Ao
comemorar 90 anos, Augusto Carneiro projeta e aconselha maior participação
ambiental
Jan
6th, 2013
by Marco Aurélio Weissheimer.
Adriane Bertoglio Rodrigues (*)
Estar presente em todos os
acontecimentos ambientais da cidade é o projeto de vida revelado pelo pioneiro
do movimento ambiental, Augusto Carneiro, que comemorou 90 anos no último dia
31 de dezembro. Carneiro, um dos fundadores da Agapan ao lado de
Lutzenberger, recebeu homenagem no sábado, dia 5 de janeiro, na Feira dos
Agricultores Ecologistas, no bairro Bonfim, em Porto Alegre. O ‘Parabéns’
contou com a participação de ecologistas e amigos de Carneiro, que segue
incansável na defesa da natureza, distribuindo panfletos e vendendo livros,
“tudo de ecologia”, diz ele, que há mais de 20 anos participa da Feira.
Carneiro iniciou militância ambiental
“por casualidade”, lendo as crônicas de Henrique Luiz Roessler no Correio
Rural. “Li todas as crônicas”, afirmou, ao lembrar que sua admiração pelo
patrono da Ecologia é por Roessler encarar “além da natureza, representando uma
nova frente política”. Com Lutzenberger, Carneiro destaca a prática. “Com Lutz,
a defesa da natureza acontecida com praticismo, juntando o ajardinamento
ecológico, prática que defende os ciclos naturais, além da comum proteção e da
limpeza dos locais”, observa, ao salientar que “nunca abandonamos a ecologia,
seja em viagens, propagandas e discussões”.
MENOS LIXO
Orgulhoso por já ter tido “a maior biblioteca de ecologia do Brasil”, Carneiro lamenta que hoje o futebol é considerado mais importante que a luta em defesa do ambiente. Segundo ele, “temos a contribuição de Deus em todo o mundo, fazendo inundações todos os dias, mas o ser humano não está se importando porque é um burro”, lamenta, ao dizer que, além do futebol, a superpopulação se deixa desviar para outros pensamentos.
Orgulhoso por já ter tido “a maior biblioteca de ecologia do Brasil”, Carneiro lamenta que hoje o futebol é considerado mais importante que a luta em defesa do ambiente. Segundo ele, “temos a contribuição de Deus em todo o mundo, fazendo inundações todos os dias, mas o ser humano não está se importando porque é um burro”, lamenta, ao dizer que, além do futebol, a superpopulação se deixa desviar para outros pensamentos.
No alto dos seus 90 aos, Carneiro
defende que as pessoas se mantenham atentas aos desastres, que analisem e
participem dos movimentos ambientais e, para ele, o principal é evitar o lixo
nas ruas e nos rios. “É demais o lixo que produzimos”, afirma, criticando o
descuido do lixo pelas próprias autoridades, “omissas propositais”. Para
Carneiro, “o lixo, que a cada dia entope rios e contamina as águas, é uma das
campanhas mais fáceis e que requer menos trabalho para articular, mas as
autoridades não enfrentam”.
Carneiro, após muitas fotos e
bate-papo com amigos e parceiros da luta ambiental, aconselha a participação
nos movimentos em defesa da natureza. “A participação ainda é a melhor solução.
Não é cara nem impossível, só basta vontade”, finaliza.
(*) Da Assessoria de Imprensa
da Agapan
"A participação ainda é a melhor solução. Não é cara nem impossível, só basta vontade"
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