. A obra, o “Kosmos” faz parte do cânone da civilização européia, como dizem os organizadores da edição recente, Prof. Dr. Ottmar Ette da Universität Potsdam e Prof. Dr. Oliver Lubrich da Freie Universität Berlin.

Seguindo essa intenção de tornar acessíveis os conhecimentos acadêmicos e de vivência em terras alheias, a Casa de Cultura Alemã convidou os ex-bolsistas do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico que moram em Fortaleza de proferir uma palestra numa série intitulada “Cultura, Arte, Sociedade e Ciência – Novas Visões”.

Temos agora o grande prazer de compartilhar a rica experiência que foi adquirida por todos aqueles que tiveram a coragem de se arriscar para uma caminhada no limiar das duas culturas, ou sendo a alemã e a brasileira. Sabemos que aquele que vai passar uma temporada fora do próprio país muda no sentido pessoal e profissional adquirindo um diferencial dos demais que não tiveram a mesma oportunidade.  Também essa experiência de pesquisa na Alemanha certamente influenciou a compreensão e visão sobre a própria disciplina. Valorizamos a experiência e estamos muito felizes em poder oferecer um diálogo entre o Brasil e a Alemanha na ocasião dos eventos comemorando os 50 anos da Casa de Cultura Alemã no Ceará.

Segundo Alexander von Humboldt, um bom acadêmico é aquele que é capaz de não só falar sobre o seu trabalho para um público acadêmico da sua área, mas também para um público mais amplo e contribuir desta forma para divulgar conhecimentos e educação.

Tivemos a grande sorte de poder reunir temas das mais variadas áreas que tem em comum a reflexão de assuntos que tocam tanto os brasileiros quanto os alemães.

29.10.2012     
Prof. Dr. Vitor Duarte: A ascensão do tonalismo com Bach, o tonalismo de choques de temas com Beethoven, a quebra da tonalidade com Wagner e Schoenberg

Apresentação: Profa. Dra. Ute Hermanns

05.11.2012     
Profa. Dr. Irenisia de Oliveira: “A volta para Casa em Franz Kafka e Uwe Hübner: Estranhamentos”

Apresentação: Profa. Dra. Ute Hermanns
 
12.11.2012
Prof. Dr. Paulo Albuquerque: “Os estudos de Direito na Alemanha”

19.11.2012
Prof. Dr. Renato Pequeno: “Desigualdades sócio-espaciais e condições de moradia em Fortaleza”

26.11.2012
Prof. Dr. Paulo César Marques de Carvalho: “Uso de fontes sustentáveis de energia: A experiência alemã e brasileira”

03.12.2012
Profa. Dra. Maria Tereza Callado: “Onde se revela um mito da política? Reflexões sobre o conceito de estado de exceção em Walter Benjamin”
Apresentação: Prof. Dr. Eduardo Triandópolis, UECE

10.12.2012
Prof. Dr. João Martins: “O coração e a Alemanha”

Data:               29 de outubro de 2012  até 10 de dezembro de 2012
Horário:          segunda-feira, 19:00 h
Local:             Vila das Artes, Rua 24 de Maio 1221, Centro, Fortaleza CEP 60020-001

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Brasil frustrado por “bloqueio” europeu a reformas no FMI

Inter Press Service - Reportagens
24/10/2012 - 12h11

 por Carey L. Biron, da IPS
diretora Brasil frustrado por “bloqueio” europeu a reformas no FMI
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, exortou os membros a adotarem reformas que deem mais voz aos países em desenvolvimento. Foto: Medef/cc by 2.0

Washington, Estados Unidos, 24/10/2012 – Após as últimas eleições na Direção Executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil e outros países se queixam de que os processos de reforma destinados a aumentar a representação do Sul em desenvolvimento são dificultados pela Europa.
“Houve certo movimento, mas em minha opinião esta suposta redução no número de cadeiras europeias derivou em uma reorganização que, em sua natureza, é basicamente cosmética”, disse à IPS o diretor-executivo do FMI para o Brasil e outros países latino-americanos e caribenhos, Paulo Nogueira Batista. “Os europeus claramente melhoraram a representação de mercados emergentes na União Europeia (UE), como Turquia (em processo de adesão plena ao bloco) e Polônia”, acrescentou.
A Direção Executiva do FMI, que funciona na sede central da instituição, em Washington, consta de 24 membros. Os maiores acionistas desse organismo multilateral (Alemanha, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha), mais Arábia Saudita, China e Rússia, têm cadeiras próprias na Direção. Os outros 16 diretores-executivos são eleitos por períodos de dois anos para representar grupos de países, chamados jurisdições, que incluem os 188 membros do Fundo.
Em 2010, foi aprovado um pacote de reformas destinado a atender a histórica preocupação sobre o desequilíbrio na governança do FMI. Esperava-se que essas reformas fossem concretizadas durante as últimas reuniões anuais conjuntas do FMI e do Banco Mundial, realizadas entre os dias 8 e 13 deste mês em Tóquio, e implantadas a partir de janeiro próximo. Porém, os dois prazos não foram cumpridos. Os Estados Unidos estão concentrados em suas próximas eleições presidenciais, e os membros do FMI estão parados em vários assuntos importantes.
Parte deste pacote de reformas inclui mudanças na distribuição de cadeiras na Direção Executiva. Os europeus aceitaram ceder dois postos para aumentar a representação de nações em desenvolvimento. Este processo gerou um importante movimento de países entre as diferentes jurisdições, no que constitui a mudança mais significativa a respeito desde o começo da década de 1990. A segunda parte do processo de reformas tem a ver com o direito a voto na Direção, baseado em “cotas” administradas por uma polêmica e complexa fórmula que favorece as nações industrializadas.
Cada vez aumentam mais os chamados por uma mudança nesse sistema, sobretudo para que se tenha em conta a nova situação econômica mundial, na qual os países de renda média (particularmente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que formam o bloco Brics) assumem maior protagonismo. Paulo Nogueira disse que as reformas da fórmula de cotas foi o tema mais controverso em Tóquio.
Os Estados Unidos e a maioria dos países Brics querem que a fórmula se baseie no produto interno bruto de cada nação, enquanto os europeus defendem o critério de grau de “abertura” econômica, o que favoreceria os membros da União Europeia. “Os europeus usam uma incomum definição de ‘abertura’, cujo principal papel parece ser inflar artificialmente as cotas para os países de seu bloco”, afirmou o representante brasileiro no FMI.
Nos últimos dias, Paulo Nogueira criticou abertamente o bloco europeu dentro do Fundo. “O que vimos em Tóquio é que, lamentavelmente, alguns europeus estão se retratando de suas promessas de revisar cotas”, declarou pouco depois de regressar a Washington após as reuniões na capital japonesa. “Esta é uma grande preocupação, pois a credibilidade do Fundo, do G-20 (grupo dos 20 países mais industrializados e emergentes) e dos governos em particular se baseia na fiel implantação do que assinaram nos comunicados, e não vamos deixar isto passar em branco”, acrescentou Paulo Nogueira.
No último ano, o Brasil teve um papel cada vez mais protagonista nas demandas dos países em desenvolvimento, pressão que ficou particularmente plasmada no processo de reformas do FMI. “Foi maravilhoso como o Brasil ameaçou abertamente não cumprir certos compromissos financeiros com o FMI enquanto não se avançar na questão das reformas”, disse à IPS a diretora-executiva da Coalizão por Novas Regras para as Finanças Globais, Jo Marie Griesgraber. “Os brasileiros foram diretos neste processo, fazendo notar ridículas anomalias e apresentando-as perante a Direção para, em seguida, de maneira muito incomum, torná-las públicas”, destacou.
Como a sexta economia mundial, o Brasil fez nos últimos anos um esforço concertado para fortalecer suas relações com todo o Sul, particularmente com a África. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011), o país abriu mais de uma dúzia de novas embaixadas na África, e anunciou que logo inaugurará a sede diplomática número 37, no Malawi. Além disso, Brasília se concentra cada vez mais em proporcionar ajuda financeira internacional, que em 2010 chegava aos US$ 4 bilhões ao ano e crescia rapidamente.
Trata-se de uma significativa mudança para um país que por décadas foi um grande receptor de assistência externa. E, ainda mais importante, a ajuda brasileira se tornou característica por sua ênfase na colaboração técnica Sul-Sul, particularmente centrada em temas agrícolas e sociais. Hoje, o Brasil lidera uma campanha mundial para definir um novo modelo de desenvolvimento, que recebeu maior impulso e atenção após a crise econômico-financeira mundial.
“O que está em jogo aqui não é apenas a proporção de votos no FMI. Desde a crise, o modelo antes preferido, o chamado Consenso de Washington, foi colocado em xeque”, ressaltou Gregory Chin, pesquisador do Centro para a Inovação Internacional em Governança, com sede em Waterloo, no Canadá. “Os países Brics promovem um entendimento diferente das melhores práticas sobre desenvolvimento nacional, e os brasileiros são a força diplomática líder que pressiona por essas mudanças”, disse à IPS.
Esses modelos, incluindo o que é conhecido como o financiamento contracíclico, contradizem diretamente os enfoques historicamente defendidos por instituições como FMI e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Porém, Chin explicou que, como várias economias emergentes driblaram a crise global melhor do que o previsto, esses modelos estão recebendo maior atenção nos escritórios centrais do FMI e do Banco Mundial.
O pesquisador também destacou que, enquanto se pressiona por reformas dentro do FMI, existe um esforço paralelo para criar um banco de desenvolvimento financiado por parte do Brics. “Isto é, com um pé fora do sistema e outro dentro, assegurando para eles mesmos um caminho alternativo, porque viram que as coisas acontecem muito lentamente dentro do FMI”, acrescentou Chin.
Agora, alguns analistas aguardam a próxima reunião de cúpula do Brics, em março na cidade sul-africana de Durban, na qual se espera que o país anfitrião agilize os passos para a criação do banco de desenvolvimento. Muitos se perguntam se uma instituição assim será capaz de atuar além do Brics para funcionar em todo o mundo em desenvolvimento, em consonância com o enfoque brasileiro de Sul-Sul.
“O Brasil tenta aumentar seu papel no FMI, em outras organizações internacionais e no G-20, e creio que isto está acontecendo. Todos os membros do Brics estão se envolvendo mais nessas instituições com a esperança de que mudem”, afirmou Paulo Nogueira. “Esperamos que o FMI deixe de ser um fundo monetário do Atlântico norte”, acrescentou. “Apesar de lutarmos contra uma grande inércia institucional, o FMI e outros fóruns internacionais devem ser realmente internacionais se querem ser relevantes na economia do mundo atual”, ressaltou. Envolverde/IPS
(IPS)
 
Fonte: http://envolverde.com.br/ips/inter-press-service-reportagens/brasil-frustrado-por-bloqueio-europeu-a-reformas-no-fmi/?utm_source=CRM&utm_medium=cpc&utm_campaign=24
 

Inspirados em Mário Quintana, alunos lançam livro de poesia no RS

24/10/2012 11h37- Atualizado em 24/10/2012 11h38

Estudantes do 4º ano de escola de Porto Alegre tomam gosto pela leitura.
'Queria ser paleontólogo, agora quero ser escritor', diz aluno de 10 anos.

Tatiana LopesDo G1 RS
 

João Raphael e Fernando Santos estão entre os alunos com poesias publicadas (Foto: Tatiana Lopes/G1)
João Raphael e Fernando Santos (acima) estão entre os alunos com poesias publicadas no Colégio Pão dos Pobres (Foto: Tatiana Lopes/G1)
 
A sensação de escrever e publicar uma poesia em um livro, distribuir autógrafos e participar de outras atividades artísticas na escola levou o aluno Fernando da Silva Santos, de 10 anos, a mudar de ideia até na profissão que deseja seguir: “Eu queria ser paleontólogo, porque gosto de dinossauros, mas agora quero ser escritor”, diz o estudante do 4º ano do Colégio Pão dos Pobres, de Porto Alegre.

Fernando Santos diz que quer ser escritor após fazer poesia para o livro (Foto: Tatiana Lopes/G1)
Fernando Santos diz que quer ser escritor após fazer poesia
para o livro (Foto: Tatiana Lopes/G1)
 
No projeto criado há cerca de três meses dentro de sala de aula, após debate entre os alunos e a professora, o colégio lançou no último dia 18 de outubro um livro reunindo poesias de 23 estudantes entre 9 e 10 anos. Com direito a coquetel e sessão de autógrafos, o dia inesquecível ainda dá o que falar nos corredores da escola. “Foi muito legal, foi muita emoção, deu um choque!”, revelou Fernando ainda em êxtase por colocar sua primeira assinatura nas páginas de um livro.
Envolver os alunos, aguçar a criatividade, o gosto pela leitura e escrita, usar outras matérias no projeto, como matemática, artes e informática, e aproximar mais os pais da escola, estavam entre as metas. Na avaliação da professora Évelin Albert e da coordenadora Vanderleia Conrad, elas foram atingidas.
Ao lado de Fernando, João Raphael, de 9 anos, também comentou que o gosto pela leitura aumentou depois do lançamento do livro. “Foi muito legal, a gente aprendeu a ler e a escrever mais. E aprendemos mais também sobre o Mário Quintana”, disse.
Além da publicação, os alunos fizeram um passeio na Casa de Cultura Mário Quintana, na capital gaúcha, para aprender mais sobre a história do escritor. O livro de poesias, que recebeu o nome “Brincando com Poesia”, foi publicado sem custos pela Editora FTD. Com a doação dos pais, eles conseguiram fazer o evento de lançamento e o passeio cultural.
“Tudo começou com a professora nova, que pegou a turma em andamento”, conta a coordenadora Vanderleia. “Um dia cheguei e questionei eles sobre o que gostariam de estudar. Surgiram comentários sobre Picasso, Monteiro Lobato, Mário Quintana e outros. Em uma votação ganhou o Mário Quintana, com 12 votos”, lembra a professora, que também é pedagoga.

Alunos também confeccionaram boneco de Mário Quintana (Foto: Tatiana Lopes/G1)
Alunos também confeccionaram boneco de Mário
Quintana (Foto: Tatiana Lopes/G1)
 
Durante três meses os alunos leram obras do escritor, pesquisaram sobre a vida dele e criaram suas próprias poesias. No laboratório de informática, eles mesmos criaram as ilustrações de cada página. “Foram eles que pediram para fazer um livro”, disse a professora. Até um boneco do Mário Quintana foi confeccionado com material reciclado e exposto no pátio da escola.
“Eles se inspiraram em várias obras. E agora estão estudando o Pé de Pilão, também do Mário Quintana. E dessa vez já pediram para fazer uma peça de teatro”, contou Évelin, que logo que começou a dar aulas para a turma percebeu o lado artístico dos alunos.
O Colégio La Salle Pão dos Pobres é privado, mas também trabalha com bolsas de filantropia integrais e de 50%. Os alunos estudam sem distinção nas salas de aula. Segundo a coordenadora Vanderleia, as informações sobre os estudantes bolsistas nem chegam aos professores.
“O projeto foi também uma estratégia de ensino, até para estimular mais os alunos. E os pais acompanharam bastante os filhos”, ressaltou a coordenadora.

Coordenadora pedagógica e professora participaram do projeto (Foto: Tatiana Lopes/G1)
 
Coordenadora pedagógica e professora participaram
do projeto (Foto: Tatiana Lopes/G1)
 
Mais projetos
O colégio se apoia em outros projetos para manter os alunos focados nos estudos. Um deles é o Projeto Pipa (Projeto Interdisciplinar de Pesquisa e Aprendizagem), entre o 6º e o 8º ano. As turmas são misturadas e grupos são formados para os trabalhos.
“Os alunos fazem três perguntas sobre assuntos variados, sobre o que eles têm curiosidade de saber. Ao longo do projeto eles pesquisam para encontrar respostas e, no final, apresentam a uma banca com professores e alunos”, explicou Vanderleia.
Para esse projeto, a escola recebeu R$ 10 mil da Fundação La Salle, que atende a escolas da rede em todo o país. “Fomos um dos escolhidos, agora vamos investir mais nesse projeto”, disse a coordenadora.
“Muitas vezes o atrativo aos alunos vem de fora da sala de aula, e com esses projetos pretendemos chamar o aluno para dentro da escola”, completou.

Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/10/inspirados-em-mario-quintana-alunos-lancam-livro-de-poesia-no-rs.html
 

Concurso de Redação

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Poemação XXX - Sarau da Consciência Negra

BNDES tem R$ 560 milhões para financiar projetos visando a redução de emissões

22/10/2012 15:33:37

Lucas Tolentino, do MMA
O desafio de transformar a redução de emissões de poluentes em um atrativo para os diversos setores produtivos foi um dos assuntos abordados, na manhã desta sexta-feira (19/10), em Brasília, no seminário Urban Responses for Climate Change (Responsabilidades urbanas pelas mudanças climáticas, em tradução livre). O assunto foi abordado na palestra do secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink.
As medidas voltadas para a diminuição das mudanças climáticas devem, na opinião de Klink, ser vistas como forma de modernizar as atividades envolvidas. “Em casos como o da indústria, é preciso mostrar que a redução das emissões de gases de efeito estufa vai torná-la mais eficiente e mais competitiva”, exemplificou. “Parte da Política Nacional é focada em como preparar os setores para o novo regime climático, que chegou para ficar.”

Ações
No seminário organizado pela Universidade de Brasília (UnB) e pela organização Urbenviron, Klink listou ainda as demais ações desenvolvidas pelo governo brasileiro no sentido de conter as emissões de poluentes. Entre eles, estão os Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima para a indústria, a mineração, a saúde e a modalidade urbana, que passaram por consulta pública e devem ser consolidados até o fim do ano.

As linhas de crédito para desenvolvimento de projetos de redução de emissões por meio do Fundo Nacional de Mudança Climática (Fundo Clima) também foram listadas. Somente para este ano, o mecanismo tem, disponível, R$ 560 milhões para empréstimos, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e outros R$ 60 milhões para financiamento de projetos não reembolsáveis, normalmente desenvolvidos por governos estaduais e municipais.
(MMA)

Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/bndes-tem-r-560-milhoes-para-financiar-projetos-visando-a-reducao-de-emissoes/

Filme brasileiro vence festival nos Estados Unidos


Portal Uai
Publicação: 23/10/2012 09:52

Alguém qualquer, longa do brasileiro Tiaraju Aronovich, foi escolhido para o prêmio Curator's choice (Prêmio do curador) no Boston Latino International Film Festival (Bliff) em Massachusetts, EUA. O filme conta a história de Zé, interpretado pelo diretor, personagem que se encontra com uma prima no momento em que recebe a notícia de que lhe restam apenas seis meses de vida. Dividindo o espaço de sua pequena casa com a visitante Jandira (Amanda Maya), o protagonista se questiona sobre valores pessoais como a morte e o amor.

As sensações de eternidade são traduzidas pela relação de parentesco entre a moça e o homem, que trabalha como faz-tudo em um edifício residencial. "É o filme mais intenso e inspirador que já dirigi, uma obra sobre silêncio e simplicidade", se orgulha Aronovich, que também assinou Sem fio (2009), aclamado no Canada International Film Festival.

Classificado pela organização do festival como "obra prima" e descrito pelo diretor como "um romance sem beijo", Alguém qualquer será exibido no encerramento da mostra, em pleno Centro Rockefeller para Estudos Latino-Americanos, no próximo domingo (28/10). O Bliff reuniu cerca de 300 filmes de 17 países, mas distinguiu apenas a obra brasileira com uma premiação. Os méritos do diretor e ator se estendem ainda à edição e trilha sonora, onde expressa seu talento de violonista premiado.

A crítica Jessica Hardin, do Pasadena International Filme Festival, se desdobrou em elogios à atuação de Tiaraju. "O desenvolvimento da sua personagem foi rica a tal ponto que continuei pensando sobre a sua concepção dias depois de ter assistido à obra", ressaltou a especialista. O diretor do Bliff faz planos para concretizar o lançamento do filme no mercado norte-americano.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Semana Encantada no Goethe-Zentrum Brasília


Com uma programação encantadora, começa hoje a Semana Encantada no Goethe-Zentrum Brasília em comemoração ao bicentenário do primeiro livro “Contos da Criança e do Lar” com histórias populares recolhidas e documentadas pelos irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm, mais conhecidos como Irmãos Grimm.
As produções contam com atores e atrizes alemães de peso e foram quase inteiramente filmadas nos seus locais originais, como castelos e florestas, bem como em museus ao ar livre em todo o país.
Os filmes exibidos serão dos contos de fadas Cinderela (Aschenputtel), A mesa mágica (Tischlein deck dich), A Senhora Holle (Frau Holle), O alfaiate valente (Das Tapfere Schneiderlein), Branca de Neve (Schneewittchen), Os músicos de Bremen (Die Bremer Stadtmusikanten), Rapunzel (Rapunzel), O gato de botas (Der gestiefelte Kater), A bela adormecida (Dornröschen) e o Rei Sapo (Der Froschkönig).
Todos os filmes serão exibidos em alemão com legendas em português.

Confira a programação!

Seg, 22/10 17h30 Cinderela-Aschenputtel
18h40 O alfaiatezinho valente-Das tapfere Schneiderlein
Terça, 23/10 16h40 A bela adormecida-Dornröschen
17h50 A mesa mágica-Tischlein deck dich
19h O gato de botas-Der gestiefelte Kater
20h Abertura da exposição "Universos dos Contos" de cartazes interativos
Qua, 24/10 16h40 Rapunzel-Rapunzel
17h50 A Senhora Holle-Frau Holle
19h O Rei sapo-Der Froschkönig
Qui, 25/10 17h20 Branca de Neve-Schneewittchen
18h30 Os músicos de Bremen-Die Bremer Stadtmusikanten
Sáb, 27/10 8h30-9h30 Entrega das casinhas/arrumação da mesa temática/colocação da urna p/votação
10h A contadora de histórias Silvana Florentino contará os contos mais famosos dos Irmãos Grimm: O Gato de Botas, Rapunzel, Cinderela e a Bela adormecida. Contação de histórias em pt
10h50 Contação de histórias em alemão, com Sabine Bade
11h30 Apresentações dos alunos (10 minutos cada):
- Apresentação dos alunos da Escola Waldorf Moara
- Jogral do chapeuzinho vermelho
- Encenação do Sterntaler
... Entrega da premiação aos vencedores do concurso das casinhas.

Circuito Tela Verde

Lançamento do livro Pedra Só, de José Inácio Vieira de Melo





A Editora Escrituras, de São Paulo, acaba de publicar Pedra Só, o novo livro do poeta alagoano da Bahia José Inácio Vieira de Melo, que será lançado no Café com Letras, no próximo dia 24 de outubro, quarta-feira. Durante o lançamento, José Inácio fará o recital Aboios & Parábolas, no qual apresentará poemas de toda sua obra.

Sexto livro de JIVM, Pedra Só é o seu trabalho mais autobiográfico. No capítulo de abertura, que nomeia o livro, traz um longo poema dividido em 27 partes, revestido de tons épicos e flertando com a linguagem bíblica. Pedra Só é o nome de uma fazenda onde o poeta tem o privilégio de passar uma parte de seu tempo. Então, na Fazenda Pedra Só, no Sertão da Bahia, o poeta inventou um entrelugar, com o mesmo nome da propriedade, para dar evasão aos seus delírios poéticos. E é a partir da Pedra Só que frequenta os lugares mais recônditos e inóspitos da sua memória, buscando o barro fundamental – a poesia primeva – para fazer a ligação do seu ser com a arte e criar seus poemas.

O primeiro capítulo, “Pedra Só”, faz um movimento de retorno às origens sertânicas do poeta com uma intensidade que até então não havia experimentado em sua obra, e é assim também no segundo capítulo, intitulado “Aboio Livre”. A terceira seção é a “Toada do Tempo”, em que usa com mais frequência o verso medido e que situa o poeta dentro do tempo, medindo sua finitude e, paradoxalmente, fazendo-o perceber-se atemporal. A quarta seção, chamada “Partituras”, é onde aparecem as cantigas e os cânticos de louvor. E, por derradeiro, o capítulo “Parábolas”, em que acentua o surrealismo, criando uma esfera fantástica impregnada de misticismo.

Pedra Só tem um primoroso projeto gráfico e conta com imagens do fotógrafo mineiro Ricardo Prado, feitas na Fazenda Pedra Só, e com um perfil do autor assinado pelo jornalista Gabriel Gomes, intitulado “O Poeta e a Pedra. Só”. O texto das orelhas é do poeta Vitor Nascimento Sá, no qual alerta o leitor: “A poesia de José Inácio Vieira de Melo não se estabelece no convencimento racional nem nas prerrogativas de cunho moral, mas na percepção do maravilhoso que é produzido como êxtase e fulguração, descoberta e alumbramento”. A contracapa traz texto do renomado escritor português Gonçalo M. Tavares, que assim definiu o novo trabalho de JIVM: “E aqui temos a forte síntese: o solo firme e a imaginação – uma das características essenciais desta Pedra Só de José Inácio Vieira de Melo”. No posfácio, além do perfil feito por Gabriel Gomes, há um poema telúrico/metafísico de Elizeu Moreira Paranaguá em homenagem ao Cavaleiro da Pedra Só.

José Inácio Vieira de Melo (1968), alagoano radicado na Bahia, é poeta, jornalista e produtor cultural. Publicou os livros Códigos do silêncio (Salvador: Letras da Bahia, 2000), Decifração de abismos (Salvador: Aboio Livre Edições, 2002), A terceira romaria (Salvador: Aboio Livre Edições, 2005) – Prêmio Capital Nacional de Literatura 2005, de Aracaju, Sergipe, A infância do Centauro (São Paulo: Escrituras Editora, 2007), Roseiral (São Paulo: Escrituras Editora, 2010) e a antologia 50 poemas escolhidos pelo autor (Rio de Janeiro: Edições Galo Branco, 2011).

Coordenador e curador de vários eventos literários, como o Porto da Poesia, na VII Bienal do Livro da Bahia (2005), a Praça de Cordel e Poesia, na 9ª e na 10ª Bienal do Livro da Bahia (2009, 2011) e o Cabaré Literário, na I Feira do Literária Ler Amado, em Ilhéus (2012), assim como os projetos A Voz do Poeta (2001) e Poesia na Boca da Noite (2004 a 2007), ambos em Salvador. Atualmente é curador dos projetos Uma Prosa Sobre Versos, em Maracás, e Palavra de Poeta, em Planaltino.

Tem poemas traduzidos para os seguintes idiomas: espanhol, francês, italiano, inglês e finlandês. Foi coeditor da revista de arte, crítica e literatura Iararana, de 2004 a 2008. Edita o blog Cavaleiro de Fogo: www.jivmcavaleirodefogo.blogspot.com

Serviço: Lançamento de José Inácio Vieira de Melo- Pedra Só

Café com Letras, 203 sul bloco C lj 19

Dia 24 de outubro

Horário: 19h30

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Prorrogação no prazo de inscrição de projetos para concorrer à chancela do Fundo de Apoio à Cultura (FAC)


| 17/10/2012


A Secretaria de Cultura do Distrito Federal anunciou mais uma prorrogação no prazo de inscrição de projetos para concorrer à chancela do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). As inscrições devem ser feitas até o próximo domingo (20) no portal SalicWeb.

Confira abaixo a nota oficial divulgada pela Secretaria de Cultura:
Considerando os problemas enfrentados pelos proponentes no acesso aos sites do GDF no último final de semana, a Secretaria de Cultura do DF decidiu prorrogar até o dia 21/10 (domingo) as inscrições do segundo bloco de Editais do FAC 2012. Não haverá nova prorrogação. Sugerimos que os proponentes façam a emissão das certidões ainda hoje. Também alertamos para que o envio dos projetos não seja deixado para o último dia. A retificação do prazo deverá ser publicada no dia 18/10.

Portal SeCult DF

Clique aqui e saiba mais sobre a documentação necessária para inscrição.

Fonte: http://redecandanga.com.br/blog/archives/5952/secretaria-de-cultura-anuncia-nova-prorrogacao-para-inscricao-de-projetos-pelo-fac/

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Lançamento da Fortuna Poética de João Carlos Taveira















C O N V I T E



Escritor Alan Viggiano, Associação Nacional de Escritores e Editora Ideal convidam para o lançamento do livro A Fortuna Poética

de João Carlos Taveira, a realizar-se no Restaurante Carpe Diem,

SCLS 104, Bloco D, Loja 1 — Fone 3325-5303,
dia 18 de outubro de 2012 – quinta-feira, a partir das 19 horas.

A aquisição do livro em lançamento dará direito a um exemplar do romance Lisábria de Jesus, premiado pela Academia Brasileira de Letras.

Ministério das Comunicações abre seleção para rádios comunitárias em 71 municípios

 

| 09/10/2012   
 
Ministério vai autorizar novas emissoras em 19 estados de todas as regiões

Ministério das Comunicações (Foto: Divulgação)

O MiniCom publicou nesta sexta-feira, 5 de outubro, um novo aviso de habilitação para rádios comunitárias em 71 municípios de 19 estados em todas as regiões do país. Os interessados em operar uma emissora nessas localidades têm até o dia 5 de dezembro para se inscrever. Os estados contemplados foram Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

As inscrições podem ser feitas via postal ou diretamente no protocolo do edifício-sede do ministério, em Brasília. Em ambos os casos, é preciso preencher o formulário que está disponível no site do MiniCom.Os interessados em participar devem ficar atentos à lista com a documentação necessária para que a inscrição seja válida. Documentos apresentados fora do prazo não serão aceitos.
Este é o 11º aviso de habilitação para rádios comunitárias que o Ministério das Comunicações lança neste ano e vai contemplar municípios que já possuem rádios comunitárias, mas que demonstraram interesse por novas emissoras

A publicação dos avisos segue o cronograma estabelecido pelo Plano Nacional de Outorgas 2012-2013. A meta é contemplar tanto municípios que não têm nenhuma emissora funcionando quanto aqueles que entram no chamado Cadastro de Demonstração de Interesse (CDI). O objetivo é levar o serviço a todo o Brasil até o fim de 2013, com pelo menos uma rádio comunitária em cada cidade. Até o fim de 2012, mais duas seleções serão lançadas.

Clique aqui para ver o aviso de habilitação na íntegra, com os prazos e documentos exigidos.

Fonte: Ministério das Comunicações (MC)

Entrevista com Nélio Nicolai

 

Inventor do bina, ainda não reconhecido, trava queda de braço com empresas de telefonia na Justiça. Fechou acordo com uma delas e prevê que, no final, deverá receber 185 bilhões de reais

Texto: Sueli Cotta | Fotos: Nélio Rodrigues

Desempregado, desacreditado e sozinho em uma batalha quixotesca para provar que foi o inventor do serviço de identificação das chamadas telefônicas, ou bina, Nélio Nicolai tenta reverter uma situação que se arrasta desde 1986. Só agora ele começa a colher os frutos. A demora da Justiça e as manobras utilizadas pelas empresas de telefonia celular fizeram com que Nélio se tornasse símbolo da luta mundial dos inventores, que em todas as partes do planeta sofrem com uma prática que tem se tornado comum: a da apropriação indébita de inventos pelas multinacionais. Pouco antes de fechar o primeiro acordo com uma das empresas que usam o serviço, a Claro, Nélio Nicolai recebeu ordem de despejo. Da casa velha no Lago Norte, em Brasília, o inventor comprou mansão e trocou a velha Saveiro ano 2000, por uma Mercedes 0 km. O valor do acordo é mantido em sigilo. Mas é mais do que suficiente para pagar todas as dívidas. A luta ainda não terminou e a Justiça continua sendo o seu maior entrave.

A telefonia era bem diferente há 20 anos. O bina, ou serviço de identificação de chamadas, ajudou nesse salto tecnológico?
A descoberta foi considerada até no Canadá, na terra de Graham Bell, como a maior invenção depois do telefone. Na época do Santos Dumont, todos queriam aprender a voar. Na minha, nos anos de 1970, todo mundo da minha área, projetistas, técnicos, engenheiros, tinha vontade de descobrir como identificar a chamada. O telefone começava a ser fabricado em escala, daí surgiram os trotes, a necessidade da identificação. Até que descobri uma forma de que em vez de enviar a informação eu recebia.

Na época houve esse reconhecimento?
Fui contratado em 1971 pela Telebrasília e trabalhei lá até 1986, quando fui mandado embora pelo presidente da empresa Jorge Fischer. Disseram que eu estava enchendo com um produto que não tinha mercado. Nessa época fiquei desempregado e estou até hoje. Nunca mais consegui emprego. Mas outros países começaram a me chamar para ver como implantar o sistema.

Como o bina começou a ser utilizado?
Quem lançou o bina no mercado foi o ex-ministro da Desburocratização no governo militar Hélio Beltrão. Eu tinha apresentado o bina na Telebras. Mas produzi aparelho que funcionava dentro de uma máquina de calcular e instalei no Corpo de Bombeiros em Brasília. Eles recebiam muitos trotes e decidi ajudá-los produzindo de graça uns quatro aparelhos. O ministro Hélio Beltrão estava fazendo uma visita aos bombeiros e vendo o aparelho ficou encantado. Ele o mostrou em um seminário. A mídia viu e virei notícia no mundo. Ganhei o prêmio de funcionário padrão em 1982, eleito pelos funcionários. No ano seguinte fui considerado operário padrão pelo sistema Telebras e em 1986 me mandaram embora.

O senhor já tinha patenteado?
Eu patenteei em 1980. O direito autoral passou a ser do Brasil a partir dessa data. Bina é uma função de identificação das chamadas telefônicas. Em 1992, as empresas começaram a instalar as centrais telefônicas de celular. Analisando o aparelho vi que o bina nunca iria funcionar em telefone celular. A diferença é como se um fosse um disco de vinil e o outro o pen drive, que só funciona em centrais digitais.

Aí desenvolveu a tecnologia para celular e patenteou?
Em 1992 e o registro saiu em 1997. Para quem se lembra, nesse período não tinha identificação em celular, que era o aparelho analógico. Naquela época havia de 10 milhões a 15 milhões de celulares no Brasil e como o aparelho era individual, tornou-se necessária a identificação para saber quem estava ligando. As multinacionais tentaram colocar o identificador e não conseguiram. A tecnologia é tão simples que a Telebras transformou logo em prática. A Anatel criou uma prática a partir da minha patente, implantado a partir de 1997. Em 1997 as empresas lançaram as centrais digitais e o grande argumento que usaram para fazer com que o assinante trocasse o analógico pelo digital foi que poderiam ter o bina.

As empresas procuraram o senhor?
A Ericsson chegou a assinar um contrato comigo. As empresas colocavam nos editais que assinante poderia ter o bina. Mas as multinacionais não esperavam que eu fosse lutar pelos meus direitos. Em 1998, quando todo mundo começou a trocar o celular eu falei que agora não tinha como voltar. Foi quando pararam de fazer propaganda.

As multinacionais agiram de má-fé?
Elas se apropriaram indevidamente de um produto que é brasileiro e patrimônio muito maior para o país em termos de arrecadação de royalties. Agiram de má-fé. E o que aconteceu? Quando eu comecei a cobrar das empresas e a ganhar na Justiça, eles me procuraram. Na época, Americel, a primeira empresa que me procurou, me ofereceu 5 milhões de dólares. Mas ela queria ficar com a patente e não aceitei. Quando ganhei na Justiça, eles me ofereceram 100 milhões, mas, novamente, queriam ficar com a patente e recusei.

Não aceitou por quê?
Eu não estava brigando por uma patente, mas por um direito. Eu quero é ser reconhecido. Falaram que eu era doido por não querer receber um dinheirão desses. Dinheirão é quando o seu direito é reconhecido. O que aconteceu foi apropriação indébita.

E a partir daí?
Eu ganhei o processo em 2001, no Tribunal de Justiça de Brasília e chamei as outras empresas para virar um processo internacional. Na época eram 48 empresas, que depois foram se agrupando. Foi aí que todas as multinacionais se juntam contra mim. Tem um relatório em 2002, o Security, que é o balanço das empresas que vai para Washington, onde começaram a aparecer perdas prováveis das empresas. Como no edital estava explícito o uso do bina conforme o sistema Telebras, eles fizeram um acordo entre eles, onde a Telemig Celular colocou adendo de perdas prováveis, mas indicando como pagador a Ericsson. Era como se estivessem dizendo assim: pode ficar tranquilo porque vamos perder, mas você não vai pagar nada. A Ericsson foi para a 9ª vara civil do Rio de Janeiro para o Tribunal de Justiça, que não é fórum para o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), que tem como fórum o Distrito Federal e entrou com um recurso. Desde então, por sacanagem, meu processo não está sub judice, está sob sacanagem, já que não é o Tribunal do Rio que julga. Apresentei o contrato da Ericsson comigo. A juíza da 9ª Vara Civil, Ana Maria Pereira de Oliveira, se nega a julgar, alegando era preciso primeiro analisar o mérito da questão. Com isso se passaram 10 anos. Quando é que ela vai leu as provas do lado de cá? Enquanto isso o Brasil está perdendo milhões em royalties.

O senhor recebeu alguma ameaça?
A única que eu recebo, que acho que é até humilhação para o Poder Judiciário brasileiro, é que, quando vou cobrar alguma coisa das multinacionais, falam para mim na maior cara de pau para procurar a Justiça, como se no Brasil fosse um crime. Em qualquer lugar do mundo que você fala que vai entrar na Justiça correm para fazer um acordo.

Até agora não recebeu nada das empresas?
Até agora nada. Eles não estão me pagando. Em 2006 saiu a liquidação de sentença da Americel, que tinha 3% dos telefones no Brasil, e foi condenada a me pagar 556 milhões de reais. Não pagou. Quando a Ericsson conseguiu a liminar na Justiça do Rio, contratou pareceristas da USP, da Unicamp e do ITA para dizer que a patente não funcionava. A Ericsson, a Motorola e a Vivo não aceitaram um perito alegando que ele devia anuidade para o Crea. O processo ficou parado dois anos. Agora querem que o mesmo perito dê o parecer. Ele cobrou 195 mil reais para fazer a perícia e pediu oito meses. O Inpi diz que a patente não tem como ser anulada. A juíza diz que o Inpi não tem credibilidade para decidir sobre patente. Ela está indo contra a Constituição. Nós estamos pedindo para o Ministério Público e a Anatel investigar o que está acontecendo com esse processo.

Houve outra decisão agora?
Teve porque nós pedimos uma tutela antecipada. A lei de patente diz que o titular tem o direito de impedir todos de produzi-la. Houve um acordo com a Claro. O valor não pode ser divulgado devido a uma cláusula de confidencialidade, assinado no dia 23 de março. Assinei o acordo porque me deram carta reconhecendo que usam minha patente.

O maior inimigo é o governo?
É o próprio governo, por omissão. Ninguém me dá atenção. Hoje, no mínimo, por baixo, posso trazer 10 bilhões de dólares de royalties para o Brasil. Quanto o governo leva de imposto? Nossa presidente reclama que o PIB está pequeno, brinco que está pequeno por causa do preconceito quanto à inteligência brasileira. Se me pagassem tudo o que me devem eu seria o homem mais rico do mundo da noite para o dia. Pelos cálculos, receberia no mínimo 185 bilhões de reais.

E fora do Brasil, como é a repercussão?
Até um norte-americano quer filmar a minha vida. Eles estão querendo entender como uma pessoa desempregada conseguiu viver num nível médio de vida com a família sem roubar e conseguiu vencer as multinacionais na Justiça. Fui convidado em março deste ano por alguns inventores norte-americanos a participar como o símbolo de uma campanha sobre as dificuldades dos inventores em todo o mundo.

Como o senhor sobreviveu esses anos?
Eu morava em um apartamento que era meu, tinha comprado mais dois apartamentos e carro. Tive que vender praticamente tudo para sobreviver e levar os processos. Fiquei zerado. Eu não podia negociar nem 1% da patente, porque eu queria o reconhecimento. Mas eu criei um tipo de contrato de êxito, como se fosse ação preferencial e consegui uma coisa impossível no Brasil, que é fazer com que as pessoas investissem em mim, em tecnologia. Cada 1% do direito eu vendia a 100 mil reais, pagos em 10 vezes e nesses 10 meses eu me sustentava com esse dinheiro. Desde 1998 venho fazendo isso. Tive que negociar mais ou menos 50% desse direito de receita. Mas o valor que me é devido é tanto que, mesmo eu ficando com menos, até 10% do total, ainda é muito dinheiro.

Com esse acordo com a Claro o senhor colocou as contas em dia?
Eu estava sendo despejado em março deste ano. Em abril comprei uma mansão. Coincidiu que assinei o acordo com a Claro. Eu tinha um carro todo arrebentado, uma Saveiro ano 2000, morava em casa velha no Lago Norte, em Brasília. Investi na casa para as pessoas verem, para servir de exemplo. Pensei: já que recebi o dinheiro, vou morar em uma casa bacana para as pessoas saberem que ali mora um inventor. Eu agora estou também com uma Mercedes.

E com as outras operadoras?
O meu advogado não vai gostar do que vou falar, mas o juiz de Brasília concedeu tutela antecipada porque o processo tem mais de 10 anos. As empresas tinham prazo de 15 dias para depositar. Só que a Vivo, entrou com recurso. Ela teria que pagar 10% do que cobra com a tarifa de todos os serviços que a gente usa. Mas aí o desembargador Cruz de Macedo entendeu que não há necessidade deles depositarem, porque não está vendo essa pressa toda já que eu esperei 10 anos.

Outras invenções do senhor também são usadas da mesma forma?
Uma é aplicada no sistema bancário. Quando você faz a compra e a mensagem chega no seu celular na hora, é uma patente minha de 2002. Apresentei o sistema para o Banco do Brasil e o Bradesco. Na época nenhum deles quis usá-lo. O Unibanco se interessou e colocou com o nome de proteção 30h. Falei pra eles: estou apresentando um produto e vocês lançam? Eu tenho carta que comprova que apresentei o sistema. Em resposta me mandaram procurar a Justiça. Falei: vão se arrepender, porque a Justiça é lenta, mas quando sair vão ter que me pagar tanto dinheiro que vou tomar o banco de vocês.

Qual a formação do senhor?
Sou técnico, formado pela Escola Técnica Federal, hoje Cefet. Se dependesse da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e do Ministério de Ciência e Tecnologia, a roda ainda era quadrada. Eles nem me conhecem. Não me deixam fazer palestra em universidades. Sou um dos maiores geradores de receita, emprego e renda no mundo, menos no Brasil.

E as outras invenções?
Agora mesmo estão desenvolvendo outro produto que criei. Mostrei para o ex-ministro Hélio Costa em 2004, quando entrei de penetra em uma reunião com sindicalistas. Ele ficou de marcar uma reunião comigo e estou esperando até hoje. A invenção, que é o telefone fixo sem fio, já está sendo fabricado.
 
 

Coletivo de Poetas no La Ursa




O Coletivo de Poetas faz o primeiro sarau no restaurante La Ursa nesta terça-feira, 16 de outubro de  2012, das 18h às 20h.


Músico convidado: Pedro Karam, cantor e compositor brasiliense, da banda Arawaks, que mostrará composições próprias ao violão.

Poeta homenageado: Mário Faustino (1930-1962).



Poetas convidados:  
Jarbas Júnior, faz o pré-lançamento do romance A Espada de Camões (Thesaurus, 2012).

Geraldo Oliveira, relança Nacos D’Alma (poesia, Thesaurus 2012). Detalhe: são duas obras poéticas num livro: de um lado, Nacos; do outro, Canções para Abraxas, de Maria Aparecida de Oliveira.

Hélio Soares Pereira, relança Para que não reste o silêncio (poesia, 2007. Apoio: FAC). 

Dina Brandão, relança Do Amor e Seus Descabelos (poesia, missivas, ensaios e um plano de voo. Thesaurus, 2012).

Giovani Iemini, relança Bar do Escritor - Terceira Dose (contos, crônicas e poemas de 37 escritores, que organizou em parceria com Cristiano Deveras. Editora: Netebooks, 2011).

 Menezes y Morais relança Por Favor, Dirija-se a Outro Guichê (teatro, Edição do Autor) e faz minipalestra: 80 Anos de Mário Faustino, Operário da Poesia.   



Serviço

O que; Sarau do Coletivo de Poetas, com Pedro Karam.
Onde: La Ursa: Setor Bancário Norte - Quadra 2 Bloco J. Referência: perto do  Teatro Nacional, depois do edifício-sede dos Correios e Telégrafos, em frente à Previdência Social. Entrada para estacionamento pelo Eixinho Norte. Brasília (DF).  

Hora: das 18h às 20h.


Couvert artístico: R$ 5 (cinco reais).