segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Caju, cagaita e pequi - Paulo Dagomé

 Caju, cagaita e pequi - Paulo Dagomé

A Niemeyer

A minha vida é sempre assim... É como a flora do cerrado... São galhos tortos postos sobre estes troncos torturados... Mas preparei flores pra ti... E frutos bem adocicados... Cajus, cagaitas e pequis... Mangas colhidas com cuidado! Retas perseguem setas e rotas nunca dantes experimentadas... Eu vi um ângulo impossível furar o vão e virar escada! Era uma mão ou era uma asa aquela concha tão desvairada? E aquele vão onde passam vans...? E aquele voo por sobre o nada?! E aquele círculo em espiral e aquela curva tão concavada! E olhem só que palmas esguias! E estas formas enfileiradas... Esteta louco! Não vê que cai! Este experimento vai dar em nada! Vejo que ri atrás dos bigodes e da prancheta endiabrada! E do início até aqui Lobo guará sempre acuado Chego a pensar em desistir! Querem-me exterminado! Mas eu persisto em insistir... Meu território demarcado! Ó meu amor é para ti o meu esforço concentrado...

Paulo Dagomé com imagens de Nilmar Paulo

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