sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

C.Florestal - Pressão de movimentos sociais adia votação na Câmara

http://www.mst.org.br/node/12784

Código Florestal: pressão dos movimentos sociais adia para março votação na Câmara
14 de dezembro de 2011

Por Mayra Lima - Da Página do MST

Após pressão dos movimentos sociais do campo, da agricultura familiar e das entidades ambientalistas, os líderes da Câmara dos Deputados adiaram a votação do projeto de lei de reforma do Código Florestal para os dias 6 e 7 de março de 2012.

O texto aprovado no último dia 6 de dezembro no Senado Federal não conseguiu aliar a produção à conservação do meio ambiente, privilegia os setores ruralistas que apoiam a anistia para quem desmatou até julho de 2008, além de ocupações irregulares de culturas lenhosas, como o eucalipto.

“O projeto de novo Código Florestal votado no Senado suscita insegurança jurídica, dúvidas de interpretação e está recheado de ambiguidades voltadas a flexibilizar critérios socioambientais para atender especificamente aos grandes produtores agropecuaristas, colocando em xeque a Constituição Federal e os compromissos internacionais sobre o clima assumidos pelo Brasil”, diz a nota do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, que abrange movimentos como a Via Campesina e entidades ambientalistas.

Por outro lado, a pressão dos movimentos sociais surtiu efeito e o projeto agora conta com um capítulo específico para a agricultura familiar, além de regras específicas para o meio urbano.

Reserva Legal

O texto aprovado no Senado desobriga a recomposição de áreas de Reserva Legal (RL) ilegalmente desmatadas e não assume o conceito de agricultura familiar, permitindo que um proprietário possua duas ou mais propriedades de quatro módulos sejam anistiados. Segundo o Ipea (- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), é um total de 4 milhões de imóveis em uma área de 135 milhões de hectares.

O proprietário que desmatou ilegalmente ainda pode recompensar sua RL em estado diferente do que houve o desmate. “Essa possibilidade é um atentado à função social da terra, pode incorrer em uma disputa de terras onde os preços forem menores e condena regiões como o sul e o sudeste a se tornarem desertos de monocultivos”, explica Luiz Zarref, da Via Campesina.

O texto ainda não impede o desmatamento ilegal, não fornece segurança jurídica para a comprovação das áreas consolidadas em reserva legal.

APPs

O projeto enviado pelo Senado considera todas as atividades agrossilvopastoris como Áreas de Proteção Permanente (APP). O texto também admite práticas de aquicultura em APP nos imóveis rurais com até 15 módulos fiscais (até 1500 hectares), o que permite a carniciultura em áreas de mangue e o cultivo de espécies exóticas em qualquer tipo de APP.

“Isso prejudica, principalmente, os pequenos extrativistas e os pescadores artesanais que dependem deste ambiente para sua sobrevivência”, completa Zarref.

Com a redução do cálculo das APPs ciliares em leitos de rios, as grandes várzeas e pantanais no Brasil acabam sem nenhuma proteção em lei.

A tolerante lei da selva

Domingo, 11 de dezembro de 2011

"O texto que saiu do Senado é melhor do que o texto absurdo que tinha saído da Câmara. Já se aventou que tenha sido essa mesmo a ideia, usar-se a já consagrada estratégia do bode: põe-se um bode na sala, todos reclamam, tira-se o bode e há uma melhora", escrevem Manuela Carneiro da Cunha, Ricardo Ribeiro Rodrigues e Jean-Paul Metzger em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 11-12-2011.
Segundo os pesquisadores, "o Brasil está perdendo uma ocasião histórica de ficar à frente de uma política que alie de forma inteligente e equitativa a produção e a sustentabilidade. Maior proteção da vegetação natural assegura sustentabilidade ambiental, maior produtividade assegura sustentabilidade econômica".

"Precisamos -afirmam - de uma política que pense no futuro e não só no imediato. Que se dê conta de que, tendo o País, por si só, a maior biodiversidade do planeta – 1/5 de todas espécies vivas –, ele não pode dilapidar essa riqueza não renovável".
Manuela Carneiro da Cunha é antropóloga, professora titular aposentada da USP. Ricardo Ribeiro Rodrigues é professor titular da ESALQ/USP e dirige o Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal. Jean-Paul Metzger é biólogo, professor da USP, preside a Seção Brasileira da União Internacional de Ecologia de Paisagens. Os três participaram do Grupo de Trabalho da SBPC e da ABC sobre o Código Florestal.
Eis o artigo.

Há alguns anos, podia-se ainda apostar com certa segurança que o Estado não teria nem condições técnicas nem vontade política suficientes para fazer cumprir a lei e conter o desmatamento. Mas várias iniciativas nos últimos 13 anos mostraram aos infratores que estava em risco sua imunidade diante do Estado: medidas legislativas, intervenções de comando e controle – embora às vezes só pontuais e efêmeras – e aperfeiçoamento da capacidade de monitoramento via satélite começaram a mudar a situação. Diante disso, parece ter surgido nova estratégia: se a lei passa a ter de ser cumprida, mude-se a lei.

É isso talvez que explique o paradoxo a que estamos assistindo: o Poder Executivo brasileiro pode se gabar hoje na COP-17 de mudanças climáticas, em Durban, da redução do desmatamento; ao mesmo tempo, o Poder Legislativo está enfiando goela abaixo uma legislação que flexibiliza a proteção das florestas e anistia boa parte do passivo ambiental.

Desde o Código Florestal de 1965, muita coisa mudou. A locomotiva econômica deixou de ser a indústria e passou a ser o agronegócio. Alguns dirão que voltamos à nossa vocação colonial. A produção de alimentos passou ao primeiro plano.

Mas mudou também a ciência desde essa época e isso graças a investimentos em ciência, tecnologia e inovação que, entre outros, deram grandes frutos no agronegócio. Ora, as duas mais importantes entidades científicas do Brasil, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciências, passaram um ano e meio preparando e divulgando documentos e recomendações para o aperfeiçoamento do novo Código Florestal. O que restou disso?

Sim, o texto que saiu do Senado é melhor do que o texto absurdo que tinha saído da Câmara. Já se aventou que tenha sido essa mesmo a ideia, usar-se a já consagrada estratégia do bode: põe-se um bode na sala, todos reclamam, tira-se o bode e há uma melhora.

O novo código parece apostar num futuro de obediência à lei: estabelece mecanismos de estimulo à conservação e restauração, os pagamentos por serviço ambiental e indica algumas fontes importantes de recursos; condiciona o credito agrícola e a liberação das multas à regularização ambiental; estabelece o Cadastro Ambiental Rural, que poderá se tornar um poderoso instrumento de monitoramento e controle ambiental; e aumenta a proteção em áreas urbanas.

Mas, por outro lado, o código cedeu a injunções descabidas: a proteção das nascentes e dos pequenos rios foi diminuída; as áreas úmidas na Amazônia e Pantanal ficaram mais desprotegidas, assim como grande parte das várzeas de todos os rios de planície; foi criada na 25ª hora uma regra de ocupação de apicuns e manguezais que não teve nenhum estudo científico, mas obedece a interesses empresariais; abriu-se mão de uns 20 milhões de hectares de áreas a serem restauradas.

Isso sem falar das brechas conscientemente abertas: enquanto é consenso que a agricultura familiar deveria ter tratamento privilegiado, o texto atual do projeto de lei estendeu abusivamente a proprietários de quatro módulos fiscais, o que deveria ser restrito à agricultura familiar. Fez passar gato por lebre, pois agricultura familiar se define (desde a Lei 11326/2006 art 3º) por quatro critérios que devem ser simultaneamente observados: uso de mão de obra e gestão familiar, ser a principal fonte de renda da família e, finalmente, tamanho. Estender o tratamento diferenciado a qualquer proprietário de área inferior a quatro módulos fiscais pode, é evidente, incitar a usar os bem conhecidos "laranjas".

Tenta-se caracterizar o embate no Congresso em torno do Código Florestal como uma luta entre dois campos extremados, de ambientalistas e ruralistas. Na realidade, os atores em jogo são muito mais diversos. Uma parte dos produtores rurais está consciente dos problemas de sustentabilidade do agronegócio e sabe que o aumento da produção reside no aumento da produtividade, que cresceu muito em alguns setores, e não na derrubada de novas florestas e na redução das áreas de reserva legal para alargar a área de produção. Mas quem vem se considerando vencedor e celebrando ruidosamente é a parte mais retrógrada do ruralismo. É aquela que nunca quis cumprir a lei, sempre teve baixa produtividade na sua atividade agrícola e ficou apostando na anistia que, em larga medida, conseguiu. Pois anistiar-se quem desmatou ilegalmente até 2008 não faz sentido algum. Muito antes disso, os infratores já sabiam o que estavam fazendo. Data mais justificável, e olhe lá, seria 24 de agosto de 2001, data da medida provisória que definia e regulamentava as atividades em reserva legal e áreas de proteção permanente. Ou a data de 1998, da Lei de Crimes Ambientais. Quem obedeceu e tem consciência limpa deve hoje se sentir "otário". Coincidência ou não, consta que "otário" na gíria policial é justamente quem tem ficha limpa.

O Brasil está perdendo uma ocasião histórica de ficar à frente de uma política que alie de forma inteligente e equitativa a produção e a sustentabilidade. Maior proteção da vegetação natural assegura sustentabilidade ambiental, maior produtividade assegura sustentabilidade econômica. Quanto à sustentabilidade social, ela seria servida pela compensação da reserva legal fora da propriedade, na forma de servidão florestal, uma maneira inteligente de distribuição de renda, onde o grande, para regularizar sua reserva legal, paga para o pequeno proprietário (geralmente em regiões de menor aptidão agrícola).

Precisamos, em suma, de uma política que pense no futuro e não só no imediato. Que se dê conta de que, tendo o País, por si só, a maior biodiversidade do planeta – 1/5 de todas espécies vivas –, ele não pode dilapidar essa riqueza não renovável. Que saiba que a reserva legal e a proteção das nascentes e de outras áreas de proteção permanente trazem enormes benefícios ao próprio agronegócio. As florestas preservadas à beira dos rios filtram a água e retêm agrotóxicos, amortizam enchentes, previnem a erosão da terra e o assoreamento dos rios. Graças a elas, ainda há peixes e navegação possível em vários rios.

Daqui a alguns meses se celebram os 20 anos da Cúpula do Rio. O país terá de explicar um novo Código Florestal que retrocede.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/504877-atoleranteleidaselva

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Poesía Solidaria del Mundo - Marcos Freitas


miércoles 7 de diciembre de 2011
5484.- MARCOS FREITAS

Marcos Freitas nació en Teresina, Piauí, Brasil en 1963. Ingeniero Civil. Profesor Universitario. Posgraduado en Medio Ambiente, Recursos Hídricos y Gestión Pública. Posee más de 100 publicaciones técnico-científicas en periódicos y anales de simposios nacionales e internacionales. Poeta. Cuentista. Letrista con innumerables colaboraciones musicales y más de 40 libros y capítulos de libros en 6 idiomas. Miembro de la ANE – Asociación Nacional de Escritores y de la UBE – Unión Brasileña de Escritores. Director del Sindicato de los Escritores del DF. Miembro de la ALT-DF y la ALB-DF. En el campo de la literatura, ha publicado los siguientes libros: A Vida Sente a Si Mesma (Ed. Ibiapina, Teresina, 2003); A Terceira Margem Sem Rio (Ed. Ibiapina, Teresina, 2004); Moro do Lado de Dentro (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Quase um Dia (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Na Curva de um Rio, Mungubas (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2006); Raia-me Fundo o Sonho Tua Fala (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2007); Marcos Freitas – Micro-Antologia (Ed. Thesaurus, Brasília, 2008); Staub und Schotter (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2008); Urdidura de Sonhos e Assombros (Ed. CBJE, Rios de Janeiro, 2010) e Inquietudes de Horas e Flores (Ed. Livre Expressão, Rio de Janeiro, edição bilíngue: português-espanhol, 2011). En el área técnico-científica: Neurocomputação Aplicada (Ed. FUFPI, Teresina,1998); A Regulação dos Recursos Hídricos: estado e esfera pública na gestão de recursos hídricos – análise do modelo atual brasileiro, críticas e proposições (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2009) y Que Venha a Seca: modelos para gestão de recursos hídricos em regiões semiáridas (Ed. CBJE, Rio de Janeiro, 2010). Contato: mfreitas_pi@yahoo.com.br

SUEÑOS SOMOS

unos dicen que los sueños deben ser vividos
otros que deben ser divididos
otro que los sueños, sueños son
¿y yo qué digo?
¿y yo qué sueño?
a veces el tiempo pasado
me es futuro
del presente o del pretérito
¿ya ni lo sé?
¿qué esperar de los sueños?
¿qué esperar de lo que somos?
son y sueño:
partituras atemporales.


(traducción Carlos Saiz Alvarez)


CUADRO

hoy sí
quiero describirte
en colores
embadurnarte con tintes

en lugar de los senos
trazos rápidos
en lugar de los brazos
formas curvas
en perspectiva

en lugar de las piernas gotas,
gotas y más gotas
desparramar suave en ondas
tu vientre en llamas

hoy sí
adoraría borrar
todo ese cuadro
con un chorro de tinta

(traducción Carlos Saiz Alvarez)

Veja mais poemas em:
http://fernando-sabido-sanchez.blogspot.com/search/label/BRASIL

http://poetassigloveintiuno.blogspot.com/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Amcham Rio entrega Prêmio Brasil Ambiental nesta quinta-feira

Jornal do Brasil

A Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, por meio de seu Comitê de Meio Ambiente, vai premiar nesta quinta-feira, 8 de dezembro, em evento na Bolsa do Rio, a partir das 19h30, os melhores projetos nas categorias: Responsabilidade Socioambiental, Preservação e manejo de ecossistemas, Gestão sustentável, Inovação ambiental, Inventário de emissões, Recursos hídricos e Texto jornalístico, inscritos na 7ª Edição do Prêmio Brasil Ambiental.

O evento tem como objetivo estimular ações e reconhecer o mérito de projetos de preservação do meio ambiente.

A cada edição, um assunto de relevância nacional entra em destaque. Nesse ano, o Prêmio Brasil Ambiental reconhece a importância da questão da água no desenvolvimento sustentável e faz um alerta para este que é um dos temas de maior preocupação da atualidade.

Por isso, a Amcham Rio convidou como palestrante de honra da cerimônia de premiação o diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.

Concorrem empresas com projetos ambientais já concluídos ou em fase final de implantação, mesmo em parceria com outras companhias, instituições de pesquisa e organizações não-governamentais. Na categoria especial Texto Jornalístico disputam profissionais de imprensa, com texto em português, escrito e publicado ou veiculado pela internet, no Brasil.

Comissão Julgadora:
Responsabilidade Socioambiental
Haroldo Mattos, presidente do Pnuma
Reginaldo Sales Magalhães, gerente do UniEthos - Instituto Ethos
Inovação Ambiental
Luiz Felipe Guanaes, Diretor NIMA (PUC/RJ)
Vânia Maria Junqueira Santiago, Consultora Sênior do CENPES-Tecnologia em
Tratamento e Reuso da Água
Gestão Sustentável
Luiz Paulo Vellozo Lucas, Engenheiro de Meio Ambiente BNDES/Prof. PUC RIO
Carlos Augusto Victal, Coordenador de Responsabilidade Social do Instituto Brasileiro de Petroleo e Gás e Biocombustíveis (IBP)
Uso Racional de Recursos Hídricos
Marcos Freitas, Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas – ANA
Luiza Cristina Krau de Oliveira, Presidente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI - RJ)
Preservação e Manejo de Ecossistemas
Volney Zanardi Júnior, Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente
Mario Cesar Mantovani, Diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica
Inventário de Emissões
Ricardo Luiz Barros, Especialista em Engenharia do Meio Ambiente UFRJ
Antonio Henrique Araújo Freitas, Gerente de Tecnologia Golder Associates Brasil Consultoria e Projetos
Texto Jornalístico
Sidney Rezende, jornalista da TV Globo
Agostinho Vieira, Editor do Caderno EcoVerde, do jornal O Globo.

Fonte: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/12/07/amcham-rio-entrega-premio-brasil-ambiental-nesta-quinta-feira/

PIEDRA DE LA SAL



PIEDRA DE LA SAL

las barcas parten temprano
y se disipan en el inmenso azul distante
se balancean, balancean y balancean en el mar
retornan a la tarde
en el cesto, tres o cuatro peces
vendidos a cuatro o cinco reales

-Inquietudes de horas y flores (Rio de Janeiro, 2011).

Marcos Freitas- Brasil

Publicado em Poesía Solidaria del Mundo:
http://www.poesiasolidariadelmundo.com/2011/12/piedra-de-la-sal.html

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Мирослав Б. Душанић: "Lyrik - Lyric - Поезија": Das demütigste Gedicht

Мирослав Б. Душанић: "Lyrik - Lyric - Поезија": Das demütigste Gedicht

Sarau Poemação 24 Uma homenagem ao Poeta José Santiago Naud


POEMAÇÃO VINTEQUATRO  
Homenagem ao Poeta José Santiago Naud
Um SarauVideoliteromusical

A BibliotecaNacional de Brasília Leonel de Moura Brizola abre suas portas para o VigésimoQuarto POEMAÇÃO privilegiando a poesia brasiliense.
O Poemação 24 faz uma homenagem ao poeta JoséSantiago Naud, um dos fundadores da Universidade de Brasília, comlugar garantido na História da Literatura, tanto pelos seus estudos sobre aobra de Euclides da Cunha como pela obra fruto da sua própria razão.
Publicouvinte e um livros, dentre eles: Noite Elementar (Porto Alegre, 1958); HinosCotidianos (Rio de Janeiro, 1960); A Geometria das Águas (Porto Alegre, 1963);Conhecimento a Oeste (Lisboa, 1974); Promontório Milenário (Panamá, 1983);Pedra Azteca (México, 1985); As colunas do templo (Brasília, 1989), O olhoreverso (1993), Memórias de signos (Porto Alegre, 1993), O avesso do espelho(1996), Antologia Pessoal (Brasília: Thesaurus, 2001). Lança na ocasião o livroFábrica de Ritos (Brasília: Thesaurus, 2011). Nasceu a 24 de julho de 1930, nacidade de Santiago, RS, Brasil. Poeta e ensaísta. Vive em Brasília.
Dina Brandão: nasceu no Rio de Janeiro e veio para Brasília em 1968com dez anos. Aqui aprendeu a dançar, cantar, interpretar e fazer poesia.Publicou Brasília Ironia dos Deuses, em 1977, juntamente com o poeta VicenteSá. Atriz formada pela Faculdade e Artes Dulcina de Morais, participou devários espetáculos teatrais e um curta metragem. Publica seu primeiro livroindividual, “Do amor e seus descabelos – (Poesiasmassivas, ensaios e um plano de voo)”-
Olivro apresenta seis ilustrações, que são quadros da artista plástica TâniaBotelho, que os fez a partir dos poemas que estão no livro.
Israel Ângelo Pereira: nasceu no dia 07 de abril de 1978, em Crateús (Ceará).Chegou a Brasília com apenas dez meses de idade. É poeta e escritor. Foidocente voluntário de literatura, agente da mala do livro desde 2003, cuida,atualmente, das estações culturais no metrô, um projeto da (Secretaria deCultura do Distrito Federal), sendo responsável pelas estações  culturais no metrô de Ceilândia. Fundador daONG “O ninho do Condor” e profundo pesquisador do “poeta dos escravos”, éconhecido como “Israel Ângelo, EL Condor Candango”. È membro fundador da“ACLAP”. Está lançando o livro “Voo poéticodo condor”.
 DonePitalurg: é professor de Artes Cênicas, ator, autor e diretor teatral,poeta declamador de Planaltina (DF). Circula no cenário poético brasiliense há30 anos. Sua poesia surpreende com uma mistura de marginalidade e encantamento.Autor de colírios são delírios e A nau dos Insensatos. Em parceria com a poetae atriz Dina Brandão, montou e interpretou o recital Falange Bege.
Marco PoloHaichel:  é Professor de Literatura Brasileira, LínguaEspanhola, voluntário no projeto O Livro na Ruae colabora na Revista Eletrônica Nós Fora dos Eixos.  O escritor maranhense,radicado em Brasília, lança o livro "Falando de Literatura". O livro tem como principal objetivo incentivara leitura entre jovens e adultos acerca do mundo literário. As entrevistasrealizadas visam responder mais sobre os fenômenos literários que satisfazem oimpulso jornalístico, resultado do trabalho de um escritor apaixonado pelomundo literário. João Carlos Taveira, os escritores cabo verdianos CorsinoFortes e o historiador Tomé Varela, Chacal, Walter Hugo Mãe são alguns dosautores em Falando de literatura num bate-papo  com M.P.Haickel Polo.
 JairoMozart: Músico, Compositor, intérprete e artista plástico. Radicado emBrasília desde 1994, Jairo Mozart realiza seu trabalho musical e literárioresultante de anos de pesquisa sobre a cultura popular no universo nordestino,somado às influências recebidas no contato com a cultura do cerrado, onde deucontinuidade a suas pesquisas. Publicou várias Literaturas de Cordel, entre elas:O Auto de Lampião no Além, O Cordel da Missão Cruls, Pesquisando a história deRondon, Jairo entendeu a sua dualidade, uma linha com respeito e bondade elança no Poemação A SAGA DE RONDON pela Dupligráfica Editora. Gravou e lançouoito CDs solos com composições próprias, musicou peças teatrais.
 Carlos Pial percussionista Maranhense enfatiza em sua sonoridade amesclagem de ritmos  folclóricos do seu estado e sonoridades do Brasil edo Mundo, Pial ministra aulas no instituto de música Tokata, na  Escola deMúsica de Brasília  e no “Curso Pontual”, e o Coral Masculino da Escola de Música de Brasília na regência domaestro DaniloSalomão, completam a parte musical do POEMAÇÃO 24.
Ao final a plateia mostra o talento em Poesia na Plateia. Sorteiode livros para a plateia.
O Poemação é realizado no auditório da Biblioteca Nacional. Sob acoordenação dos poetas Jorge Amâncio e Marcos Freitas.


POEMAÇÃO 24
Homenagem ao Poeta José SantiagoNaud

participantes

José Santiago Naud – Dina Brandão         

Israel Ângelo  -  Donne Pitalurg    

Jairo Mozart – Marco Polo Haichel  -   Carlos Pial

Coral da Escola de Música de Brasília



LOCAL: Auditório daBiblioteca Nacional (2º Andar)
Data:     09 de dezembro de 2011
Horário: das 19h00min as21h00min
Entrada Franca


ESTACIONAMENTOFÁCIL ATRAS DA BIBLIOTECA NACIONAL DE BRASÍLIA (entre abiblioteca e o antigo Touring)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cerrado: o berço das águas

Publicado em dezembro 2, 2011 por HC
Tags: água, Cerrado, recursos hídricos

“O Cerrado contribui para oito das 12 regiões hidrográficas brasileiras. E esse dado é importante para analisarmos a importância desse bioma em termos hidrológicos para o país”, informa Jorge Enoch Furquim Werneck Lima. Por: Thamiris Magalhães e Graziela Wolfart

“A água do Cerrado não é importante só para a manutenção do bioma e para o desenvolvimento das atividades econômicas. É relevante também para todas essas regiões que estão abaixo, como a Caatinga, no caso da bacia do rio São Francisco, do Pantanal, da região da Mata Atlântica e para as populações que vivem na bacia do rio Paraná, que acabam recebendo essas águas. Energia elétrica, navegação, indústria, a própria população, que toma a água desses rios que têm suas nascentes no Cerrado: o bioma acaba sendo fundamental para tudo isso”. A análise é do engenheiro agrícola e pesquisador da Embrapa Cerrados, Jorge Enoch Furquim Werneck Lima, na entrevista a seguir, concedida por telefone para a IHU On-Line.

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima é pesquisador em Hidrologia da Embrapa Cerrados. Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa, mestrado em Ciências Agrárias pela Universidade de Brasília e doutorado em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos pelo Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília. Jorge representa a Embrapa no Conselho de Recursos Hídricos do Distrito Federal, no Conselho Diretor da Rede de Cooperação em Ciência e Tecnologia para a Conservação e o uso Sustentável do Cerrado – Rede ComCerrado/MCT, nos comitês das bacias dos rios Preto, Maranhão e Paranoá, no Distrito Federal, bem como no Conselho Gestor da APA do Planalto Central. Representa a Associação Brasileira de Recursos Hídricos – ABRH na Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia no Brasil – CMCH/MCT desde 2008.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Como pode ser definida a atual situação dos recursos hídricos no Cerrado?

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima – De uma forma geral, os recursos hídricos têm uma situação boa. O que acontece é que, em determinadas regiões, principalmente onde se têm grandes cidades ou locais que não possuem adequado sistema de saneamento, as águas que passam perto desses lugares geralmente têm problema de contaminação, ficando com a qualidade comprometida. E, em regiões onde há concentração de áreas agrícolas, principalmente de agricultura irrigada, as pessoas podem ter problema de falta de água. Isso porque se há uma grande concentração de sistemas de irrigação em uma bacia onde a quantidade de água disponível não é suficiente em determinados momentos, no período de seca, por exemplo, fica difícil suprir toda a demanda.

IHU On-Line – Qual o papel e a importância das águas do Cerrado para o desenvolvimento do Brasil?

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima – Pelo fato de o Cerrado estar localizado no meio da região do Planalto Central, que é a parte alta, o bioma acaba funcionando como um “guarda-chuva” para o território, além de ser um grande reservatório. Por isso é conhecido como “pai das águas do Brasil”, ou o “berço das águas”. Pelas características de seu solo, ele tem uma capacidade boa de infiltração da água da chuva e armazenamento dessa água, que é liberada. No Cerrado, têm-se duas estações muito bem definidas: uma chuvosa e outra seca, com pouquíssima chuva. Então, graças a essa capacidade do solo de infiltrar e armazenar a água e de liberá-la de forma mais lenta, o bioma acaba funcionando como um grande reservatório e consegue abastecer nossos rios, inclusive no período seco. Por estar na região alta e central, o Cerrado tem um papel fundamental também na distribuição dessa água pelo território brasileiro e sul-americano, principalmente se pensarmos na Bacia do Rio da Prata. Todos os usos que são feitos nas bacias que recebem água do Cerrado acabam sendo dependentes. E as pessoas que moram nessas regiões acabam ficando dependentes também. Se pensarmos em bacias como a do São Francisco, como o próprio Pantanal, a bacia do rio Paraná e Tocantins, veremos que todas as pessoas que estão nelas acabam recebendo água do Cerrado. E todas as atividades econômicas que são desenvolvidas nessas bacias acabam tendo vinculação com as águas que são produzidas dentro do território do bioma. Isso vale para quase todo o Brasil. A água do Cerrado não é importante só para a manutenção do bioma e para o desenvolvimento das atividades econômicas. É relevante também para todas essas regiões que estão abaixo, como a Caatinga, no caso da bacia do rio São Francisco, do Pantanal, da região da Mata Atlântica, e para as populações que vivem na bacia do rio Paraná, que acabam recebendo essas águas. Energia elétrica, navegação, indústria, a própria população, que toma a água desses rios que têm suas nascentes no Cerrado: o bioma acaba sendo fundamental para tudo isso.

IHU On-Line – Quantas são as regiões hidrográficas brasileiras e quantas recebem contribuição hídrica do Cerrado?

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima – O cerrado contribui para oito das 12 regiões hidrográficas brasileiras. Esse dado é importante para analisarmos a importância desse bioma em termos hidrológicos para o país. Temos outros dados interessantes: cerca de 70% da água que sai na foz da bacia do Tocantins–Araguaia, por exemplo, vem do Cerrado; cerca de 90% da água que sai na foz do rio São Francisco vem do bioma; cerca de 50% da água que sai na foz do rio Paraná, no território brasileiro, da água que chega a Itaipu, por exemplo, vem do Cerrado. Ele manda mais água para o Pantanal do que este joga de água no rio Paraguai. Além disso, tem uma contribuição relevante também na bacia do rio Parnaíba. Pelo fato de o restante da bacia ser de zona semiárida, o Cerrado tem uma importância bastante relevante para ela também. Então, a contribuição hídrica desse bioma é bastante expressiva.

IHU On-Line – Qual a contribuição que o Cerrado oferece às usinas hidrelétricas brasileiras?

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima – No caso de Itaipu, por exemplo, o Cerrado contribui com cerca de 50% da água que passa pela usina, que é imensa. Mas além desta, tem todas as outras usinas que estão na calha. Como o bioma está na região mais alta da bacia, 100% da energia gerada em Três Marias – MG é com água do Cerrado. 90% da água que passa em Xingó vem do Cerrado. Além dessas, 70% da água que passa na Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, sai do bioma Cerrado.

IHU On-Line – Diz-se muitas vezes que no Cerrado há apenas seca. Seu trabalho, no entanto, mostra que a água do bioma é responsável por abastecer grande parte do território brasileiro. Quais os fatores que levam as pessoas a terem esse tipo de visão?

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima – O fato de o Cerrado ficar quatro ou cinco meses com pouquíssima chuva e, muitos meses, sem chuva alguma acaba dando essa impressão. Também pelo fato de as árvores do Cerrado serem tortas e o tipo de vegetação acaba dando uma impressão de que todas as vezes que alguém pensa no Cerrado, pensa na árvore torta, solta. Mas durante boa parte do ano o Cerrado é bastante verde. No bioma, temos regiões de mata, mas também temos regiões que são apenas de gramíneas, por exemplo, que é o campo limpo e o cerradão. Este último parece uma mata enquanto nossos campos de gramíneas são campos limpos. Ademais, o Cerrado tem divisa com quase todos os biomas; só não tem com o Pampa , que é mais ao sul. Mas tem com a Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Amazônia . E isso faz com que o Cerrado tenha uma biodiversidade muito grande e tenha uma variabilidade na chuva também, uma vez que perto da Amazônia chove muito mais que perto da Caatinga. A questão é que as chuvas no bioma são concentradas em seis, sete meses do ano. E no período seco têm-se umidades na faixa de 15%, o que fica sendo noticiado nos jornais o tempo todo, além das queimadas, etc. Então, tudo isso ajuda a formar uma ideia de que o Cerrado é uma região muito seca. Mas não é.

IHU On-Line – Qual a contribuição que as águas do cerrado oferecem às cidades e às terras agrícolas?

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima – Por conta dessas características do bioma, os rios conseguem resistir à seca, em geral, o que é fundamental para o abastecimento de qualquer que seja a atividade e para o abastecimento humano também. Então, o Cerrado tem essa capacidade de infiltração e armazenamento. E o fornecimento de água para o rio faz com que se tenha, ao longo do ano, um bom abastecimento de água, seja ele para as cidades ou para irrigação. A própria chuva do bioma, por perdurar por cerca de seis meses, acaba permitindo, mesmo quando não se tem uma agricultura irrigada, cerca de duas safras por ano, em uma mesma área. Se ainda houver irrigação, consegue-se fazer, mesmo assim, uma terceira safra.

IHU On-Line – Gostaria de acrescentar algo?

Jorge Enoch Furquim Werneck Lima – Hoje, o Cerrado é considerado o “celeiro do mundo” porque tem um potencial agrícola muito grande. Com o desenvolvimento da tecnologia, essa região tornou-se altamente produtiva. Devemos olhar com atenção para esse bioma, que tem ainda grande potencial para o desenvolvimento da agricultura, mas tentando a todo instante incrementar a produção nas áreas que já foram abertas. Nós temos tentado recuperar as áreas um pouco mais degradadas ou menos produtivas, sem ter que abrir mais áreas do Cerrado. Pelo fato de essa área ser muito importante para os recursos hídricos do Brasil, ela tem que ser olhada com um carinho especial, uma vez que qualquer problema que aconteça com ela pode ser transferido para muitas outras áreas do país. Então, temos que pensar em um planejamento adequado do uso do solo do Cerrado, otimizando os nossos recursos naturais, tanto o solo como a água, bem como o uso dos insumos agrícolas, e tomando todos os cuidados para que não tenhamos futuros conflitos.

(Ecodebate, 02/12/2011) publicado pela IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Inquietudes de Horas e Flores será lançado em Teresina, no Canteiro de Obras


Lançamento e leitura/declamação de poemas do livro de poesias "inquietudes de horas e flores", dia 3/12 (sábado), às 20hs, no Canteiro de Obras (próximo à antiga Praça do Fripisa), Teresina - Piauí.

Haverá a participação dos poetas da "Sociedade dos Poetas PorVir" e dos "Poetas do Piauí".

INQUIETUDES DE HORAS E FLORES (Edição bilíngue: português-espanhol)
Marcos Freitas. 1ª ed., Rio de Janeiro, Editora Livre Expressão, 2011
ISBN: 978-85-7984-262-7
Tradução: Carlos Saiz
O livro foi editado sob os auspícios do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=9048602&sid=97511819713721548787309074

Inquietudes de Horas e Flores, décimo livro de poesia de Marcos Freitas (edição bilíngue)

IRREVERSIBILIDADE

o tempo presente,
presente de um deus?
o tempo passado,
passado sem os meus.
o tempo futuro,
futuro para os seus?

IRREVERSIBILIDAD

el tiempo presente,
¿presente de un dios?
el tiempo pasado,
pasado sin los míos.
el tiempo futuro,
¿futuro para los suyos?

Marcos Freitas. Do livro “Inquietudes de Horas e Flores” (edição bilíngue: português-espanhol; 2011). Tradução de Carlos Saiz.
A edição do livro contou com os auspícios do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC).

SERVIÇO:
Local: Canteiro de Obras
Data: dia 03/12 (sábado)
Horário: 20 hs.
ENTRADA FRANCA